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Artes Cênicas

- Publicada em 25 de Maio de 2022 às 18:24

Espetáculo sobre a trajetória da atriz Ítala Nandi faz duas apresentações no Teatro do Sesc

A atriz, produtora e diretora Ítala Nandi completa 80 anos de idade e 65 anos de carreira em 2022

A atriz, produtora e diretora Ítala Nandi completa 80 anos de idade e 65 anos de carreira em 2022


Felipe O'Neill/DIVULGAÇÃO/JC
Adriana Lampert
Considerada uma das grandes damas do teatro brasileiro, com extensa carreira nos palcos, televisão e cinema, a atriz gaúcha Ítala Nandi estreia o solo performático Paixão Viva nesta quinta-feira (26), às 19h, no Teatro do Sesc (av. Alberto Bins, 665). A peça integra a programação do 16º Festival Palco Giratório, e terá sessão também na sexta-feira (27), no mesmo horário. Em seguida, a atriz segue para Caxias do Sul, sua cidade natal, onde apresenta o espetáculo no domingo (29) e finaliza o circuito gaúcho em Gravataí, na terça-feira (31).
Considerada uma das grandes damas do teatro brasileiro, com extensa carreira nos palcos, televisão e cinema, a atriz gaúcha Ítala Nandi estreia o solo performático Paixão Viva nesta quinta-feira (26), às 19h, no Teatro do Sesc (av. Alberto Bins, 665). A peça integra a programação do 16º Festival Palco Giratório, e terá sessão também na sexta-feira (27), no mesmo horário. Em seguida, a atriz segue para Caxias do Sul, sua cidade natal, onde apresenta o espetáculo no domingo (29) e finaliza o circuito gaúcho em Gravataí, na terça-feira (31).
Paixão Viva é um compilado dos momentos mais importantes da trajetória de 65 anos da atriz no território das artes cênicas. Também faz parte das comemorações do aniversário de 80 anos de vida, que serão completados no próximo dia 4 de junho. Na obra, que também pode ser chamada de "documentário cênico", a atriz revisita a própria carreira, sob direção do cineasta Evaldo Mocarzel, com quem criou a dramaturgia.
Em cena, Ítala revive situações, trabalhos e personagens fictícios e reais que contam seu passado. "Em determinados momentos, eu formulo diálogos imaginários com pessoas que influenciaram profundamente minha vida e arte, como Eugênio Kusnet, Joaquim Pedro de Andrade, Walmor Chagas e Zé Celso Martinez", adianta a atriz. Ela lembra que iniciou sua carreira em 1959, na Aliança Francesa de Caxias do Sul, participando de Um Gesto por Outro, de Jean Tardieu, e, no ano seguinte, de A Cantora Careca, de Eugène Ionesco.
"Em 1961, eu mudei para Porto Alegre e casei com o diretor e crítico teatral Fernando Peixoto, com quem depois me mudei para São Paulo", recorda a artista, que foi uma das fundadoras do Teatro Oficina ao lado de José Celso Martinez e Renato Borghi. "No Oficina, eu era atriz, produtora, contadora e coordenadora da área burocrática do grupo, pois sou formada em Contabilidade. Depois também me tornei autora, ganhei Notório Saber em Artes Cênicas (pela Unirio, em 2003), criei diversas escolas superiores desde 2014 sou proprietária do Espaço Nandi - Escola de Formação de Atores, administrada pelo meu filho (Giuliano Nandi)."
Dentre os feitos durante sua jornada nas artes cênicas, Ítala se orgulha de ter sido "uma das empresárias mais novas do País", aos 23 anos. Ela também foi musa do cinema nacional por duas décadas, onde protagonizou o primeiro nu de uma mulher no teatro brasileiro, e foi intérprete de memoráveis personagens no palco e na televisão. Atualmente, ela tem quatro livros publicados, e integra o elenco de dois longas-metragens em produção, além de planejar circular pelo Brasil com Paixão Viva e estar finalizando uma quinta publicação literária, que será o primeiro livro de contos bilíngue do País.
"Estou muito emocionada de estrear este espetáculo no Rio Grande do Sul, e de passar por Caxias. Espero rever companheiros antigos da Aliança Francesa", comenta a artista. "Foram tantos anos de trabalho, e tantas vivências que confesso que foi difícil escolher os muitos momentos importantes de minha carreira artística para levar à cena em uma hora de espetáculo", revela. "Nesse sentido, o Evaldo me ajudou muito, pois além de ler todas as minhas três biografias, ele é extremamente experiente e tem ideias muito boas."
Além de contar sua vida diretamente para a plateia, interpretando ela mesma, numa espécie de metalinguagem, Ítala empresta seu próprio corpo para uma série de projeções de recortes de mais de 30 filmes que fez, e também cenas das principais telenovelas onde atuou. "Apesar de ter começado em teatro, eu tenho no currículo muito mais filmes do que peças teatrais."
Sobre subir no palco para atuar, a atriz afirma que "teatro é vida, não tem fim, se houver uma catástrofe no mundo e sobrar um ator, ele pode fazer um monólogo; se sobrarem dois, podem fazer um diálogo. Já o cinema e a televisão não funcionam sem uma equipe técnica por trás."
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