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Economia

- Publicada em 27 de Junho de 2018 às 21:55

Nestlé prepara produção de leite orgânico

Crescente apelo por produtos mais saudáveis motivou a empresa

Crescente apelo por produtos mais saudáveis motivou a empresa


/FABRICE COFFRINI /AFP/JC
A gigante Nestlé prepara-se para lançar sua primeira linha de leites orgânicos produzidos no Brasil até junho de 2019. A inovação é resultado de projeto-piloto inédito iniciado pelo Brasil com 35 produtores na região de Araraquara, interior de São Paulo. A ação foi detalhada pelo especialista de região leiteira da Nestlé Brasil, Agaciel Fiorentin, na oficina Produção Orgânica de Leite e Laticínios, realizada durante o 6º Fórum Itinerante do Leite, em Santa Rosa.

A gigante Nestlé prepara-se para lançar sua primeira linha de leites orgânicos produzidos no Brasil até junho de 2019. A inovação é resultado de projeto-piloto inédito iniciado pelo Brasil com 35 produtores na região de Araraquara, interior de São Paulo. A ação foi detalhada pelo especialista de região leiteira da Nestlé Brasil, Agaciel Fiorentin, na oficina Produção Orgânica de Leite e Laticínios, realizada durante o 6º Fórum Itinerante do Leite, em Santa Rosa.

As propriedades selecionadas para o projeto operam, juntas, com 30 mil litros de leite/dia e recebem de 70% a 80% a mais pelo litro em relação ao produto convencional. O pagamento diferenciado é regido por contrato de 24 meses e ocorre desde o momento em que o produtor ingressa no programa de migração. A atual legislação prevê que o processo de conversão do solo da propriedade e do rebanho leve 18 meses, mas já há previsão de reduzir esse prazo para 12 meses.

Segundo Fiorentin, o leite orgânico foi um desafio lançado pela Nestlé a suas subsidiárias de forma a atender à crescente demanda por alimentos mais saudáveis e sustentáveis. Há pouco mais de um ano, o Brasil aceitou a provocação e vem desenvolvendo o projeto, que atende à rigorosa legislação que rege os produtos orgânicos no Brasil. Para ser considerado orgânico, o leite deve vir de animais alimentados com pastagens sem o uso de adubos químicos ou agrotóxicos. É permitida alimentação no cocho, desde que seja composta por insumos orgânicos, com tolerância de até 15% de grãos convencionais, desde que não transgênicos. Os animais devem ser tratados basicamente com homeopatia e produtos fitoterápicos, e não é permitida a criação em confinamento. "Não é fácil fazer orgânico. É claro que, com o apoio da indústria e da área técnica, vai ficando mais fácil", disse. Segundo Fiorentin, um dos limitadores da expansão da produção orgânica de leite é a oferta de milho e farelo de soja orgânicos. Mediante o avanço do projeto, a empresa deve estudar sua ampliação a outras áreas onde atua no país.

Como não existe teste capaz de indicar se o leite é ou não orgânico, o importante é escolher bem os produtores que se integrarão ao sistema e serão auditados. "Quem só pensa em ganhar mais com o leite orgânico não se enquadra no perfil, porque entendemos que esse criador vai desistir na primeira dificuldade. A escolha dos produtores é feita com base em seus projetos e consciência ambiental", afirmou Fiorentin.

Atualmente, a Nestlé opera com produtos orgânicos no exterior. Até o lançamento, em 2019, a produção do projeto paulista segue sendo adicionada às linhas convencionais de Molico e Ninho. "Que, por meio desse projeto, a gente possa desenvolver mais a cadeia láctea. O País e os consumidores só têm a ganhar, com produtos cada vez mais sustentáveis", destacou Fiorentin.

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