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Economia

- Publicada em 09 de Julho de 2018 às 21:24

Sem concessão, problemas na freeway devem aumentar

Autarquia diz que acréscimo da estrada ao orçamento é um 'desafio'

Autarquia diz que acréscimo da estrada ao orçamento é um 'desafio'


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Carolina Hickmann
A crise na manutenção das estradas gaúchas vivida no final do ano passado, quando os túneis da BR-101, em Morro Alto, quase foram interditados por falta de reparação, está bastante próxima da repetição. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em 2017, cerca de R$ 400 milhões foram repassados pela União com a finalidade de manter os mais de 5,2 mil quilômetros de rodovias sob os cuidados do órgão. Neste ano, por outro lado, a verba total ficou em apenas R$ 300 milhões.
A crise na manutenção das estradas gaúchas vivida no final do ano passado, quando os túneis da BR-101, em Morro Alto, quase foram interditados por falta de reparação, está bastante próxima da repetição. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em 2017, cerca de R$ 400 milhões foram repassados pela União com a finalidade de manter os mais de 5,2 mil quilômetros de rodovias sob os cuidados do órgão. Neste ano, por outro lado, a verba total ficou em apenas R$ 300 milhões.
Acrescido à diminuição do repasse, o Dnit assumiu a responsabilidade sobre a freeway após o fim da concessão da rodovia à Triunfo Concepa, na última quarta-feira. Segundo o superintendente do Dnit no Estado, Allan Machado, uma suplementação de R$ 40 milhões, valor suficiente para manter a via que liga a Capital ao Litoral Norte até fevereiro, foi solicitada ao governo federal. "Em razão da operação do vão móvel, iluminação e segurança, precisamos dessa verba, mas ainda não tivemos posicionamento sobre o repasse", comenta.
Nesse sentido, a Associação dos Usuários de Rodovias mostra-se preocupada com a situação das estradas gaúchas, em especial a da freeway. "É uma questão alarmante, houve falta de planejamento por parte do governo, que empurrou ao Dnit uma responsabilidade sem assistência", lamenta o presidente do grupo, Gerri Machado. Em seu entendimento, também faltou preparo em relação a treinamento das equipes de saúde dos municípios, que passaram a atender a acidentes na rodovia com o Samu. "Já ficamos sabendo de um rapaz que esperou por uma hora o socorro", relatou, ao ressaltar que o serviço de saúde não está preparado para a demanda extra.
O superintendente do Dnit assume que "houve uma disponibilização de recursos inferior à necessidade" das estradas gaúchas e que "o desafio com o acréscimo da freeway passa a ser ainda maior". Ele argumenta que existe uma questão orçamentária nacional e que o Dnit, sendo uma autarquia, apenas executa o que está previsto no orçamento, e espera a sensibilidade da União em seu pedido de suplementação de crédito.
Outra questão levantada pela Associação dos Usuários de Rodovias está na paralisação de obras de duplicação em trechos perigosos das estradas gaúchas, como o que liga Eldorado do Sul a Pantano Grande pela BR-290, por falta de investimentos. O Dnit explica que os recursos utilizados ainda neste ano na duplicação do trecho são oriundos da lei orçamentária de 2014 e devem acabar nos próximos meses. "Este cenário está generalizado em nível de Brasil. Com alguma dificuldade, estamos conseguindo fazer a manutenção das rodovias, a parte de investimentos e construção fica mais prejudicada ainda", enfatiza o superintendente.
 
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