Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 27 de Setembro de 2015 às 22:38

Game estimula a inclusão digital de crianças especiais

Jogo desenvolvido para pessoas com deficiências já teve mais de 15 mil downloads em diversos países

Jogo desenvolvido para pessoas com deficiências já teve mais de 15 mil downloads em diversos países


JECRIPE/DIVULGAÇÃO/JC
Patricia Knebel
Um game destinado à inclusão digital, que já teve mais de 15 mil downloads, é a ideia inovadora que representará o Brasil na Alemanha, em novembro, na versão mundial do Falling Walls Lab. O Jecripe, iniciativa do professor universitário André Luiz Brandão, nascido em Santa Maria (RS), foi o vencedor da etapa nacional da premiação.
Um game destinado à inclusão digital, que já teve mais de 15 mil downloads, é a ideia inovadora que representará o Brasil na Alemanha, em novembro, na versão mundial do Falling Walls Lab. O Jecripe, iniciativa do professor universitário André Luiz Brandão, nascido em Santa Maria (RS), foi o vencedor da etapa nacional da premiação.
O projeto envolve a criação de jogos para pessoas com necessidades especiais e já rendeu dois frutos: o Jecripe 1 e Jecripe 2, direcionados para crianças com Síndrome de Down, com idade entre três e sete anos. O objetivo é estimular habilidades cognitivas como imitação, percepção, motricidade fina. A ideia começou a ser elaborada em 2009, quando Brandão desenvolveu um modelo matemático relacionado a sensores de movimentos - os mesmos que são utilizados em videogames como o Kinect, do Xbox 360 e Xbox One.
A partir desta tecnologia, foi lançado em 2010 o Jecripe 1, com versões para Windows e Mac e em cinco idiomas. O trabalho de Brandão, que deu origem ao produto, ganhou o prêmio de melhor tese no Simpósio Brasileiro de Jogos - e o próprio game também foi agraciado em premiações em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Com o sucesso desse projeto, ele partiu para a criação do Jecripe 2, lançado em 2015 e que ganhou uma versão para Linux. "Muitas instituições que atendem crianças com necessidades especiais utilizam software livre e, por isso, acrescentamos mais essa tecnologia", diz. Em ambas versões, o projeto contou com recursos da Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro. Até mesmo por ter verba pública, Brandão faz questão de que o game seja gratuito - o download pode ser feito no site www.jecripe.com.br.
O pesquisador está trabalhando no desenvolvimento do ParaJecripe, um jogo para o público em geral obter mais informações sobre pessoas com deficiência física. Patrocinado pela Pró Reitoria de Extensão da Universidade Federal do ABC, o projeto simula as modalidades esportivas dos Jogos Paralímpicos e deve ser finalizado ainda esse ano nas plataformas Windows, Mac e Linux. Em 2016, quando acontecem os Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro, o game terá versão para dispositivos móveis.
O sucesso dessa iniciativa foi o que levou o Jecripe a vencer a concorrência nacional com outros 14 finalistas no Falling Walls Lab, plataforma internacional direcionada a líderes da ciência, negócios, política, artes e sociedade. A realização no Brasil é da consultoria A.T. Kearney em parceria com o Centro Alemão de Ciência e Inovação - São Paulo e a Universidade Presbiteriana Mackenzie. O júri era formado por cinco notáveis, entre executivos de grandes empresas e professores universitários, que escolheu as melhores propostas a partir de três dimensões: inovação, relevância para a sociedade e performance do idealizador. A final global será em Berlim nos dias 8 e 9 de novembro.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO