Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 04 de Julho de 2018 às 09:25

Greve dos caminhoneiros fez indústria recuar 10,9% de abril para maio

Na comparação com maio do ano passado, o recuo chegou a 6,6%

Na comparação com maio do ano passado, o recuo chegou a 6,6%


CLAITON DORNELLES /JC
A produção industrial brasileira caiu 10,9% em maio deste ano, na comparação com abril. Foi a maior queda do indicador desde dezembro de 2008, com recuo de 11,2%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda foi motivada principalmente pela paralisação dos caminhoneiros no final de maio, que afetou o processo de produção em várias unidades industriais do país.
A produção industrial brasileira caiu 10,9% em maio deste ano, na comparação com abril. Foi a maior queda do indicador desde dezembro de 2008, com recuo de 11,2%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda foi motivada principalmente pela paralisação dos caminhoneiros no final de maio, que afetou o processo de produção em várias unidades industriais do país.
Na comparação com maio do ano passado, o recuo chegou a 6,6%, o mais intenso desde outubro de 2016, que foi de 7,3%, interrompendo 12 meses consecutivos de altas. Apesar disso, a indústria brasileira ainda acumula altas de 2% no ano e de 3% em 12 meses.
"A greve desarticulou o processo de produção em si, seja pelo abastecimento de matéria prima, seja pela questão da logística na distribuição. A entrada do mês de maio caracterizou uma redução importante no ritmo de produção", explicou o coordenador da pesquisa André Macedo.
O patamar de produção industrial retornou a um nível próximo ao de dezembro de 2003, ficando 23,8% abaixo do recorde alcançado em maio de 2011.
A produção industrial caiu em 24 dos 26 ramos pesquisados. As principais influências negativas para a média global foram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-29,8%) e produtos alimentícios (-17,1%).
"Em veículos, assim como em outras atividades industriais, você tem um desabastecimento de matéria-prima. Se não tem chegada de matéria-prima para a produção final, tem que paralisar a produção. Se tem dificuldade de escoar a produção e não tem mais capacidade para estocar o produto no pátio industrial das montadoras, tem que paralisar ou diminuir a produção. Isso afeta de forma importante o setor de automóveis", explicou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
A queda registrada pela atividade de veículos em maio ante abril foi a mais acentuada desde janeiro de 2012, quando encolheu 32,7%. A perda foi recorde, porém, nos setores de alimentos e bebidas (-18,1%), que registraram os recuos mais acentuados da série histórica iniciada em 2002.
Outras quedas relevantes foram de celulose, papel e produtos de papel (-13,0%), produtos de minerais não metálicos (-14,3%), produtos de borracha e de material plástico (-10,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-15,4%), outros produtos químicos (-5,6%), produtos de metal (-10,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-11,7%), metalurgia (-4,2%), máquinas e equipamentos (-5,3%), produtos de madeira (-15,1%), outros equipamentos de transporte (-13,8%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-10,8%) e couro, artigos para viagem e calçados (-9,8%).
Apenas os ramos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (com aumento de 6,3%, impulsionado pelo óleo diesel) e de indústrias extrativas (com alta de 2,3%, puxada pelo minério de ferro) registraram avanços na produção em maio ante abril.
Com informações da Agência Brasil e da Agência Estado.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO