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Economia

- Publicada em 01 de Agosto de 2018 às 01:00

Produtores de soja escolhem sementes para 2018/2019

Carolina Hickmann
Concluída a colheita da soja no Estado e há cerca de três meses da janela de semeadura da cultura, chegou o momento em que produtores rurais começam a busca de materiais para o novo ciclo. Com o intuito de balizar a escolha, a Fundação Pró-Sementes divulgou ontem estudo que compara o desempenho de 43 cultivares em três microrregiões do Estado na safra 2017/2018, em duas épocas de plantio, com sementes de tecnologia intacta e RR, durante período de clima atípico no Estado.
Concluída a colheita da soja no Estado e há cerca de três meses da janela de semeadura da cultura, chegou o momento em que produtores rurais começam a busca de materiais para o novo ciclo. Com o intuito de balizar a escolha, a Fundação Pró-Sementes divulgou ontem estudo que compara o desempenho de 43 cultivares em três microrregiões do Estado na safra 2017/2018, em duas épocas de plantio, com sementes de tecnologia intacta e RR, durante período de clima atípico no Estado.
Em razão de diversas variáveis, em especial o baixo índice pluviométrico na Metade Sul do Estado durante a safra estudada, a gerente de pesquisa e desenvolvimento da Pró-Sementes, Kassiana Kehl, orienta que sejam procurados os últimos três Ensaio de Cultivares (ECR) em Rede (EGR), pesquisa disponibilizada em www.fundacaoprosementes.com.br. Assim, é possível que o produtor tenha um panorama mais completo do comportamento de determinada semente ao longo do tempo.
Kassiana cita o exemplo de Cachoeira do Sul, que nas três últimas safras atingiu o máximo de produção utilizando cultivares diferentes, mesmo que com grupos de maturação próximos (entre 5.8 e 6.3). A pesquisadora ressalta a diferença de quase 80 sacas por hectare de produção no município em segunda época, na comparação entre as safras de 2016/2017 e 2017/2018, em função dos baixos índices pluviométricos.
Por esta razão, o destaque no município fica com a produção de várzea, que alcançou a maior produtividade da sua região no ciclo médio a tardio, com 95 sacos por hectare utilizando a cultivar MM 6410 Ipro. O resultado é superior em 47 sacos ao maior rendimento do experimento em segunda época, e 52 sacos na relação com a semeada em primeira época.
Pelo entendimento da Farsul, entidade que presta apoio institucional ao projeto, a pesquisa é importante no sentido de levar subsídio técnico gratuito ao produtor. Em ano de resultados fracos para parte expressiva do Estado, por outro lado, estas informações são ainda mais preciosas no entendimento do presidente da entidade, Gedeão Pereira. "Pelo perfil, os produtores devem ir atrás do prejuízo", enfatiza, ao projetar uma boa safra em 2018/2019, mesmo com questões a serem superadas como o processo político que pode levar a uma oscilação significativa do dólar.
Na safra 2017/2018, porém, até mesmo a maior produtividade dos ensaios foi inferior a registrada no estudo anterior. Enquanto em 2016/2017 o maior rendimento do ECR foi alcançado em Cachoeira do Sul, com 139 sacos por hectare, o rendimento mais expressivo no novo estudo foi de 104 sacas nas cultivares M 5838 Ipro e M 5947 Ipro produzidas em Vacaria e Passo Fundo.
A pesquisadora ressalta que os ensaios têm potencial de, inclusive, destacar a importância da escolha da semente que mais se adapta a cada região e seu período de plantio para o bolso do produtor. Kassiana cita a produtividade no ciclo precoce em Santo Augusto, onde a diferença entre a cultivar com maior produtividade e a que ficou em última colocação foi de 24 sacos por hectare. Assim sendo, ao considerar a cotação do atual saco de 60 quilogramas de soja no Estado a R$ 80,00, segundo dados da Emater-RS, o produtor deixaria de lucrar R$ 1.920,00 por hectare de terra por decisão tomada anteriormente ao plantio.
 
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