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Economia

- Publicada em 04 de Julho de 2018 às 22:26

Banco do Brasil libera R$ 12,6 bilhões para a safra gaúcha

Nascimento diz que a burocracia, em muitos casos, afasta o produtor

Nascimento diz que a burocracia, em muitos casos, afasta o produtor


/FREDY VIEIRA/JC
Guilherme Daroit
Principal financiador do agronegócio brasileiro, o Banco do Brasil (BB) disponibilizará R$ 103 bilhões em linhas de crédito aos produtores na safra 2017/2018. Desse total, R$ 12,6 bilhões serão voltados a agricultores gaúchos. Caso seja efetivamente emprestado, o montante representará crescimento sobre os R$ 8,8 bilhões tomados no varejo no Rio Grande do Sul em 2016/2017. As expectativas são boas, segundo o BB, graças às taxas mais baixas do Plano Safra e ao preço em alta das commodities.
Principal financiador do agronegócio brasileiro, o Banco do Brasil (BB) disponibilizará R$ 103 bilhões em linhas de crédito aos produtores na safra 2017/2018. Desse total, R$ 12,6 bilhões serão voltados a agricultores gaúchos. Caso seja efetivamente emprestado, o montante representará crescimento sobre os R$ 8,8 bilhões tomados no varejo no Rio Grande do Sul em 2016/2017. As expectativas são boas, segundo o BB, graças às taxas mais baixas do Plano Safra e ao preço em alta das commodities.
"Temos certeza da evolução no acesso aos recursos pelo momento que vive a agropecuária brasileira. Com as commodities em alta, o produtor poderá investir inclusive em máquinas", comenta o gerente de mercado de agronegócios do BB no Estado, Anderson Quevedo do Nascimento. O banco, que diz ser responsável por 60% do crédito agropecuário no País, já atua com as novas linhas e taxas desde a última segunda-feira.
Do total destinado ao Rio Grande do Sul, a maior parte, R$ 7,7 bilhões, será voltada à agricultura empresarial. Outros R$ 2,8 bilhões estão liberados para a agricultura familiar (propriedades com faturamento anual até R$ 415 mil) e R$ 2,1 bilhões, para os médios produtores. Estes últimos terão uma novidade, que é o fim da exigência de que pelo menos 80% de sua renda fosse oriunda do campo. Quanto à utilização, R$ 10,8 bilhões serão direcionados a custeio e R$ 1,8 bilhão, para investimentos.
As taxas praticadas são as anunciadas pela União no mês passado, mais baixas do que as praticadas na última safra. O Pronamp, voltado aos médios produtores, por exemplo, caiu de 7,5% a.a. para 6% a.a., enquanto o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), para investimentos ambientalmente sustentáveis, caiu de 7,5% a.a. para entre 5,25% a.a. e 6% a.a. Nascimento ressalta ainda a queda nos juros no Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), cujas taxas baixaram de 6,5% a.a. para 6% a.a., ainda com um benefício especial aos depósitos até 6 mil toneladas, que terão taxas de 5,25% a.a. "Mostra o incentivo à armazenagem, que é um dos gargalos que temos na agricultura", defende o gerente.
Nascimento ainda afirma acreditar na diminuição nos problemas apontados pelos produtores nos últimos anos quanto à dificuldade na tomada dos empréstimos. O BB lança, nesta safra, sistemas que permitem aos agricultores a contratação de crédito por celulares e computadores - que, espera, ajudará a simplificar o processo. "Produtores deixam de tomar crédito, às vezes, não porque falte algo, mas pelo número de documentos exigidos. Essa simplificação é um grande avanço", projeta o gerente. Ao todo, a carteira de crédito no varejo para o agronegócio do BB no Estado chega a R$ 17,9 bilhões.
Uma das principais novidades do Plano Safra federal de 2017/2018, porém, empolga menos o banco. Esta será a primeira temporada em que haverá a possibilidade de empréstimos com taxas pós-fixadas aos produtores, atreladas ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). "É um ensaio do governo para ver se vai ter adesão, mas não espero tanta procura, por ser uma quebra de paradigma", argumenta Nascimento. As linhas com esse tipo de juros só estarão disponíveis nas agências do BB no início de outubro.
JC
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