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Mercado de Capitais

- Publicada em 12 de Julho de 2018 às 01:00

Dólar sobe a R$ 3,8755 com guerra comercial

O aumento da aversão ao risco na economia mundial, após o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçar tarifas extras em US$ 200 bilhões de produtos importados da China, provocou novo dia de fortalecimento do dólar na economia mundial e fez a moeda subir 1,91% no Brasil, a maior alta desde 26 de junho, terminando a sessão em R$ 3,8755, perto das máximas.
O aumento da aversão ao risco na economia mundial, após o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçar tarifas extras em US$ 200 bilhões de produtos importados da China, provocou novo dia de fortalecimento do dólar na economia mundial e fez a moeda subir 1,91% no Brasil, a maior alta desde 26 de junho, terminando a sessão em R$ 3,8755, perto das máximas.
O real foi a segunda moeda no mundo que mais perdeu valor ante o dólar nesta quarta-feira, atrás apenas da divisa da Turquia. Após a decisão de Trump, Pequim falou que vai retaliar e analistas começaram a especular que uma das formas seria sobretaxar o petróleo comprado dos EUA, o que ajudou as cotações a despencarem em Londres e Nova Iorque, acentuando o movimento de aversão ao risco.
Com a pressão para a alta da moeda vinda do exterior, o Banco Central ficou novamente de fora do mercado de câmbio, marcando o 13º dia seguido sem ofertas extraordinárias de novos contratos de swap (venda de dólar no mercado futuro). A instituição fez nesta quarta-feira, assim como vem fazendo nos últimos dias, apenas a rolagem de contratos, em operação que somou US$ 700 milhões. Exportadores que na terça venderam dólares e ajudaram a moeda cair 1,71%, para R$ 3,80, nesta quarta-feira reduziram suas operações, enquanto os importadores intensificaram as compras, segundo operadores de câmbio.
Em meio à piora do humor no mercado financeiro internacional, o Bank of America Merrill Lynch apontou Brasil, Turquia e África do Sul como os três mercados emergentes mais frágeis entre os 10 maiores países deste grupo. O estudo leva em conta indicadores fiscais, do balanço de pagamento e a evolução do Produto Interno Bruto (PIB), entre outros indicadores. O Brasil tem bons números nas contas externas, mas o lado fiscal é um dos piores na comparação com outros mercados. Como reflexo, o real é uma das moedas que mais perderam o valor ante o dólar este ano. A divisa dos EUA acumula alta de 17%.

Bolsa fecha em baixa de 0,62%

O cenário internacional foi determinante para o viés negativo do Índice Bovespa, que fechou em baixa de 0,62% ontem, aos 74.398 pontos. Em meio à forte onda de aversão ao risco no exterior, no entanto, o bom desempenho de ações específicas, como Eletrobras e bancos, impediu uma queda maior do principal índice da B3. Os negócios somaram R$ 9,919 bilhões.
A intensificação do conflito comercial entre Estados Unidos e China gerou uma série de reflexos nos mercados mundiais, principalmente nos preços do petróleo, que despencaram nas bolsas de Nova Iorque e Londres.
Às vésperas do início de uma nova safra de balanços, as ações dos bancos sinalizam uma recuperação em julho. No pregão desta quarta-feira, o destaque ficou com Banco do Brasil ON, que subiu 1,99%. Itaú Unibanco PN e as units do Santander subiram 0,40%. As exceções foram Bradesco ON (-0,32%) e PN (-0,40%).
A expectativa otimista em torno da privatização das distribuidoras da Eletrobras prevaleceu ao longo do dia, o que garantiu às ações da companhia ganhos de 2,19% (ON) e 2,17% (PNB).
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