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Economia

- Publicada em 26 de Agosto de 2018 às 10:24

Nova fábrica da Japan Tobacco começa produção comercial em Santa Cruz do Sul

Unidade chegou a produzir cigarros, mas teve de parar devido a atrasos na licença das marcas

Unidade chegou a produzir cigarros, mas teve de parar devido a atrasos na licença das marcas


SOFIA SCHUCK/ESPECIAL/JC
Sofia Schuck
Uma das gigantes da indústria de tabaco no mundo, a Japan Tobacco International (JTI) vai retomar a produção de cigarros no Brasil. A fábrica montada em Santa Cruz do Sul, conhecida por ser a capital do fumo no Brasil e um importante núcleo da agroindústria, vai começar a produção em 26 de setembro. A nova unidade, que fica no distrito industrial local, fabricará as marcas Camel e Winston. O investimento totalizou R$ 100 milhões.
Uma das gigantes da indústria de tabaco no mundo, a Japan Tobacco International (JTI) vai retomar a produção de cigarros no Brasil. A fábrica montada em Santa Cruz do Sul, conhecida por ser a capital do fumo no Brasil e um importante núcleo da agroindústria, vai começar a produção em 26 de setembro. A nova unidade, que fica no distrito industrial local, fabricará as marcas Camel e Winston. O investimento totalizou R$ 100 milhões.
O diretor de Comunicação e Assuntos Corporativos da JTI, Flávio Goulart, explicou que a escolha de Santa Cruz do Sul ocorreu porque o grupo já tem a operação de processamento com instalações locais. Com isso, a instalação da parte produtiva tem custos menores. Além disso, a facilidade de atrair mão de obra foi apontado pelo gerente de produção, Edson Ferreira da Silva, como diferencial da região. A unidade abriu cem empregos diretos.
Atrasos no registro das marcas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) levaram a companhia a interromper a operação para a retomada no próximo mês. “Esse tramitação geralmente é rápida, de, no máximo, 30 dias. Mas demos azar, pois a Anvisa estava em processo de mudança com uma série de demandas. Com isso, a agência não conseguiu entregar a licença dentro do prazo”, explicou o diretor de Comunicação e Assuntos Corporativos da JTI.
Com o atraso na licença, a empresa ficou 70 dias sem permissão para iniciar a comercialização dos cigarros que já haviam sido fabricados. No entanto, a produção estava a todo vapor. De acordo com Goulart, isso refletiu nos estoques, que atingiram níveis máximos. A solução encontrada foi forçar o desligamento das máquinas, antes que o contratempo gerasse prejuízos. Por isso, a empresa anunciou a suspensão das atividades em junho.
"Estávamos com uma produtividade muito boa, inclusive para padrões internacionais. Só que chegou em um nível que não sabíamos mais o que fazer”, esclareceu o gerente de produção, Edson Ferreira da Silva. Segundo Silva, o índice de eficiência operacional estava em 65%, sendo que o normal seria de 30%.

Parada exigir transferência de funcionários para a Polônia

Com a decisão tomada, o atraso da licença não chegou a causar prejuízo em termos de produção, pois os cigarros foram estocados, com durabilidade de um ano. Porém, houve impacto no quadro de pessoal, em função do desligamento do maquinário. Com a indefinição sobre a data de retomada da atividade, cerca de 50 funcionários precisaram ser realocados ou encaminhados para outras funções. Destes, 27 foram transferidos para uma unidade na Polônia. Além disso, algumas contratações tiveram de ser adiadas para setembro.
“Nosso maior impacto foi realmente ter tido que parar a operação e ter o custo adicional de enviar colaboradores para outro país, assim como deixar as contratações para mais tarde”, reforçou Silva. Ao todo, há a previsão de abertura de cem novos empregos na fábrica, também com profissionais vindos de outros países, como Alemanha, Canadá e Rússia.
A companhia japonesa já tinha uma unidade em Santa Cruz do Sul, a JTI Processadora, que realizava somente as etapas de produção, compra, processamento e exportação do tabaco em folha. O tabaco seguia para a filial localizada na cidade alemã de Trier, onde os cigarros eram produzidos. 
Com a compra da antiga área da Kannenberg Tabaco, a empresa apostou na reforma do espaço e agora entrega à região uma fábrica nova em folha, com a ampliação de depósitos e incremento de maquinários de ponta. O fim das obras e acabamentos está próximo e deve ocorrer alguns dias antes da data de inauguração.

Acompanhe a evolução da JTI no Rio Grande do Sul

SOFIA SCHUCK/ESPECIAL/JC

Estrutura da nova unidade

Área: 280 mil metros quadrados
São seis depósitos:
  • 1º depósito: Produção de cigarros: foi construída e incrementada com maquinário de ponta
  • 2º depósito: Área reservada para possível ampliação no futuro
  • 3º depósito: Armazenamento de cigarros
  • 4º, 5º e 6º depósitos: Armazenamento de produto acabado de tabaco em folha
SOFIA SCHUCK/ESPECIAL/JC
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SOFIA SCHUCK/ESPECIAL/JC
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