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Políticas Públicas

- Publicada em 07 de Março de 2022 às 12:25

Estudo aponta que 76% dos projetos de leitura no Brasil carecem de recursos financeiros

Muitos projetos têm suprido o fraco investimento ou a falta de investimento (governamental) em leitura e bibliotecas através do apoio de voluntários

Muitos projetos têm suprido o fraco investimento ou a falta de investimento (governamental) em leitura e bibliotecas através do apoio de voluntários


NAVE COMUNICA/DIVULGAÇÃO/JC
Levantamento realizado pelo Instituto Interdisciplinar de Leitura e da Cátedra UNESCO de Leitura da PUC-Rio, em conjunto com o Itaú Cultural, denominado O Brasil que lê, aponta que 76% dos projetos de leitura carecem de recursos financeiros no País.
Levantamento realizado pelo Instituto Interdisciplinar de Leitura e da Cátedra UNESCO de Leitura da PUC-Rio, em conjunto com o Itaú Cultural, denominado O Brasil que lê, aponta que 76% dos projetos de leitura carecem de recursos financeiros no País.
Através de mapeamento e análise de projetos de formação de leitores no Brasil, a pesquisa também revela que os projetos de incentivo à leitura sobrevivem majoritariamente de recursos próprios ou pontuais, atuando com poucos recursos e estímulos público e empresariais. Ainda assim, estes trabalhos realizados praticamente de forma independente impactam cerca de 220 mil pessoas em solo nacional.
De acordo com o estudo, que analisou 382 projetos de formação de leitores, como bibliotecas comunitárias, contação de histórias e outras iniciativas, por conta da dificuldade financeira, cerca de 44% dos trabalhos voltados à área são sustentados principalmente pela dedicação de voluntários. 
Ainda segundo o estudo, embora 32% contem com algum apoio público, 24% com apoio privado e 24% tenham acesso a editais, um total de 27% dos projetos não têm acesso a nenhum tipo de recurso financeiro.
Um destaque revelado na pesquisa é a ausência de projetos que citam o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) como agente de articulação para a atividade. Criado em 2006 a partir de demandas e diálogos entre agentes públicos e da sociedade civil para elaborar diretrizes e metas com o objetivo de incentivar o acesso à leitura e a cadeia produtiva do livro, o PNLL foi congelado pelo governo Federal em 2016. Desde então, a União deixou de injetar mais recursos para a execução das metas.
No trabalho realizado pela pesquisa O Brasil que lê, a equipe localiza os projetos e seus territórios de atuação, e apresenta uma avaliação sobre perfis de mediadores, metodologias aplicadas, critérios de gestão empregados e o impacto do uso de tecnologias para a promoção de leitura.
Três estados ficaram de fora do levantamento: Acre, Alagoas e Sergipe. 
A maior concentração de projetos apareceu na região Sudeste (47,81%), sendo o Rio de Janeiro o estado com maior percentual (18,78%). Em seguida, aparece a região Sul (19,84%), onde o estado com maior percentual é Santa Catarina (10,32%). A terceira região com mais projetos voltados à leitura registrados é a Nordeste (13,49%), com destaque para a Bahia com 7,14%. Em quarto lugar está a região Norte (10,04%); e o estado com maior visibilidade é Tocantins (3,17%). O Centro-Oeste aparece em quinto lugar com 3,7%, e destaque para Goiás com 2,12%.

 

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