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Indústria

- Publicada em 07 de Agosto de 2018 às 01:00

Exportação cai e puxa produção de veículos para baixo em julho

Levantamento da Anfavea mostra que, no mês passado, foram fabricadas 245 mil unidades no País

Levantamento da Anfavea mostra que, no mês passado, foram fabricadas 245 mil unidades no País


Volkswagen/VOLKSWAGEN/DIVULGAÇÃO/JC
A produção brasileira de veículos superou a paralisação dos caminhoneiros, mas agora sente o reflexo das dificuldades enfrentadas pela Argentina e México, principais exportadores dos produtos nacionais. Com isso, a produção brasileira de veículos, comerciais leves, caminhões e ônibus caiu 4,1% em julho na comparação com junho, segundo levantamento realizado pela Anfavea (associação das montadoras).
A produção brasileira de veículos superou a paralisação dos caminhoneiros, mas agora sente o reflexo das dificuldades enfrentadas pela Argentina e México, principais exportadores dos produtos nacionais. Com isso, a produção brasileira de veículos, comerciais leves, caminhões e ônibus caiu 4,1% em julho na comparação com junho, segundo levantamento realizado pela Anfavea (associação das montadoras).
"A queda foi para atender à adequação ao mercado de exportação que reduziu", explica o presidente da Anfavea, Antonio Megale.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o avanço é de 9,3%. "A produção de veículos apresentou queda no mês de julho na comparação com junho, mas no ano acumulamos alta de 13%. Em produção, é o melhor julho desde 2014."
O volume fabricado em julho foi de 245 mil unidades, acumulando 1,6 milhão de veículos no ano.
As exportações, incluindo máquinas agrícolas, apresentaram queda e 20,9% em julho e no ano acumula queda de 2,8%.
"As exportações apresentaram alguma fragilidade, já que os nossos principais mercados, Argentina e México, passam por dificuldades. O mercado interno está mais robusto, mas os vizinhos estão com problemas", diz.
As vendas, por sua vez, tiveram alta de 7,7% sobre junho e 17,7% na comparação anual, com 217 mil unidades licenciadas em julho e 1,3 milhão de veículos no ano.
"Tivemos o melhor julho desde 2015 e estamos voltando a quase 10 mil unidades emplacadas diariamente, que eram os dados que tínhamos antes da greve", afirma Megale.
A produção de caminhões subiu 1,7% em julho na comparação com junho e no ano acumula alta de 35,4%. Já as vendas de caminhões subiram 15,6% na comparação mensal e 48,6% na anual.
Megale, porém destaca que a base de comparação baixa contribuiu para este aumento expressivo na comparação anual. "Estamos ouvindo um movimento que fala em aumento de frota devido ao tabelamento do frete, mas considero que ainda é cedo para falar em alta nas vendas. Está prevista uma decisão do STF para o fim do mês. Esperamos que haja aumento das vendas, mas pelo desenvolvimento do País e não como ajuste de frota", diz o representante das montadoras.

Mesmo em ano de eleição Congresso deve discutir Rota 2030, diz ministro Marcos Jorge

Mesmo em um período eleitoral, o Rota 2030 - programa que define regras para a fabricação dos automóveis produzidos e comercializados no Brasil nos próximos 15 anos - deverá ser discutido pelo Congresso, disse ontem o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Marcos Jorge.
"Acredito que sim, será discutido, porque é um programa que interessa a todos. Quer seja ao estado de São Paulo, que tem atividade industrial automotiva forte e importante, como as regiões Sul e Nordeste, que têm essa discussão presente", disse.
O ministro não vê falta de disposição por parte do Congresso para analisar a medida, que é um programa de longo prazo que objetiva investimentos tanto em pesquisa e desenvolvimento.
Sobre a negociação da expansão do acordo automotivo com a Argentina, ele reiterou que o acordo vigente que vai até 2020. Isso, na avaliação dele, já confere previsibilidade ao setor no Brasil. Mas disse que as negociações estão sobre a mesa para verificar quais são os limites de cada lado. "A Argentina, obviamente, tem suas sensibilidades, acabou de passar por uma crise importante e nós temos a preocupação por manter o equilíbrio entre as partes", disse.
Ele acrescentou que, da parte do Brasil, as negociações estão sendo tocadas de forma muito serena, já que os dois países têm tempo adequado para verificar o que é melhor para eles.