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Consumo

- Publicada em 14 de Junho de 2018 às 01:00

Vendas no varejo brasileiro avançam 1% em abril

No acumulado do ano, segmento atingiu alta de 3,4%, de acordo com a pesquisa mensal do IBGE

No acumulado do ano, segmento atingiu alta de 3,4%, de acordo com a pesquisa mensal do IBGE


/JOÃO MATTOS/arquivo/JC
As vendas do varejo avançaram 1% em abril ante março e subiram 0,6% sobre um ano antes, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o varejo acumula alta de 3,4%.
As vendas do varejo avançaram 1% em abril ante março e subiram 0,6% sobre um ano antes, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o varejo acumula alta de 3,4%.
Na passagem de fevereiro para março, o comércio havia avançado 1,1%. O IBGE destaca que o "deslocamento" da Páscoa - que neste aconteceu em 1 de abril - exerceu influência negativa nas vendas no mês.
De acordo com a PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), a maioria das atividades analisadas registrou aumento nas vendas, com exceção de artigos de uso pessoal e doméstico, que ficaram estáveis.
De acordo com a gerente da pesquisa, Isabella Nunes, 2018 vem apresentando uma aceleração de ritmo para as vendas do comércio, que se intensificou em março e abril. Na comparação com dezembro de 2017, o ganho acumulado nos últimos quatro meses foi de 3%.
Apesar da melhora, o comércio ainda não recuperou tudo que perdeu em 2015 e 2016. "Mesmo com a melhora observada nos meses de 2018, o comércio, na comparação ajustada sazonalmente, ainda se encontra 6% abaixo do ponto mais alto da série, que foi em outubro de 2014", afirmou Isabella.
No comércio varejista ampliado, que inclui as vendas de veículos e material de construção, a variação de março para abril de 2018 foi de 1,3%. Essa foi a quarta taxa positiva consecutiva, o que gerou um ganho acumulado de 3,7% nesse período. Mas o varejo ampliado ainda está 11,5% abaixo do ponto mais alto da série, que foi registrado em agosto de 2012.
O IBGE revisou o resultado das vendas no varejo em março ante fevereiro, de uma alta de 0,3% para 1,1%. Segundo Isabella, a revisão acentuada foi resultado do ajuste sazonal, a partir da entrada de um dado mais forte em abril, mas também da incorporação de novos dados de informantes, que foram retificados ou enviados tardiamente, especialmente nos setores de supermercados e equipamentos de informática.
"Isso significa respostas tardias ou mesmo uma revisão de dados pelos informantes. As empresas têm dois meses para registrar esses dados. É o mês de referência mais o mês anterior. Essas informações quando chegam depois do fechamento do sistema são incorporadas na divulgação seguinte", explicou a gerente.
A taxa de supermercados em março ante fevereiro foi revisada de -1,1% para 0,1%, enquanto a de material de escritório e informática passou de -5% para -3,8%. Todas as atividades com revisão em março ante abril foram revistas para cima. "A entrada de dados positivos mais fortes em abril influencia o ajuste sazonal nos meses anteriores", lembrou Isabella. "Todas as atividades do varejo registram crescimento em abril ante março", frisou.
O IBGE revisou também as vendas do varejo em fevereiro ante janeiro, de -0,2% para 0,0%. A taxa de janeiro ante dezembro de 2017 passou de 0,9% para 1%.
 

CNC projeta crescimento de 5% em 2018

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mantém a expectativa de crescimento do comércio varejista para 2018. A previsão, revisada após os dados de abril da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, aponta alta de 5% no varejo ampliado neste ano.
Segundo a análise da CNC, os impactos das manifestações de maio serão limitados ao terceiro bimestre e não devem comprometer a tendência de alta nas vendas. "Mesmo considerando os impactos negativos decorrentes da greve dos caminhoneiros e a paralisação de linhas de produção durante alguns dias do mês de maio, os estoques das revendedoras não sofreram tão intensamente como outros ramos do varejo com a escassez de produtos", afirmou Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação.
De acordo com a PMC, o faturamento real dos 10 segmentos que compõem o comércio varejista apresentou crescimento médio de 1,3% na comparação com o mês anterior, já descontados os efeitos sazonais. Essa foi a maior taxa mensal do indicador de volume de vendas no ano.