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MÚSICA

- Publicada em 07 de Junho de 2022 às 20:56

Formada por filho e netos de Gilberto Gil, banda Gilsons faz sua estreia em Porto Alegre

Pela primeira vez
em Porto Alegre,
a banda Gilsons
apresenta a turnê
'Pra gente acordar'

Pela primeira vez em Porto Alegre, a banda Gilsons apresenta a turnê 'Pra gente acordar'


/LUCAS NOGUEIRA/DIVULGAÇÃO/JC
Lara Moeller Nunes
Embalados pelo som do trompete, do teclado, do violão de nylon e dos ritmos afro-baianos, os Gilsons tem se destacado como uma das maiores revelações da música contemporânea brasileira dos últimos anos. Depois de lançarem uma série de singles, um EP e um disco, José, João e Francisco (respectivamente filho e netos de Gilberto Gil) finalmente se aventuram em uma turnê ao redor do País. O show, que recebe o mesmo nome do álbum apresentado em fevereiro deste ano (Pra gente acordar), promove o tão esperado encontro presencial com os fãs que, durante os últimos dois anos, os acompanharam apenas através das plataformas digitais.
Embalados pelo som do trompete, do teclado, do violão de nylon e dos ritmos afro-baianos, os Gilsons tem se destacado como uma das maiores revelações da música contemporânea brasileira dos últimos anos. Depois de lançarem uma série de singles, um EP e um disco, José, João e Francisco (respectivamente filho e netos de Gilberto Gil) finalmente se aventuram em uma turnê ao redor do País. O show, que recebe o mesmo nome do álbum apresentado em fevereiro deste ano (Pra gente acordar), promove o tão esperado encontro presencial com os fãs que, durante os últimos dois anos, os acompanharam apenas através das plataformas digitais.
Em Porto Alegre, a performance acontece neste sábado, às 21h, no Auditório Araújo Vianna (Av. Osvaldo Aranha, 865). O momento contará ainda com um set especial do Akeem Music e show de abertura dos gaúchos da Dingo Bells. Os ingressos ainda disponíveis podem ser adquiridos através da plataforma Sympla por valores entre R$ 80,00 e R$ 320,00.
Explorando o amor como ferramenta de transformação, os músicos se juntaram oficialmente em 2018, depois de realizarem um show no Dumont Arte Bar, no Rio de Janeiro. Os três já tocavam juntos, ao lado de outros artistas, em um projeto chamado Sinara. "Foi tudo muito natural. Antes a gente trabalhava em caixinhas mais fechadas e não tínhamos tanta liberdade de criação. Gilsons surgiu então dessa necessidade de ampliarmos o nosso repertório e de criarmos um espaço para expor ainda mais a nossa arte e as nossas próprias composições", conta José.
O nome do grupo, escolhido pela mãe de Francisco - a também artista Preta Gil -, simboliza a união familiar presente em cima do palco. E, apesar de carregarem um sobrenome de peso, o trio garante não sentir nenhuma pressão externa em relação ao parentesco com Gilberto, um dos maiores nomes da história da MPB. "Nunca tivemos a intenção de fazer algo parecido com o trabalho do meu pai ou de nos colocar em uma posição de comparação. Até porque isso seria inatingível. Sabemos o nosso espaço e, por mais que a nossa musicalidade tenha algumas influências da obra dele, ela também percorre outros caminhos, então sempre estivemos muito tranquilos quanto a isso", explica.
Várias queixas, Devagarinho e Love love são alguns dos singles que, já de cara, viraram hits. O estouro, no entanto, se deu durante a pandemia, fazendo com que eles passassem a acumular índices extraordinários de reprodução nas plataformas digitais. Só no Spotify os números de streams ultrapassam hoje os 200 milhões. "Foi como receber um presente no meio de tanto caos. O isolamento fez com que as pessoas passassem a sentir a necessidade de consumir música em casa. Elas buscavam por esperança e, nesse sentido, conseguimos ser muito assertivos com as escolhas das músicas lançadas. Assim, o nosso som se alinhava muito bem com o que o público queria ouvir."
José conta ainda que o projeto do novo disco já vinha sendo pensado há um bom tempo. Mas, por conta do cenário, decidiram dar um passo para trás e adiar os planos até que tudo se estabilizasse. "Não queríamos colocar nosso primeiro álbum pra rodar sem poder apresentá-lo de forma presencial para nossos fãs", diz. O trabalho, que segue a mesma sonoridade das canções disponibilizadas anteriormente, é resultado de uma produção autossuficiente, conduzida pelos próprios músicos. "Compomos, interpretamos e produzimos. Queríamos que ele fosse muito representativo, carregado da nossa própria identidade", reforça.
Agora, dois anos depois, eles finalmente conseguem se encontrar com o público para mostrar o resultado de tanta dedicação. O repertório da apresentação reúne uma coletânea quase que completa das produções já lançadas até então "Está sendo nossa primeira oportunidade de construir um show totalmente autoral. Antes, não tínhamos composições o suficiente para isso. Agora conseguimos contar a nossa própria história, construindo uma narrativa através das músicas compostas por nós."
Dividir o palco com a família torna o momento ainda mais especial. O carinho, a cumplicidade e a leveza entre os três serve de inspiração e faz o amor, presente na letra das composições, transbordar de forma ainda mais natural. Na faixa de abertura do disco, também intitulada Pra gente acordar, eles reforçam ainda a importância de confiarmos na chegada de um novo amanhã. "Nossas origens sempre fizeram a gente ter consciência de que a música age como uma extensão do político e do social. Conversamos bastante sobre isso e temos vontade de colocar cada vez mais o nosso trabalho dentro do espaço da música de protesto. A arte funciona como uma fonte muito grande de conhecimento e de lições de vida. É um portal de aprendizado e uma ferramenta social muito potente", acentua.
 
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