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Economia

- Publicada em 27 de Julho de 2018 às 01:00

Aproximação entre EUA e Europa não prejudica Mercosul, diz governo

O governo avalia que o início de negociações de acordo tarifário entre os Estados Unidos e a União Europeia (UE) não tem impacto nas conversas para acordo entre o Mercosul e o bloco europeu. Para o presidente Michel Temer, "não é improvável" que o processo seja concluído em reunião agendada para setembro.
O governo avalia que o início de negociações de acordo tarifário entre os Estados Unidos e a União Europeia (UE) não tem impacto nas conversas para acordo entre o Mercosul e o bloco europeu. Para o presidente Michel Temer, "não é improvável" que o processo seja concluído em reunião agendada para setembro.
"Em nada (afeta) o fato de os Estados Unidos fazerem uma aliança com a União Europeia", disse Temer, em entrevista após reunião bilateral com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, nesta quinta-feira. Mais cedo, em discurso, ele disse que "nunca estivemos tão perto de conseguir um acordo".
Na quarta-feira, o governo de Donald Trump anunciou uma trégua na guerra fiscal com a UE, com o início de conversas rumo a um ambiente comercial com "zero tarifa". Para especialistas, a aproximação poderia reduzir o ritmo nas negociações com o Mercosul, que se estendem há quase 20 anos.
Nos últimos meses, UE e Mercosul conseguiram limitar a cerca de 30 o número de itens que ainda são considerados sensíveis para algum dos envolvidos nas conversas. Entre eles está o vinho brasileiro, que não tem condições de competir nem com a produção europeia, nem com a de Argentina e Uruguai. Uma solução em estudo passa por mudanças tributárias que tornem mais competitivos os produtores nacionais.
O setor automotivo - também considerado altamente sensível - teve grandes avanços nas últimas reuniões, disse o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, que acompanha a comitiva de Temer na 10ª cúpula do Brics (bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Em agosto, técnicos dos dois blocos se encontram para tentar resolver os últimos impasses, e, em setembro, o comissariado europeu vai ao Uruguai para uma nova reunião de alto nível. "As conversações continuam, e não é improvável que, em setembro, se consiga fechar este acordo", disse Temer.
Lima argumenta que a UE tem estrutura suficiente para manter o ritmo nas duas mesas de negociações. "A minha visão - e penso que é a visão de governo - é que uma coisa não se sobrepõe à outra", afirmou. Para ele, a proposta de abertura do comércio entre Europa e EUA é positiva para exportadores brasileiros. "Quanto maior o fluxo comercial, melhor para os países que estão inseridos nas exportações", comentou.
"Qualquer notícia que vá no sentido do acordo de um comércio internacional baseado em regras claras e que tenha a solução dos seus problemas nos órgãos competentes é uma boa notícia. Buscamos acordos comerciais", diz o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia.
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