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Economia

- Publicada em 10 de Junho de 2018 às 23:50

Mercado de floricultura no Estado apresenta estagnação desde 2014

Setor de flores no Rio Grande do Sul movimenta R$ 500 milhões anuais

Setor de flores no Rio Grande do Sul movimenta R$ 500 milhões anuais


/EMATER ASCAR RS/DIVULGAÇÃO/JC
Carolina Hickmann
O Dia dos Namorados e o Dia das Mães destacam-se como as principais datas para a floricultura no Estado. Com o setor praticamente estagnado em um faturamento de R$ 500 milhões anuais na produção e comercialização de plantas desde 2014, segundo a Associação Rio-Grandense de Floricultura (Aflori), as datas tornam-se cada vez mais importantes aos que vivem da atividade no Estado.
O Dia dos Namorados e o Dia das Mães destacam-se como as principais datas para a floricultura no Estado. Com o setor praticamente estagnado em um faturamento de R$ 500 milhões anuais na produção e comercialização de plantas desde 2014, segundo a Associação Rio-Grandense de Floricultura (Aflori), as datas tornam-se cada vez mais importantes aos que vivem da atividade no Estado.
A produtora Regina Mielmiczuk, que cultiva flores orgânicas em meio hectare de terra em Viamão, comemora que o segundo domingo de maio dobrou a sua média de faturamento mensal. Para amanhã, sua projeção é de que os negócios sejam impulsionados em, pelo menos, 80%. "Namorados é um pouco menor do que as Mães, porque não se fazem mais casais como antigamente", brinca.
O frio dos últimos dias, que tanto agrada os namorados, porém, atrapalhou a produção de Regina. "As flores não desabrocham assim", lamenta, ao lembrar que cultiva suas plantas sem cobertura. Apesar das dificuldades, a produtora opta por não aumentar seus preços em datas comemorativas e pratica alta de R$ 1,00 ao ano. "O preço da dália, por exemplo, está R$ 18,00 o buquê, e eu já aumentei em maio, agora vai ser o ano todo com esse valor", salienta.
Em função do frio gaúcho, cultivar flores no Rio Grande do Sul pode ser um desafio custoso. Em estimativa da Emater/RS-Ascar, apenas 1,5 mil famílias são envolvidas na atividade no Estado. Segundo o engenheiro agrônomo da entidade em Ivoti, Rodrigo Sasso, o setor emprega anualmente mais de 17 mil pessoas, porém esse número já foi mais expressivo. "Historicamente, o número de produtores cresce lentamente, o que acontece é que há a otimização da equipe em função do emprego de tecnologias", diz.
Produtor de Dois Irmãos, Yuuki Ban explica que as necessidades tecnológicas podem elevar o custo de uma nova área plantada a R$ 100,00 por metro quadrado, entre irrigação, cobertura e outras necessidades. Ban cultiva desde gérberas, bocas de leão e tangos até mosquitinhos em área de quatro hectares. A última variedade, pelas contas do produtor, deve ser a estrela de vendas para a comemoração deste 12 de junho entre os seus cultivos. "Sem querer dar um tiro contra a pátria, mas as mais procuradas mesmo são as rosas, que praticamente não tem produção no Estado, e os mosquitinhos acompanham o buquê", conta.
Assim, os preços praticados localmente, de acordo com o agricultor, dependem dos valores estipulados, por exemplo, pela cooperativa Holambra, de São Paulo, da qual boa parte das rosas comercializadas no Estado são compradas. Ban estima que, no segmento de flores de corte, o mais movimentado durante o Dia dos Namorados, 90% venha de fora do Estado.
Neste ano, em razão da paralisação dos caminhoneiros, um fenômeno atípico aconteceu no Rio Grande do Sul. Como as flores de outras localidades não conseguiam ser entregues ao varejo, produtores locais tomaram espaço. Agora, alguns deles, como Ban, estão com poucos produtos para os namorados. Ainda assim, a data segue como importante marco no calendário anual do produtor. 
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