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Economia

- Publicada em 26 de Agosto de 2018 às 22:36

Citros gaúchos ganham espaço na Europa, mas mercado externo ainda é desafiador

Laranjas gaúchas ganham novos consumidores fora do Brasil

Laranjas gaúchas ganham novos consumidores fora do Brasil


FERNANDO DIAS/SEAPI/DIVULGAÇÃO/JC
Pedro Carrizo
Cerca de 160 mil quilos de laranjas e tangerinas in natura sairão de Rosário do Sul, na Fronteira-Oeste, com destino a países estrangeiros, até o final de 2018. Este ano, mais precisamente o mês de julho, marca a primeira exportação de frutas cítricas do Rio Grande do Sul para a Itália, um mercado de elite com padrão de qualidade europeia. Ademais, Rússia e Canadá também estão entre os principais compradores de citros gaúcho. "Nossa citricultura vem ano a ano crescendo sua exportação. Porém, vender para o mercado interno ainda é mais fácil na hora da cobrança e da logística", diz o coordenador técnico da Câmara Setorial de Citricultura da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Paulo Lipp.
Cerca de 160 mil quilos de laranjas e tangerinas in natura sairão de Rosário do Sul, na Fronteira-Oeste, com destino a países estrangeiros, até o final de 2018. Este ano, mais precisamente o mês de julho, marca a primeira exportação de frutas cítricas do Rio Grande do Sul para a Itália, um mercado de elite com padrão de qualidade europeia. Ademais, Rússia e Canadá também estão entre os principais compradores de citros gaúcho. "Nossa citricultura vem ano a ano crescendo sua exportação. Porém, vender para o mercado interno ainda é mais fácil na hora da cobrança e da logística", diz o coordenador técnico da Câmara Setorial de Citricultura da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Paulo Lipp.
Responsável pela chegada das primeiras laranjas e tangerinas rosarienses na Itália, o grupo Citrusul Importação e Exportação de Frutas Ltda., destina 140 hectares (30% de sua área) para o mercado externo com os chamados frutos premium, que não possuem sementes, são uniformes em cor e tamanho, além de serem mais saborosos. Porém, de acordo com sócio proprietário da empresa, Anthony Darricarrère, somente 2% da produção é exportado, já que o mercado local que valoriza o produto e a oferta aqui e menor. "A exportação é um plus. Há variedades que desempenham melhor fora e momentos em que o mercado externo paga mais. Somos constantes provedores do mercado interno, já o externo é de oportunidades", afirma Darricarrère.
A exportação de citros para a Europa só foi possível com o Sistema de Mitigação de Risco (SMR) do cancro cítrico, em 2016, que integra diferentes medidas de manejo de risco para proteger os frutos das pragas. Só com esse tipo de controle que a chegada ao Velho Continente foi possível. "O projeto da Citrusul sempre teve como um dos destinos de exportação à Europa", ressalta o gerente de produção da Citrusul, Toni Gonçalves. Segundo ele, o fato de a empresa possuir estações inversas (quando lá é inverno, aqui é verão), permite a busca de mercados na entressafra europeia. 
Mesmo assim, desconsiderando a exportação de maçã, onde o Rio Grande do Sul é líder brasileiro com a venda para o exterior de 20% do volume nacional, a fruticultura gaúcha ainda não é significativa no mercado externo.  "Temos que solucionar problemas de logística para nos tornarmos uma potência exportadora. Isso passa pela presença de câmaras frias em aeroportos gaúchos para que a fruta não perca qualidade no embarque", afirma Lipp.
O coordenador técnico ainda ressalta que, para o Estado criar uma cultura exportadora, é necessário que a iniciativa privada faça prospecções de mercado e crie uma agência de comércio exterior. "É preciso buscar as demandas dos outros países e definir volumes, abrir o mercado e fazer o marketing da fruta", diz Lipp acrescentando que o know how de quem exporta é do produtor, mas que Rio Grande do Sul também deve se aperfeiçoar.
Os estados localizados no Nordeste do Brasil são os maiores exportadores da fruticultura nacional. Se considerar o suco produzido em São Paulo, a importância é ainda maior. "Já o Rio Grande do Sul tem lá sua participação, indiretamente com o vinho e principalmente com a maçã. Porém, a nova exportação de citros gaúcho veio bem", diz diretor técnico da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Jorge Souza. Para ele, pode ter incremento nas exportações de fruta aproveitando as janelas de mercado disponíveis, o período de entressafra e as principais demandas do mercado externo.
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