Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 21 de Junho de 2018 às 08:44

Agronegócio perde R$ 500 milhões por dia com tabelamento, diz CNA

Novo presidente fixou uma taxa de 9% a mais sobre as que já existiam

Novo presidente fixou uma taxa de 9% a mais sobre as que já existiam


SCOTT OLSON/AFP/JC
Agência Estado
A cada dia, a perda do agronegócio brasileiro provocada pelo tabelamento do frete rodoviário é de R$ 500 milhões só nos mercados de soja e milho. Nos 20 dias de vigor da medida, portanto, o prejuízo chega a R$ 10 bilhões para esses dois grãos, segundo cálculos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na audiência de conciliação promovida ontem pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, na ação que discute a constitucionalidade da medida.
A cada dia, a perda do agronegócio brasileiro provocada pelo tabelamento do frete rodoviário é de R$ 500 milhões só nos mercados de soja e milho. Nos 20 dias de vigor da medida, portanto, o prejuízo chega a R$ 10 bilhões para esses dois grãos, segundo cálculos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na audiência de conciliação promovida ontem pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, na ação que discute a constitucionalidade da medida.
"Temos um problema emergencial", afirmou o chefe da assessoria jurídica da entidade, Rudy Ferraz. "Meio bilhão de reais por dia não é qualquer coisa." Ele acrescentou que metade da produção agrícola está "parada" em pleno período de safra.
Mas os problemas se espalham por outros produtos, mostra o levantamento feito pela CNA. No caso do arroz, por exemplo, metade do produto enviado aos portos está represada. No café, que estima que o custo do transporte dobrou, a dificuldade é levar o produto para as torrefadoras. Com isso, há um atraso na produção e os exportadores estão arcando com custos adicionais no transporte. A conta já recai sobre os consumidores. Nas gôndolas, o leite já registra aumento de 50% e o frango, de 45%. O preço do arroz subiu 10% e o do feijão, em torno de 15%, segundo informa a CNA.
O problema dos 60 navios parados nos portos à espera de carga continua. As taxas de demurrage, pagas pela permanência das embarcações, somam R$ 6,7 milhões ao dia, ou R$ 135 milhões desde a adoção do tabelamento.
Dos navios parados, 35 estão carregados com fertilizante. Com a alta do frete, o transporte desse produto está praticamente parado, informa a CNA. Segundo a entidade, os produtores, cooperativas e revendedores já contrataram 85% do produto que necessitam. No entanto, "não há possibilidade de entrega".
O problema atinge também o calcário agrícola. Perto de 75% do preço do produto corresponde ao frete. Como o custo do transporte subiu 30%, a comercialização caiu para metade dos níveis normais para o período. Os produtores de carne relataram elevação de 63% no custo do frete para o setor. O transporte de ração, porém, deve aumentar perto de 83%.
Além dos problemas imediatos, há os que ainda vão surgir. O atraso no embarque da safra de milho e soja vai dificultar o recebimento e armazenagem da segunda safra ou safra de inverno, que já está sendo colhida. Serão 10 milhões de toneladas de milho e 3,3 milhões de toneladas de trigo. A imagem do Brasil como exportador de alimentos também sofre com esses atrasos. Mercados mais exigentes quanto à pontualidade e qualidade dos produtos poderão ressentir-se, alerta a CNA.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO