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Economia

- Publicada em 11 de Junho de 2018 às 22:32

Brasil precisa inovar para aumentar conexão global

Quijada fala sobre a parceria entre o Estado e o Banco Mundial

Quijada fala sobre a parceria entre o Estado e o Banco Mundial


/BANCO MUNDIAL/DIVULGAÇÃO/JC
Patricia Knebel
Foi um bom início, mas a efetividade das iniciativas de inovação criadas no Rio Grande do Sul vai depender da continuidade destes projetos nos próximos anos. É assim que Cristian Quijada, especialista sênior para o Desenvolvimento do Setor Privado do Banco Mundial, resume o trabalho feito nos últimos anos com o governo do Estado na área de tecnologia. No total de US$ 480 milhões que foram tomados emprestados junto à instituição internacional, US$ 65 milhões foram para os programas de desenvolvimento da tecnologia e da inovação. Alguns destes resultados serão apresentados hoje e amanhã em Porto Alegre, no Seminário de Inovação, Ciência e Tecnologia - Estratégias Nacionais e Internacionais de Inovação, realizado pelo Banco Mundial e pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.
Foi um bom início, mas a efetividade das iniciativas de inovação criadas no Rio Grande do Sul vai depender da continuidade destes projetos nos próximos anos. É assim que Cristian Quijada, especialista sênior para o Desenvolvimento do Setor Privado do Banco Mundial, resume o trabalho feito nos últimos anos com o governo do Estado na área de tecnologia. No total de US$ 480 milhões que foram tomados emprestados junto à instituição internacional, US$ 65 milhões foram para os programas de desenvolvimento da tecnologia e da inovação. Alguns destes resultados serão apresentados hoje e amanhã em Porto Alegre, no Seminário de Inovação, Ciência e Tecnologia - Estratégias Nacionais e Internacionais de Inovação, realizado pelo Banco Mundial e pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.
Jornal do Comércio - Qual é o balanço da parceria do Banco Mundial com o Estado para fomentar os projetos de inovação?
Cristian Quijada - Foi um bom início, mas o sucesso de fato depende da continuidade do trabalho. Estamos realizando este trabalho com o governo gaúcho nos últimos cinco, seis anos. Trabalhamos com o foco em melhorar a capacidade do Estado em planejar e desenvolver investimentos públicos em várias áreas, como transporte, educação, e, claro, apoiar a inovação e a adoção de tecnologias para o desenvolvimento do setor produtivo. Neste aspecto, os recursos foram destinados para áreas como os Arranjos Produtivos Locais (APLs), parques tecnológicos, incubadoras e empresas. Do total de US$ 480 milhões tomados emprestados pelo governo do Rio Grande do Sul junto ao Banco Mundial, US$ 65 milhões foram para os programas de desenvolvimento voltados à tecnologia e à inovação. Estamos na reta final - o programa acaba em fevereiro de 2019 - e é a hora de mostrar os resultados. O processo de inovação é longo, e é importante que o governo do Estado tenha uma agenda de inovação para os próximos cinco, dez anos.
JC - Quais áreas de inovação receberam mais atenção?
Quijada - Um dos focos do que essa iniciativa estava tentando apoiar é a aproximação do setor produtivo com as universidades e os centros de pesquisa. Quando você consegue conectar esses dois atores, começa a ver aumentar as chances de melhorar a capacidade de as empresas inovarem nos seus produtos e serviços e, assim, serem mais produtivas. A questão, agora, porém, é como será depois do programa. É preciso avaliar os impactos gerados e refletir sobre o que precisa ser mudado.
JC - O que falta para o Brasil ter um sistema de inovação de nível global?
Quijada - O Brasil tem construído vários pilares decisivos para um sistema de inovação eficaz, por meio de seus parques tecnológicos, aceleradoras, incubadoras e, claro, aperfeiçoamento dos seus instrumentos de financiamento. Existem dois aspectos que precisamos procurar melhorar. Um deles é a qualidade destes ambientes, pois mais importante que ter muitos parques e incubadoras é ter ambientes de qualidade, capazes de apoiar e acompanhar a trajetória das startups. Essas empresas estão conseguindo construir uma trajetória ascendente? Estão criando produtos inovadores e, mais do que isso, gerando empregos numerosos e de qualidade? A outra questão está relacionada ao contexto econômico e social no qual essas jovens empresas estão surgindo. Inovar, no Brasil, é difícil, porque o custo do País é muito alto. Isso dificulta o surgimento de startups de alto impacto e com capacidade de competir internacionalmente. Se o Brasil não melhorar o contexto no qual a inovação vai acontecer, vai gastar muito dinheiro na formação de novas empresas, e, depois, elas não vão conseguir crescer, e o País não vai ter os resultados esperados em termos de empregos e competitividade.
JC - Como a inovação pode ajudar o Brasil a aumentar a competitividade global?
Quijada - O Brasil e os demais países da América Latina ficaram muito para trás na sua vinculação às cadeias produtivas globais. A consequência disso é que as empresas não são muito produtivas, e a inovação é a chave para mudar esse cenário.
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