Tradicional temakeria de Porto Alegre, a Japesca tem fortalecido sua expansão pelos municípios da região metropolitana. A última unidade foi aberta no final de maio, na avenida Borges de Medeiros. Para o início de julho, será inaugurada outra franqueada no Centro da capital, na avenida Otávio Rocha e, até setembro começará a operar a primeira loja em São Leopoldo.
Com os três novos empreendimentos, a rede chegará às 16 unidades – 15 delas franqueadas. Mas o objetivo é ainda maior: de acordo com o diretor da Japesca, Paulo Henrique Gottert, a meta é ter 20 lojas até o final de 2018. “Nosso projeto de expansão é através das franquias e em (movimento) espiral, a partir de Porto Alegre. Temos tido uma excelente procura por conta de nossa proposta de posicionamento no mercado”, diz o empresário.
Segundo Gottert, a estratégia da rede passa por “democratizar” o acesso ao produto e afastar a mística da sofisticação, se apresentando como “fast-food” da culinária japonesa. “Esse modelo dá velocidade ao atendimento, gera volume e permite reduzir o preço”, diz o diretor da temakeria, que, além da capital, já tem unidades em Canoas, Alvorada e Gravataí.
A proposta passa, inclusive, por contingenciar o repasse de custos ao consumidor. Nos últimos dois meses, o custo do salmão, principal matéria-prima das temakerias, subiu 60%. A alta foi puxada tanto pela alta no dólar comercial, já que o insumo é importado do Chile, quanto pelo aumento no consumo no hemisfério norte, o que diminuiu a oferta.
Mesmo assim, a Japesca optou por não elevar seus preços e, na contramão do mercado, oferecer promoções aos clientes. Opção mais pedida, o Temaki Filadélfia (feito com salmão, cream cheese, cebola, gergelim, alga e arroz) teve o preço reduzido de R$ 16,00 para R$ 10,00. Nas terças-feiras, o valor é ainda menor: R$ 8,00.
“Essa proposta de posicionamento de mercado e que tem nos levado a expansão da rede”, comenta Gottert. Segundo ele, a agressividade na captação de clientes facilita a parceria com investidores, aliada à popularização da culinária nipônica. “Está havendo, principalmente no público jovem, a migração da carne vermelha para o pescado, pela saudabilidade do produto”, explica.
O diretor da Japesca estima que investimento para a abertura de uma loja gira em torno de R$ 300 mil, mas varia de acordo com o tamanho do imóvel e às modificações necessárias. Em imóveis com a estrutura já adaptada para um empreendiemto da área de alimentação, o custo é menor.
A Japesca também está aberta a empreendedores que queiram “virar a bandeira” - ou seja, temakerias independentes que desejam aderir à rede. “Nosso modelo dá suporte à aquisição e produtos e matérias primas, já que a compra acontece em maior volume”, explica Paulo Gottert.