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Economia

- Publicada em 01 de Agosto de 2018 às 01:00

Tarifa do gás natural aumenta no Rio Grande do Sul a partir desta quarta-feira

Reajuste não cobre custos, mas investimentos vão seguir, diz empresa

Reajuste não cobre custos, mas investimentos vão seguir, diz empresa


/FLávia de quadros/ARQUIVO/JC
Jefferson Klein
As novas tabelas de preços do gás natural para todos os clientes da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) começam a vigorar a partir de hoje. Os segmentos industrial, comercial, residencial, de Gás Natural Veicular (GNV) e de Gás Natural Comprimido (GNC) terão reajuste de 14,8%. Já a área de cogeração PPT (Programa Prioritário de Termelétricas) terá acréscimo de 9,88% e a cogeração/climatização, de 5,87%. A cogeração é a geração de energia elétrica através de um sistema que reaproveita a energia térmica.
As novas tabelas de preços do gás natural para todos os clientes da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) começam a vigorar a partir de hoje. Os segmentos industrial, comercial, residencial, de Gás Natural Veicular (GNV) e de Gás Natural Comprimido (GNC) terão reajuste de 14,8%. Já a área de cogeração PPT (Programa Prioritário de Termelétricas) terá acréscimo de 9,88% e a cogeração/climatização, de 5,87%. A cogeração é a geração de energia elétrica através de um sistema que reaproveita a energia térmica.
Conforme a estatal, o reajuste visa à recomposição parcial do custo de aquisição do gás natural, que já se elevou 27,5% em relação a 2017. Uma parte desse aumento se deve à trajetória de alta nas cotações dos óleos, que compõem o preço de compra do gás. A outra parte, ainda mais significativa, à desvalorização cambial. Em nota, a empresa manifesta que, apesar de o reajuste não cobrir a integralidade do custo de aquisição do gás natural, a capacidade de investimento da Sulgás está sendo preservada.
Ainda segundo a companhia, mesmo após o reajuste, em comparação ao GLP, o gás natural permanecerá em média 12% mais econômico no segmento comercial e 18%, no residencial. Para os postos de combustíveis, o preço do gás natural estará 31% abaixo do preço médio da gasolina. Em relação a maior parte das indústrias, a tabela do gás natural ficará aquém do valor do óleo combustível.
Apesar dessas considerações feitas pela Sulgás, o coordenador do grupo temático de energia da Fiergs, Edilson Deitos, destaca que o aumento do gás natural afetará a competitividade da indústria gaúcha. O dirigente acrescenta que os aumentos dos insumos energéticos, como o gás e a energia elétrica, têm sido acima da inflação, ultimamente. Deitos enfatiza que a indústria leva algum tempo para repassar os incrementos de custos. Outra dificuldade citada pelo empresário é que a economia brasileira ainda não está plenamente aquecida. O integrante da Fiergs detalha que as empresas que utilizam fornos, como as ligadas ao setor metalomecânico, são as que mais sofrem com as mudanças no preços do gás natural.
Já o presidente do sindicato que representa os postos de combustíveis do Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal'Aqua, diz que os revendedores receberam com surpresa e desalento a notícia quanto ao aumento do preço do GNV. "Justamente em um momento em que se verifica um crescimento no uso desse combustível, após a greve dos caminhoneiros", argumenta. O Sulpetro informa que o volume de GNV vendido pela Sulgás, em maio deste ano, cresceu 23,88% em relação ao mesmo mês de 2017. Foram 232.713 metros cúbicos diários, sendo a maior marca alcançada neste período, desde 2012.
O dirigente enfatiza que o mercado de combustíveis é livre, o que torna difícil prever quanto do reajuste será repassado pelos revendedores ao consumidor final. Dal'Aqua adverte que a elevação de preços desestimula a adaptação de veículos para o aproveitamento do GNV. De acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biodiesel (ANP), o preço médio do GNV na semana passada, nos postos de Porto Alegre, era de R$ 2,899 o metro cúbico.
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