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Mercado de Capitais

- Publicada em 20 de Junho de 2018 às 01:00

Setor financeiro leva Bolsa a fechar em alta de 2,26%

Um dia depois de o Índice Bovespa ter testado o suporte psicológico dos 70 mil pontos, as ações do segmento financeiro comandaram uma expressiva recuperação na Bolsa brasileira. Investidores estrangeiros deram o pontapé inicial nas compras e contagiaram o restante do mercado, levando o índice a fechar aos 71.394 pontos, com alta de 2,26%, maior percentual de ganho em um único dia desde 14 de fevereiro. Os negócios na Bolsa totalizaram R$ 13,080 bilhões.
Um dia depois de o Índice Bovespa ter testado o suporte psicológico dos 70 mil pontos, as ações do segmento financeiro comandaram uma expressiva recuperação na Bolsa brasileira. Investidores estrangeiros deram o pontapé inicial nas compras e contagiaram o restante do mercado, levando o índice a fechar aos 71.394 pontos, com alta de 2,26%, maior percentual de ganho em um único dia desde 14 de fevereiro. Os negócios na Bolsa totalizaram R$ 13,080 bilhões.
Profissionais do mercado não apontaram um gatilho único que justificasse as altas expressivas em alguns papéis, mas um conjunto de fatores que, somados, levaram a Bolsa brasileira a minimizar a influência de queda das bolsas de Nova Iorque em meio ao acirramento da tensão comercial entre Estados Unidos e China. Já era consenso no mercado que a queda das ações brasileiras era exagerada, mas faltava o "start" de uma busca por pechinchas.
Do ponto de vista macroeconômico, contribuiu em boa medida o forte alívio das taxas de juros futuros nesta véspera de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). A redução das apostas em um aumento da taxa Selic favoreceu a bolsa como um todo, mas beneficiou especialmente papéis do setor varejista, que também se destacaram entre as maiores altas do dia. Para os bancos, contou a favor ainda a expectativa pela votação do projeto que trata do cadastro positivo.
Para se ter uma ideia do bom desempenho dos bancos no dia, o Índice Financeiro, carteira teórica da B3 que congrega 15 ações do segmento, terminou o dia com alta de 4,52%, bem acima do Ibovespa. Entre esses papéis, os destaques ficaram com Banco do Brasil ON ( 7,01%), Santander Brasil ( 5,36%), Bradesco PN ( 5,18%) e Itaú Unibanco PN ( 4,51%).
As ações da Petrobras também participaram da sessão de repique da Bolsa, com altas de 3,72% (ON) e 6,34% (PN). Entre as ações da carteira do Ibovespa, a maior alta foi Raia Drogasil ON, com 7,48%. Localiza ON subiu 6,45%, Cielo ON avançou 5,98% e B2W, 5,89%.
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Dólar à vista sobe 0,16%

A nova escalada da tensão comercial entre EUA e a China sinalizava um dia de tensão para o dólar no mercado doméstico, mas o câmbio contrariou as expectativas iniciais e teve um pregão relativamente tranquilo. O dólar terminou a terça-feira aos R$ 3,7469, em alta de 0,16%. Foi a primeira sessão sem leilões extraordinários de swap pelo Banco Central desde o último dia 5. Especialistas em câmbio ressaltam que os investidores aguardam a decisão do Copom e fizeram ontem uma pausa para avaliar a maciça injeção de recursos do BC, que no último mês, até segunda-feira, colocou US$ 39 bilhões em swaps novos para tentar segurar o dólar.
A expectativa inicial era de nova disparada do dólar hoje no mercado doméstico, por conta do acirramento das tensões comerciais entre EUA e a China. O presidente Donald Trump prometeu ontem à noite novas tarifas em mais de US$ 200 bilhões de produtos chineses e Pequim disse que iria retaliar, com os dirigentes chineses assumindo publicamente hoje pela primeira vez que estavam em "guerra comercial" com Washington. De fato, pela manhã, o dólar chegou a bater em R$ 3,78, mas perdeu força e chegou a cair para R$ 3,71. Na maior parte dos negócios pela tarde, a moeda norte-americana operou de lado, enquanto no exterior subiu ante a maioria dos emergentes.