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Crédito

- Publicada em 26 de Julho de 2018 às 01:00

Crescem os recursos para financiar a casa própria, mas as taxas de juros não caem

O financiamento imobiliário com recursos da poupança - o chamado Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) - atingiu R$ 25,29 bilhões nos seis primeiros meses do ano, alta de 23% ante igual período de 2017, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
O financiamento imobiliário com recursos da poupança - o chamado Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) - atingiu R$ 25,29 bilhões nos seis primeiros meses do ano, alta de 23% ante igual período de 2017, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
É a primeira vez, em quatro anos, que a modalidade registra crescimento em um primeiro semestre em relação ao ano anterior. "Tradicionalmente, o primeiro semestre é de saldo negativo para a poupança. Neste ano, tivemos captação líquida de R$ 2,5 bilhões, o que sinaliza uma reversão de tendência, com mais dinheiro entrando, e gera uma expectativa positiva", diz Gilberto Duarte de Abreu Filho, presidente da Abecip.
Só para a aquisição de imóvel pela pessoa física, foram R$ 20,2 bilhões financiados, sendo R$ 11,3 bilhões para imóveis novos. "Quem puxa a cadeia é o consumidor. Essa parte de novos é consumo de estoque, o que pode originar demanda futura por mais construção", afirma Abreu Filho. A aquisição para construção, no entanto, cresceu menos, 14,5%, somando apenas R$ 5,1 bilhões. "Os empresários ainda estão comedidos, começando a acelerar o negócio em ritmo diferente do consumidor."
O crédito imobiliário com recursos do FGTS, fonte para financiamento dentro do programa Minha Casa Minha Vida, por outro lado, recuou 6,8%, na primeira queda semestral desde 2014. "O FGTS é diferente do SBPE, em que há competição entre os bancos. O FGTS segue a lógica de cumprir o orçamento definido pelo Conselho Curador", afirma Abreu Filho. O orçamento previsto para o ano é de R$ 69 bilhões, o que significaria uma alta de 19% em 2018.
A Abecip elevou suas projeções de crescimento do crédito com recursos da poupança de 10% para 16% em 2018. "Hoje, vemos os bancos com apetite para emprestar. O que está difícil é encontrar projetos de incorporadoras para esse dinheiro e consumidor com apetite consistente para comprar", diz Abreu Filho.
Ele observa que, apesar do otimismo dos bancos, o viés de alta nas taxas de juros futuras pode ser uma barreira. "Esse movimento depende muito do cenário eleitoral e da perspectiva da economia. Parece que os bancos viram a curva subir, mas estão apostando em uma queda. Se o patamar se mantiver alto, no entanto, em algum momento, veremos uma reversão, com aumento de preços e queda na concessão."
Segundo a Abecip, com a recuperação da poupança, pode haver um excesso de recursos para financiamento disponíveis no mercado superior a R$ 100 bilhões pelos próximos 24 meses.
"Vai ter muito recurso disponível para emprestar, mas não vemos o mesmo ritmo de consumo na ponta, seja do consumidor, que vai demorar para obter ganho real e algum alívio no emprego, ou da construtora", diz Abreu Filho.
Um maior volume de recursos disponíveis com uma demanda inferior pelo financiamento poderia levar a uma queda no custo do crédito. "Não vejo, no entanto, os preços caindo até agora, porque as curvas de juros não cedem. Se isso acontecesse, poderíamos, para o próximo ano, ver algo inédito, como taxas abaixo de 8,8%", diz Abreu Filho.

Máquinas da rede Vero passam a aceitar pagamento por aproximação

Os lojistas credenciados à rede de adquirência Vero, da empresa Banrisul Cartões, já estão aptos a aceitar pagamentos por aproximação, inovação que permite que as transações sejam feitas sem a necessidade de inserir ou passar o cartão nas máquinas POS ou mobile. Atualmente, existem dispositivos de pagamento inseridos em pulseiras, relógios ou em carteiras digitais para smartphones. Ao aproximar o dispositivo a uma curta distância da máquina, o pagamento será efetuado.
Segundo o diretor da Banrisul Cartões, Antônio Carlos Antunes, a solução faz com que as transações sejam mais rápidas que as tradicionais, acelerando o processo e ampliando o número de operações. "Esse serviço oferece mais segurança ao cliente, já que ele não precisa levar dinheiro ou mesmo o cartão de crédito no bolso. Além disso, as informações compartilhadas com a máquina são utilizadas apenas para o pagamento", destacou.