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Conjuntura

- Publicada em 11 de Junho de 2018 às 23:11

Próxima revisão do PIB pode ser para baixo

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, admitiu que o governo poderá rever para baixo a previsão oficial sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Ele observou, porém, que essas previsões são reavaliadas a cada dois meses na programação orçamentária e que não faria revisões a cada semana. As previsões do governo apontam para um crescimento de 2,5% do PIB em 2018, mas hoje o boletim Focus mostrou que o mercado já vê um avanço inferior a 2%.
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, admitiu que o governo poderá rever para baixo a previsão oficial sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Ele observou, porém, que essas previsões são reavaliadas a cada dois meses na programação orçamentária e que não faria revisões a cada semana. As previsões do governo apontam para um crescimento de 2,5% do PIB em 2018, mas hoje o boletim Focus mostrou que o mercado já vê um avanço inferior a 2%.
Após participar de um seminário promovido pelo Goldman Sachs, em São Paulo, Guardia reconheceu que, "sem dúvida", a greve dos caminhoneiros trouxe prejuízos ao País, mas avaliou que vê como "exageradas" algumas estimativas sobre o impacto da paralisação no transporte de carga.
Lembrou ainda que os economistas já vinham observando perda de ritmo da economia antes da greve. Segundo o ministro, a paralisação deve ter impacto temporário na atividade econômica.
"Revemos a previsão a cada dois meses, quando divulgamos a programação orçamentária. Então vamos continuar fazendo isso. Quando fazemos as revisões orçamentárias do ano, sempre saímos com uma nova grade de parâmetros. Esse processo de revisão é contínuo", comentou Guardia.
"Pode ser uma revisão para baixo", acrescentou o ministro ao ser questionado se, na próxima reavaliação do orçamento, o governo poderá reduzir a previsão ao PIB. "Vamos esperar a próxima revisão e divulgar os números. O que não quero é, a cada semana, sair com projeções diferentes para crescimento."
Guardia reforçou que o País precisa fazer as reformas estruturais para assegurar o crescimento sustentável da economia. Embora tenha admitido a possibilidade de revisão do PIB, o titular da Fazenda pontuou que a economia retomou o crescimento após apresentar, entre 2015 e 2016, a "pior retração de sua história".
Já o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou, durante o mesmo evento, que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC levará em consideração, no encontro da próxima semana, que o impacto dos choques recentes sobre a política monetária ocorre através de seus "efeitos secundários" sobre a inflação.
"Ou seja, pela propagação a preços da economia não diretamente afetados pelo choque", disse Goldfajn. "Esses efeitos tendem a ser mitigados pelo grau de ociosidade na economia e pelas expectativas e projeções de inflação ancoradas nas metas", ponderou o presidente do Banco Central.
As declarações do presidente retomam ideias que constaram na entrevista coletiva de Goldfajn, na quinta-feira passada, e em declarações feitas em eventos da última sexta-feira, também em São Paulo.
De acordo com Goldfajn, "o Copom, em sua reunião de março, avaliou como adequada a manutenção da taxa de juros no patamar corrente, caso as condições se mantivessem". A Selic (a taxa básica de juros da economia) está atualmente em 6,5% ao ano. "Na próxima reunião, o comitê analisará essas condições com foco, como sempre, nas projeções e expectativas de inflação, e o seu balanço de riscos; e tomará a decisão que considere adequada naquele momento", acrescentou.

Em maio, pressão inflacionária foi maior para os mais pobres

A piora no comportamento dos preços de energia e alimentos fez com que, em maio, a pressão inflacionária sobre as classes mais baixas da população fosse maior do que sobre a parcela mais rica, diferentemente do que vinha acontecendo nos últimos meses, conforme divulgação realizada, nesta segunda-feira, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Enquanto para as famílias com menor poder aquisitivo a alta foi de 0,41% em relação ao mês anterior, na parcela de maior renda, a elevação foi de 0,38%. No período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,40%.
Apesar da aceleração na margem, em 12 meses, a inflação para as classes mais baixas foi menor do que no mesmo mês do ano passado. Além disso, no acumulado de 12 meses, ainda é 2,2 vezes menor que a das classes mais altas. Apenas as faixas de renda média-alta e alta registraram inflação maior em maio de 2018 do que em maio de 2017. A elevação do preço dos combustíveis pressionou os custos de transportes das famílias mais ricas, que subiu 0,13% na comparação com abril. Nas faixas de renda mais baixa, os gastos com transporte subiram apenas 0,04%; e o grupo que mais pressionou a inflação foi habitação, com aumento de 0,18%.
 

Inflação do aluguel sobe para1,5% na prévia de junho, diz FGV

Alta do IGP-M foi influenciada pelos preços no atacado e no varejo

Alta do IGP-M foi influenciada pelos preços no atacado e no varejo


/MATEUS BRUXEl/ARQUIVO/JC
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado no reajuste de contratos de aluguel, subiu para 1,5% na primeira prévia de junho, contra 1,12% de maio. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou, o IGP-M acumula inflação de 5% no ano e de 6,53% em 12 meses.
A alta da prévia do IGP-M de maio para junho foi influenciada pelos preços no atacado e no varejo. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, passou de 1,58% na prévia de maio para 2,06% na de junho.
Já o Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, subiu de 0,21% para 0,54% no período. Por outro lado, o Índice Nacional de Custo da Construção, terceiro subíndice que compõe o IGP-M, caiu de 0,38% na prévia de maio para 0,18% em junho. A primeira prévia de junho do indicador foi calculada com base em preços coletados de 21 e 31 de maio.
O cálculo da inflação oficial no País sofrerá alterações em meados de 2019, quando a estrutura de ponderações dos 383 itens investigados no IPCA for atualizada.