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Economia

- Publicada em 10 de Julho de 2018 às 01:00

Expansão do PIB ficará próxima de 1,9%, diz IFI

Saques do PIS/Pasep compensam efeitos da greve dos caminhoneiros

Saques do PIS/Pasep compensam efeitos da greve dos caminhoneiros


/MARCELO CAMARGO/ABR/JC
A injeção de até R$ 39 bilhões na economia com os saques do PIS/Pasep por todos os trabalhadores pode compensar parte dos efeitos negativos da greve dos caminhoneiros no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, na avaliação da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado. Mesmo assim, a entidade diz que a evolução do PIB em 2018 deve ficar mais próxima do previsto no cenário mais pessimista, de crescimento de 1,9%.
A injeção de até R$ 39 bilhões na economia com os saques do PIS/Pasep por todos os trabalhadores pode compensar parte dos efeitos negativos da greve dos caminhoneiros no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, na avaliação da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado. Mesmo assim, a entidade diz que a evolução do PIB em 2018 deve ficar mais próxima do previsto no cenário mais pessimista, de crescimento de 1,9%.
Mesmo com os impactos já conhecidos da greve sobre setores relevantes da economia, como a produção industrial, o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de julho da IFI manteve a projeção central de crescimento do PIB neste ano em 2,7% - com viés de baixa.
"A estimativa ainda depende de outros indicadores, como as vendas do comércio varejista e do setor de serviços, além dos números de junho, que permitirão identificar se parte das perdas foi recuperada em algumas atividades Avaliamos, de todo modo, que a expansão do PIB em 2018 ficará mais próxima da estimativa delineada em nosso cenário pessimista (1,9%)", afirmou a instituição.
Para chegar a esse patamar, a economia brasileira precisaria crescer em média 0,7% por trimestre até o fim deste ano, sendo que o PIB avançou em média apenas 0,5% por trimestre na saída da recessão. Por outro lado, a IFI aponta que, se os recursos do PIS/Pasep forem integralmente sacados e usados para o consumo, o impacto potencial no PIB deste ano pode chegar a 0,5 ponto percentual.
Já os impactos da crise do transporte de carga sobre a inflação de junho devem ser dissipados ao longo do segundo semestre. A IFI lembra que a ociosidade ainda existente nos fatores de produção é um vetor de contenção das pressões inflacionárias.
O relatório também atualizou os resultados do Indicador de Prudência Orçamentária (Ipro) da IFI, que compara as projeções fiscais do governo com os desempenhos efetivamente obtidos ao final de cada exercício. O indicador, que já mostrava projeções pouco prudentes entre 2011 e meados de 2016 - com o pior resultado em 2014 -, aponta que as estimativas passaram a ser mais aderentes aos resultados obtidos a partir do início do governo Michel Temer.
A IFI traz, ainda, um estudo que mostra que o sistema de partilha e transferência de recursos da União para os demais entes desconcentrou as receitas entre os níveis do governo. A administração federal, com dois terços da arrecadação, tem a sua fatia reduzida para menos da metade após essas transferências, enquanto os estados ficam com quase um terço e as prefeituras administram cerca de um quinto dos recursos.
 
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