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Economia

- Publicada em 14 de Junho de 2018 às 01:00

Caminhoneiros entregam proposta para frete mínimo

Tabelamento fez parte de acordo para acabar com greve da categoria

Tabelamento fez parte de acordo para acabar com greve da categoria


/NELSON ALMEIDA/AFP/JC
Lideranças dos caminhoneiros entregaram ontem à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) uma proposta para o preço mínimo do frete. O documento não contém uma tabela, mas condições para abrir as discussões com o setor produtivo, que ainda não fechou acordo com a categoria. Entre as ideias apresentadas à agência estão a cobrança do frete de retorno (pago na volta de um caminhão que foi entregar uma carga) com valor mínimo e a inclusão nos cálculos dos custos com diesel e desgaste dos pneus. Com esses ajustes, a tabela em vigor teria uma redução de 3%, em média, nos preços.
Lideranças dos caminhoneiros entregaram ontem à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) uma proposta para o preço mínimo do frete. O documento não contém uma tabela, mas condições para abrir as discussões com o setor produtivo, que ainda não fechou acordo com a categoria. Entre as ideias apresentadas à agência estão a cobrança do frete de retorno (pago na volta de um caminhão que foi entregar uma carga) com valor mínimo e a inclusão nos cálculos dos custos com diesel e desgaste dos pneus. Com esses ajustes, a tabela em vigor teria uma redução de 3%, em média, nos preços.
O documento foi elaborado por representantes de vários sindicatos de autônomos, Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA). Na terça-feira, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), já havia entregue outra proposta à ANTT. A assessoria de imprensa do órgão não deu detalhes sobre documento, informando apenas que ele está sendo estudado pela diretoria. "Não entregamos uma tabela pronta porque não temos competência para isso, mas uma proposta para sentar à mesa e começarmos a discutir. Essa peteca está agora nas mãos da ANTT", disse Ariovaldo de Almeida Júnior, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens (Sindicam-Ourinhos-SP).
Almeida Júnior afirmou, no entanto, que os empresários do agronegócio estão intransigentes e "talvez" aceitem discutir o assunto só na sexta-feira. Júnior destacou que existe um leilão de frete no Brasil e que os valores pagos aos autônomos não cobrem nem o custo da viagem. Ele lembrou que a necessidade de garantir a sobrevivência da categoria foi a principal motivação da greve. "Se o caminhão quebra, o caminhoneiro para porque não consegue pagar o conserto", destacou.
O sindicalista rebate o argumento dos empresários de que a categoria quer embutir no preço mínimo do frete o lucro. "Não queremos um tabelamento do frete, apenas um piso para o frete no Brasil", destacou, acrescentando que a tabela, em vigor desde 30 de junho e que é contestada na Justiça por entidades representativas do setor do agronegócio considera os custos da atividade.
A edição de medida provisória (MP) com tabela de preço mínimo de fretes fez parte do acordo do governo com os caminhoneiros para por fim à greve da categoria. Até agora, o governo já publicou duas tabelas. A primeira desagradou as transportadoras e a segunda, aos caminhoneiros. O Planalto atua nos bastidores para forçar uma negociação, considerada a melhor solução. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendendo a política de preços mínimos, como querem os empresários, pode acirrar os ânimos e estimular uma nova paralisação.
Ontem, o ministro Luiz Fux, do STF, deu prazo de 48 horas para o presidente Michel Temer e a ANTT se manifestarem sobre a MP que estabeleceu o preço mínimo dos fretes. As informações prestadas vão auxiliar o ministro no julgamento de uma ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pela Associação do Transporte Rodoviário de Cargas do Brasil (ATR Brasil) contra a MP.
 
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