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Conjuntura

- Publicada em 28 de Agosto de 2018 às 01:00

Setor externo tem déficit de US$ 4,433 bilhões em julho

Gastos de brasileiros em viagens ao exterior tiveram queda de 7,9%

Gastos de brasileiros em viagens ao exterior tiveram queda de 7,9%


/JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL/JC
As contas externas brasileiras apresentaram resultado negativo em julho, após quatro meses seguidos de superávit. Depois do resultado de US$ 435 milhões em junho, as transações correntes ficaram negativas em US$ 4,433 bilhões em julho deste ano, informou ontem o Banco Central (BC).
As contas externas brasileiras apresentaram resultado negativo em julho, após quatro meses seguidos de superávit. Depois do resultado de US$ 435 milhões em junho, as transações correntes ficaram negativas em US$ 4,433 bilhões em julho deste ano, informou ontem o Banco Central (BC).
No acumulado do ano até julho, o rombo nas contas externas soma US$ 8,078 bilhões. A estimativa do BC para 2018, atualizada em junho, é de déficit em conta-corrente de US$ 11,5 bilhões.
Já nos 12 meses até julho deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 15,005 bilhões, o que representa 0,76% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse percentual de déficit ante o PIB é o maior desde maio de 2017 (0,96%).
A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de US$ 1,746 bilhão em julho, informou o BC. A saída líquida representa um volume menor que os US$ 2,077 bilhões que foram enviados em igual mês do ano passado, já descontados os ingressos.
As despesas com juros externos somaram US$ 3,794 bilhões em junho, ante US$ 4,542 bilhões em igual mês do ano passado. No acumulado do ano, essas despesas alcançaram US$ 12,704 bilhões. Para este ano, o BC projeta pagamento de juros no valor de US$ 19,1 bilhões.
Com a alta do dólar, o recuo nos gastos de brasileiros em viagem ao exterior foi maior em julho. Segundo os dados do BC, essas despesas chegaram a US$ 1,731 bilhão no mês passado, com redução de 7,9%, em relação a julho de 2017 (US$ 1,879 bilhão).
Em junho, as despesas também registraram recuo, comparadas com igual período de 2017. A queda foi de 1,5%.
"O orçamento (das viagens) tende a ser feito em moeda nacional. Naturalmente, o comportamento do câmbio vai afetar o gasto no exterior", disse o chefe adjunto do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Lemos.

Dívida pública federal recua 0,14%, diz Tesouro

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) caiu 0,14% em julho, quando atingiu R$ 3,748 trilhões, segundo divulgou ontem o Tesouro Nacional. Em junho, o estoque estava em R$ 3,754 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 27,50 bilhões em julho. As emissões de papéis totalizaram R$ 58,831 bilhões, enquanto os resgates chegaram a R$ 91,343 bilhões, o que resultou em um resgate líquido de
R$ 32,511 bilhões.

A DPF inclui as dívidas interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu levemente, 0,01%, e fechou o mês passado em R$ 3,607 trilhões.
Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 3,75% maior, somando R$ 141,28 bilhões no segundo mês do ano.
A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 20,24%, em junho, para 19,90% em julho, segundo o Tesouro Nacional. O prazo médio da dívida subiu de 4,14 anos, em junho, para 4,17 anos no mês passado. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 10,31% ao ano, em junho, para 10,40% ao ano em julho.