Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Turismo

- Publicada em 06 de Agosto de 2018 às 01:00

Verão europeu atrai visitantes brasileiros

Parques e pontos turísticos da capital francesa ficam lotados de turistas durante os meses de calor

Parques e pontos turísticos da capital francesa ficam lotados de turistas durante os meses de calor


/GERARD JULIEN/AFP/JC
Viajar para a Europa durante o verão no Hemisfério Norte faz parte do sonho de consumo de muitos brasileiros - e, mesmo com economia desaquecida, em 2018 a procura segue forte nas agências de turismo. Para driblar os valores - que, no caso do euro, são quatro vezes mais altos que a moeda brasileira - muita gente optou por uma experiência internacional mais econômica. Uma forma de usufruir do melhor custo-benefício é montar - com a ajuda de agências de turismo - o próprio roteiro, escolhendo o tempo de viagem mais adequado, e hospedagens com diárias mais em conta.
Viajar para a Europa durante o verão no Hemisfério Norte faz parte do sonho de consumo de muitos brasileiros - e, mesmo com economia desaquecida, em 2018 a procura segue forte nas agências de turismo. Para driblar os valores - que, no caso do euro, são quatro vezes mais altos que a moeda brasileira - muita gente optou por uma experiência internacional mais econômica. Uma forma de usufruir do melhor custo-benefício é montar - com a ajuda de agências de turismo - o próprio roteiro, escolhendo o tempo de viagem mais adequado, e hospedagens com diárias mais em conta.
"É uma forma de fugir dos pacotes já padronizados e fazer uma viagem mais organizada", observa a supervisora da Região Sul da CI, Ana Flora Bestetti. A agência oferece a possibilidade do turista montar um pacote personalizado e comprar tudo antes de chegar nos destinos, o que, segundo ela, "dá uma certa tranquilidade". Ana explica que o produto que se enquadra neste perfil na empresa chama-se Mochilão. "A pessoa escolhe o número de cidades e tudo que pretende visitar. Sugerimos hospedagens em regiões centrais, com valor razoável, passagens para trens e para os traslados entre cidades na Europa e ingressos para inúmeros passeios num rol oferecido pela operadora", resume.
Para fazer o Mochilão da CI, o único critério é que a viagem dure no mínimo cinco dias. Criado inicialmente para jovens, o produto tem atraído muitos adultos e casais em férias. "As pessoas estão fazendo viagens para a Europa com mais qualidade, com menos correria, o que justifica não comprar pacotes padronizados", comenta Ana. A maioria dos turistas que faz o Mochilão acaba optando por 14 dias de estadia na Europa.
O analista de licenciamento Felipe Chaves Figueiredo, 24 anos, fez o Mochilão em abril e percorreu, por 18 dias, cinco países: Holanda (Amsterdã), Alemanha (Heidelberg e Munique), Itália (Veneza, Roma, Pisa e Florença), Suíça (Alpes) e França (Paris). "Dependendo da cidade, ficamos até uns dois dias e meio em cada destino. Foi o suficiente para conhecer os pontos turísticos, e conversar com gente do mundo inteiro", avalia.
Entre os passeios que mais encantaram, Figueiredo cita os canais de Amsterdã, onde jantou dentro de uma balsa. "A cidade é cheia de pubs, o que me agradou muito também." Também a parte histórica de Roma ficará nas recordações do analista, que nunca tinha ido para a Europa.
O roteiro eleito por Figueiredo custou cerca de R$ 8,5 mil (além de um gasto médio de € 50,00 por dia), incluindo traslados, hostels e algumas refeições, a exemplo de sete jantares temáticos. "Teve um piquenique na Torre Eiffel em Paris, que foi muito legal, é bem planejado", elogia. "Sempre tive o sonho de conhecer o mundo e um dia morar fora. Com certeza absoluta foi a melhor decisão e experiência da minha vida!"

Cresce o interesse pelos países do Leste europeu

Luana (esq.) fez um mochilão pelo velho mundo em outubro de 2017

Luana (esq.) fez um mochilão pelo velho mundo em outubro de 2017


/LUANA OLIVEIRA MURARO/ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Viajar para a Europa, ainda que por 18 dias de férias, foi decisivo na vida do analista de licenciamento Felipe Chaves Figueiredo, 24 anos. "Tive oportunidade de praticar meu inglês com pessoas de sotaques diferentes e de diversos lugares, convivi com culturas e costumes muito diferentes dos meus", comenta. "Nunca tinha tido a experiência de ir para fora do Brasil e no terceiro dia já estava pensando em inglês e conseguindo me comunicar com uma pessoal da Austrália que tinha um sotaque muito diferente e isso foi incrível", comenta Figueiredo, que em breve pretende realizar uma nova viagem. "Já estou juntando dinheiro para a próxima, no ano que vem", confessa.
Segundo a supervisora da Região Sul da CI, Ana Flora Bestetti, a maioria dos brasileiros que viajam para a Europa nas férias de julho prefere ficar nas capitais, mas cada vez mais aumenta o número de pessoas que prefere países do Leste europeu, ou as cidades do interior. "Se a pessoa vai conhecer pela primeira vez Paris ou Roma, sugerimos pelo menos quatro dias, para ver o básico, pois são cidades grandes com muita coisa - já em Florença e Milão se vê tudo em dois dias. "Hoje em dia, a Croácia também é um destino bastante procurado."
A enfermeira Luana Oliveira Muraro, 27 anos, realizou o Mochilão no final de outubro, totalizando 22 dias na Europa. Estreando em terras do Velho Mundo, Luana montou um roteiro onde ela, a irmã e o cunhado conheceram Itália (Milão, Verona, Veneza e Roma), Suíça (Lucerna e Jungfrau), Alemanha (Munique e Berlim), Holanda (Amsterdã), Bélgica (Bruxelas) e França (Paris) viajando de trem e sem o auxílio de guias. "No total, com passagem aérea deu cerca de R$ 10 mil, incluindo dinheiro que gastei por lá", resume. A média foi de dois a três dias em cada cidade.
Luana destaca que o produto que permite organizar o próprio roteiro "proporciona mais liberdade" para se escolher os locais para se visitar sem precisar ficar "preso a um itinerário ou grupo". De acordo com Ana Flora, o Mochilão oferece mais de 50 opções de roteiros, incluindo América do Sul ou do Norte, Ásia, Europa e Oceania. "Outro diferencial é que o produto pode ser feito sozinho ou em grupo, com flexibilidade de datas e sem restrição de idade."