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Economia

- Publicada em 30 de Agosto de 2018 às 14:12

BC da Argentina eleva taxa de juros para 60%; moeda do país atinge mínima recorde

 Em algumas casas de câmbio de Buenos Aires, dólar era cotado em 41,75 pesos para a venda

Em algumas casas de câmbio de Buenos Aires, dólar era cotado em 41,75 pesos para a venda


EITAN ABRAMOVICH/AFP/JC
O dólar voltou a disparar na Argentina na manha desta quinta-feira (30), chegando a 39 pesos, uma desvalorização de 12% de um dia para o outro. Em algumas casas de câmbio de Buenos Aires, anunciava-se a moeda americana cotada em 41,75 pesos para a venda.
O dólar voltou a disparar na Argentina na manha desta quinta-feira (30), chegando a 39 pesos, uma desvalorização de 12% de um dia para o outro. Em algumas casas de câmbio de Buenos Aires, anunciava-se a moeda americana cotada em 41,75 pesos para a venda.
A mensagem do presidente Mauricio Macri na manhã de quarta-feira (29) não acalmou os mercados. O mandatário anunciou que o governo havia pedido um adiantamento de empréstimo ao FMI para conter a nova "tormenta" que abalava a economia. Não foi bem sucedido, e pela primeira vez na história o peso argentino agora está valendo menos que o peso uruguaio, tradicionalmente uma moeda mais frágil e dependente das variações do peso argentino.
Ainda nesta quinta, o presidente do Banco Central, Luis Caputo, anunciou que subiria os juros, que já eram os mais altos do mundo, chegando agora a 60%. A equipe econômica permaneceu reunida toda a manhã e circularam rumores de uma possível troca do ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne. O chefe de gabinete de Macri, Marcos Peña, porém, anunciou que mudanças nos ministérios, por ora, não estão sendo consideradas.
"Em resposta à conjuntura cambiária atual e diante do risco de que implique um maior impacto sobre a inflação doméstica, o Banco Central resolveu por unanimidade reunir-se fora de seu cronograma pré-estabelecido e aumentar a taxa de política monetária a 60%", informou Caputo.
No dia 13 de agosto, Argentina havia elevado sua taxa básica de juros para 45% ao ano, frente a 40%, após o peso despencar em decorrência de um escândalo de corrupção que envolveu políticos e empresários argentinos e também com o forte recuo da lira turca.
Em uma tentativa de acalmar os mercados, a Argentina pediu ao FMI que liberasse parte dos fundos de seu instrumento de financiamento de US$ 50 bilhões. Na quarta (29) o presidente argentino, Mauricio Macri, fez um anúncio em cadeia nacional explicando por que pedia um novo adiantamento ao FMI.
"Na última semana voltamos a ter novas expressões de falta de confiança dos mercados, especificamente sobre nossa capacidade de conseguir financiamento para 2019."
No pronunciamento, Macri também afirmou: "acordamos com o FMI adiantar todos os fundos necessários para garantir o cumprimento do programa financeiro do ano que vem."
Folhapress
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