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Varejo

- Publicada em 13 de Julho de 2018 às 20:38

Hipo Fábricas vai fechar as portas em Porto Alegre

Cartaz na fachada envidraçada comunica aos consumidores do fechamento da operação

Cartaz na fachada envidraçada comunica aos consumidores do fechamento da operação


LUIZA PRADO/JC
O tradicional centro comercial Hipo Fábricas, instalado em um prédio de seis andares na rua Doutor Flores, uma das mais movimentadas no Centro de Porto Alegre, vai fechar as portas. Os donos do empreendimento fixaram cartazes nas vitrines na fachada informando aos consumidores de que não abrirão mais a partir da próxima quarta-feira (18), quando se encerram os 30 dias do aviso dado aos expositores.
O tradicional centro comercial Hipo Fábricas, instalado em um prédio de seis andares na rua Doutor Flores, uma das mais movimentadas no Centro de Porto Alegre, vai fechar as portas. Os donos do empreendimento fixaram cartazes nas vitrines na fachada informando aos consumidores de que não abrirão mais a partir da próxima quarta-feira (18), quando se encerram os 30 dias do aviso dado aos expositores.
Pequenos lojistas ocupam o local, que funciona como uma espécie de centro comercial. A administração do empreendimento ameaça fechar desde 2016, mas só agora uma posição final foi tomada. Um grupo de expositores ingressou com medida judicial para impedir o fechamento. 
De acordo com o advogado da administradora da Hipo Fábricas, Henrique Burns, o encerramento da operação foi necessário porque "não está sendo lucrativa". Burns alega que cerca de 50% dos expositores estão com o pagamento de taxas que cobrem custos da segurança e manutenção, como limpeza, em atraso. O advogado da Hipo não soube informar o que será feito no prédio.
Os donos do imóvel, que pertence à família Maisonnave, não teriam informado sobre os seus planos para a ocupação do prédio. Mas uma mudança chamou a atenção dos próprios lojistas e de quem passa pelo local, no acesso pela rua Voluntários da Pátria.
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Nome de Centro Comercial Roberto de Moraes Maisonnave foi retirado da fachada
No topo da área de acesso, foi adesivado o nome de Centro Comercial Roberto de Moraes Maisonnave. Com a repercussão da notícia do fechamento do shopping no modelo antigo, a inscrição do nome começou a ser removida, conforme registro feito por uma lojista.
O advogado dos expositores, Ivalnei Borba, nega o nível elevado de inadimplência. Segundo ele, a maioria dos ocupantes que estava nesta situação renegociou as dívidas. Borba destaca ainda que os casos de maior atraso poderiam ter sido alvos de processos judiciais, o que não teria sido feito pelos donos. 
Contrários ao encerramento, 26 dos 38 lojistas acionaram a Hipo Fábricas na Justiça. Segundo o advogado do grupo, existem contratos de comodato a título oneroso, que, segundo ele, "acabam sendo contratos de locação, pois os ocupantes pagam um valor". O valor é de R$ 624,00 por semana, informou uma das ocupantes.
Borba lembra ainda que a maioria dos expositores está nos espaços há mais de uma década. O advogado pediu também, na ação, que os expositores permaneçam no local até ter uma decisão da Justiça e "para que não sofram maiores prejuízos". Outro caminho será pedir a garantia do recebimento das perdas pelo tempo de fechamento até transferir as mercadorias e começar a operar em um novo endereço.  

Lojistas temem prejuízos e querem ficar no local

Desde os 18 anos que estou aqui, desabafa Geroni

Desde os 18 anos que estou aqui, desabafa Geroni


LUIZA PRADO/JC
Há 24 anos anos atuando com venda de roupas, Geroni Gomes diz que atuar no empreendimento significa o esforço "de uma vida". “Desde os 18 anos estou aqui. Toda minha vida depende disso, inclusive para pagar a faculdade do meu filho”, desabafa a lojista. Geroni diz ainda que não tinha como se mudar nos 30 dias dados pelo empreendedor. "É necessário pelo menos mais 60 dias para que possamos encontrar outro local e informar nossos clientes", sustenta a comerciante, com expressão desolada.
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Cristine chegou há seis meses na Hipo onde investiu R$ 10 mil para montar a loja
Há apenas seis meses instalada em um espaço da Hipo, Cristine Godoi, que atua com itens decorativos para casa, está indignada. “Quando comprei o ponto ninguém me informou sobre o que estava acontecendo, que poderia ter a venda do espaço. Vim para cá para realizar um sonho”, completa Cristine.
Acreditando no crescimento do negócio no espaço, a empreendedora fechou sua primeira loja em São Leopoldo para centralizar a operação no Centro da Capital, onde investiu R$ 10 mil. "Isso foi três dias antes de eu ser comunicada do fechamento", recorda. Agora, Cristine corre contra o tempo para achar um novo ponto.