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Economia

- Publicada em 14 de Agosto de 2018 às 22:06

Banrisul lucra R$ 505,9 milhões no semestre

Gonzaga destaca o desempenho da empresa de cartões no resultado

Gonzaga destaca o desempenho da empresa de cartões no resultado


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Guilherme Daroit
Nos seis primeiros meses de 2018, o Banrisul atingiu lucro líquido de R$ 505,9 milhões. O resultado, em termos recorrentes (quando se exclui da conta os fatos extraordinários), é 37,7% maior do que o visto no mesmo período do ano passado, quando chegou a R$ 367,5 milhões. Em termos contábeis, a alta é ainda maior, de 60% sobre os R$ 316,2 milhões do mesmo período 2017. O balanço foi divulgado ontem pelo presidente do banco, Luiz Gonzaga Veras Mota, que creditou a melhora no lucro à queda na inadimplência e ao bom desempenho nas receitas de serviços, em especial, na Banrisul Cartões.
Nos seis primeiros meses de 2018, o Banrisul atingiu lucro líquido de R$ 505,9 milhões. O resultado, em termos recorrentes (quando se exclui da conta os fatos extraordinários), é 37,7% maior do que o visto no mesmo período do ano passado, quando chegou a R$ 367,5 milhões. Em termos contábeis, a alta é ainda maior, de 60% sobre os R$ 316,2 milhões do mesmo período 2017. O balanço foi divulgado ontem pelo presidente do banco, Luiz Gonzaga Veras Mota, que creditou a melhora no lucro à queda na inadimplência e ao bom desempenho nas receitas de serviços, em especial, na Banrisul Cartões.
A companhia subsidiária, dona da rede Vero e dos cartões Banricard, registrou sozinha um lucro de R$ 125,3 milhões no período (17,5% em relação a 2017) - um quarto do resultado do banco. "É uma empresa em franca expansão, atingindo todo o mercado brasileiro", defendeu Gonzaga. A estratégia do banco com a Vero é de venda direta on-line das máquinas e de parcerias com subcredenciadores de outros estados, que, segundo Gonzaga, preferem a rede gaúcha às líderes nacionais porque, como não tem atuação bancária fora do Rio Grande do Sul, não gera concorrência à base de clientes dessas outras redes regionais.
O número de credenciados, que, em um ano, se expandiu em 5,1%, chegando a 135 mil, fez com que o valor transacionado pela Vero também tenha crescido substancialmente. No primeiro semestre de 2018, foram R$ 12,4 bilhões, alta de 17,1% em relação ao igual período de 2017.
Somando-se ainda outras atividades do Banrisul, como consórcios, gestão de fundos e tarifas bancárias, a receita de serviços acumulou R$ 933,5 milhões no semestre, alta de 11,2% em relação a 2017. Nas receitas com operações de crédito, porém, o movimento foi o inverso, com queda de 1,9%, para R$ 3.263,5 bilhões, diminuição atribuída por Gonzaga à redução na Selic e no spread bancário.
A carteira de crédito total do Banrisul finalizou junho em R$ 32,007 bilhões, alta de 3,6% sobre junho de 2017, e de 0,7% sobre março de 2018. A carteira foi puxada principalmente pelos créditos comerciais a pessoas físicas, que cresceram 14,7% em 12 meses, alcançando, em junho, R$ 17,4 bilhões.
Por outro lado, os créditos comerciais a pessoas jurídicas continuam sem recuperação. As operações do tipo somavam, em junho, R$ 6,3 bilhões, retração de 10,7% sobre o ano passado. "As empresas não estão pegando capital de giro", justifica Gonzaga, lembrando que as companhias estão trabalhando com estoques baixos. Outro sintoma disso é a carteira de financiamentos de longo prazo, que caiu 30,1% sobre 2017, para R$ 1,07 bilhão. "Há muito projeto na gaveta. Os empresários seguem esperando a recuperação da economia para investir", argumenta o presidente, que vê a carteira de longo prazo se "liquidando". Caso haja a retomada na demanda, o Banrisul possui, ainda segundo Gonzaga, cerca de R$ 20 bilhões líquidos em caixa.
Outro ponto de destaque foi a queda da inadimplência de 90 dias para 3,37%, que, embora tenha caído pouco em relação a março, quando era de 3,43%, representa um abismo em relação aos 4,72% vistos em junho de 2017 (variação que equivale a R$ 432 milhões a mais para o banco). Segundo Gonzaga, a queda é fruto de trabalho forte do banco na análise de crédito e na cobrança dos atrasados, e a meta do Banrisul é chegar a uma taxa abaixo dos 3% até o fim do ano.
Em relação a junho do ano passado, a margem financeira do banco cresceu 6,8%, para R$ 2,684 bilhões; o patrimônio líquido, 6,5%, para R$ 7,035 bilhões; e os ativos totais, 6,8%, para R$ 75,331 bilhões.
O resultado operacional no semestre (antes de tributação e participação nos lucros dos funcionários) foi de R$ 862,9 milhões, maior resultado da história para o período. "É um presente para o banco, que completa 90 anos em setembro e vem trabalhando para atingir resultados dessa natureza", comentou Gonzaga. O maior lucro da história para o primeiro semestre, porém, ainda é o de 2007, quando, com grande apropriação de créditos tributários, o banco lucrou R$ 725 milhões em valores da época.
 
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