O cobre fechou em queda nesta terça-feira (19), assim como outros metais básicos, em meio a escalada retórica no comércio entre Estados Unidos e China. Além disso, o dólar forte ante a maioria das moedas contribuiu para o movimento.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para entrega em julho fechou em queda de 1,91%, a US$ 3,0470 por libra-peso. Já na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses recuou 1,78%, a US$ 6.840,00.
O presidente americano, Donald Trump, ameaçou na noite da segunda-feira impor novas tarifas contra produtos chineses, no valor de US$ 200 bilhões. A medida é tomada após a imposição de tarifas sobre US$ 50 bilhões em importações chinesas, adotadas na semana passada pelos EUA para punir a China por supostas práticas comerciais injustas de Pequim. A China anunciou retaliação na mesma proporção.
"Ressurgiram os temores de uma potencial guerra comercial entre China e EUA", o que prejudica os preços do cobre, disse Sam Crittenden, analista da RBC Capital Markets. Além disso, o dólar operou com força durante todo o pregão ante a maioria das moedas, o que contribuiu para pesar nas commodities, uma vez que são negociadas na moeda nos EUA.
Nas notícias corporativas, a agência de classificação de risco Moody's disse hoje que a decisão da Anglo American de vender uma participação adicional de 21,9% em seu projeto greenfield de cobre Quellaveco no Peru para a Mitsubishi Corporation por até US$ 600 milhões é positiva para a mineradora. "A venda é consistente com a estratégia da Anglo American de reduzir o risco do projeto antes de se comprometer com um grande investimento e é positivo para o rating de crédito", disse Sven Reinke, da agência de classificação de crédito.
Entre outros metais básicos negociados na LME, o zinco caiu 1,11%, a US$ 3.002 a tonelada, o alumínio recuou 1,22%, a US$ 2.171 a tonelada, o estanho caiu 0,19%, a US$ 20.375 a tonelada, o níquel subiu 0,03%, a US$ 14.655 a tonelada, e o chumbo perdeu 0,65%, a US$ 2.415 a tonelada.