Já está em fase avançada de construção, na avenida Assis Brasil, o segundo hospital da Rede Blanc em Porto Alegre, voltado para a realização de cirurgias de baixa e média complexidades. O investimento será de R$ 10 milhões, e a expectativa é que esteja em operação no segundo semestre de 2019.
A unidade será instalada dentro de um centro médico, empreendimento da Cyrela Goldsztein, que permite que o paciente realize um ciclo completo de atendimento médico no mesmo lugar, em função da presença de consultórios, salas comerciais, clínicas e lojas voltadas para esse segmento. É o mesmo conceito da parceria já estabelecida no Medplex Santana, na rua Gomes Jardim, e que entrou em operação em junho deste ano.
À frente dos dois hospitais estão os sócios Luis Felipe Ducati, Charles Berres e Rodrigo Wobeto. "É um projeto 100% gaúcho, que segue uma tendência global de os hospitais serem mais enxutos e estarem dentro de um centro médico", comenta Wobeto, que é médico especializado em cirurgia geral e plástica.
Segundo ele, existe uma demanda alta por cirurgias de baixa e média complexidades hoje em dia, como as eletivas, e o sistema de saúde não consegue mais absorver toda demanda existente. Além disso, outro movimento importante é o de tirar os pacientes saudáveis, que precisam de cirurgias simples de hérnia ou joelho, por exemplo, das estruturas tradicionais, onde o risco de infeção é maior. "Nos Estados Unidos, de 30% a 40% das cirurgias são feitas em unidades como estas", exemplifica Wobeto.
Além de oferecer uma atendimento mais humanizado aos pacientes, o novo empreendimento tem como foco melhorar o bem-estar do médico, com a criação de um ambiente mais confortável para os profissionais e cuidados com a alimentação.
Ducati explica que esse não é um hospital-dia, já que possui leitos de internação para quando isso é necessário, além de UTI, médicos intensivistas 24 horas e farmácia. "É um modelo disruptivo, porque o nosso objetivo é que o paciente fique o mínimo tempo internado, já que isso é o mais seguro para a sua saúde", relata.
Além da unidade da Zona Norte, a estimativa é inaugurar mais seis hospitais como esse até 2022 no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em São Paulo. A meta é seguir o mesmo modelo de negócios, que é estar dentro de centros médicos, mas, possivelmente, abrindo para outros parceiros.
O hospital já inaugurado tem capacidade para 2 mil cirurgias por mês - nos primeiros 45 dias, ocorreram 750. Por enquanto, foram realizadas apenas cirurgias particulares, já que os acordos com os convênios estão em fase de assinatura. A unidade da Zona Norte deverá fazer entre 1 mil e 1,2 mil cirurgias por mês. Ambos têm 12 especialidades cirúrgicas, o que representa a possibilidade de realização de cerca de 500 procedimentos diferentes. O corpo clínico terá de 250 a 300 médicos.