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conjuntura

- Publicada em 29 de Junho de 2018 às 01:00

Banco Central reduz previsão de alta do PIB deste ano para 1,6%

A perda de ritmo da recuperação, a estagnação da confiança de empresas e consumidores na economia e a paralisação dos caminhoneiros levaram o Banco Central (BC) a cortar sua projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano em um ponto percentual, para 1,6%. A previsão anterior, divulgada em março, era de 2,6%.
A perda de ritmo da recuperação, a estagnação da confiança de empresas e consumidores na economia e a paralisação dos caminhoneiros levaram o Banco Central (BC) a cortar sua projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano em um ponto percentual, para 1,6%. A previsão anterior, divulgada em março, era de 2,6%.
O desempenho de indústria, comércio e serviços e consumo foram revisados para baixo. "A revisão está associada ao arrefecimento da atividade no início do ano, a acomodação dos indicadores de confiança de empresas e consumidores e a perspectiva de impactos diretos e indiretos da paralisação no setor de transporte de cargas ocorrida no final de maio", afirmou a autoridade monetária.
A nova expectativa foi divulgada no Relatório Trimestral de Inflação. O desempenho da indústria, segundo a nova projeção do BC, foi revisado de 3,1%, em março, para 1,6%. A indústria de transformação, na avaliação da autoridade monetária, crescerá somente 2,4% em 2018 (ante projeção anterior de 4%), e a construção civil encolherá 0,7% (ante um crescimento anterior de 0,7%). Comércio e serviços devem crescer 1,3%, segundo o BC (a projeção anterior previa uma alta de 2,4%). O consumo das famílias foi revisado para uma alta de 2,1%, ante um crescimento anterior previsto de 3%. "(A nova projeção) é compatível com uma recuperação mais lenta da massa salarial, resultado da redução no ritmo de crescimento dos rendimentos e da população ocupada", disse o BC no relatório.
No caso da agropecuária, o BC revisou para cima suas projeções: em vez de uma queda de 0,3% projetada em março, a autoridade monetária prevê, agora, uma alta de 1,9%. "A melhora na projeção se deve ao resultado acima do esperado no primeiro trimestre e à sequência de elevações nos prognósticos para a produção agrícola anual", afirmou o BC.
Sobre o movimento dos caminhoneiros, o BC voltou a afirmar que será difícil uma leitura imediata do impacto sobre a economia. "A paralisação no setor de transporte de cargas no mês de maio dificulta a leitura da evolução recente da atividade econômica. Dados referentes ao mês de abril sugerem atividade mais consistente que nos meses anteriores. Entretanto, indicadores referentes a maio e, possivelmente, a junho deverão refletir os efeitos da referida paralisação."
Sobre os impactos do cenário externo menos favorável a países emergentes sobre o Brasil, com tendência de alta do dólar, o BC afirmou que o País está, hoje, mais preparado para absorver choques. Avaliou, entretanto, que sem reformas, como da Previdência, o País poderá ser afetado em caso de piora desse cenário.

Ipea diminui para 1,7% expectativa de crescimento econômico em 2018

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevê um avanço de 1,7% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro este ano, seguido de crescimento de 3% em 2019. Os dados, divulgados nesta quinta-feira pelo instituto, foram revistos para baixo, após a deterioração do cenário externo e doméstico. Na última divulgação, realizada em março, a expectativa do Ipea para o PIB de 2018 era de expansão de 3,0%.
As estimativas para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) também foram reduzidas. A previsão, em março, era de que a FBCF registrasse elevação de 4,5% em 2018, mas a expectativa agora é que cresça 3,6%. Para 2019, a FBCF deve aumentar 4,2%.
O Ipea divulgou ainda previsões para os componentes do PIB. A indústria deve avançar 1,4% em 2018, seguido de aumento de 3,0% em 2019. O PIB dos Serviços cresceria 1,8% em 2018 e 3,1% em 2019, enquanto o PIB Agropecuário recuaria 1,0% este ano, mas aumentaria 3,5% em 2019.
Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias deve subir 2,3% em 2018 e 3,1% em 2019. Já o consumo do governo deve cair 0,5% este ano, mas aumentar 0,5% no ano que vem.