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Música

- Publicada em 16 de Janeiro de 2022 às 19:14

Banda O Surto retorna com energia positiva e lança single

Sucesso no rock nacional dos anos 2000, quarteto assinou com a Soma Records e apresenta 'Jah'

Sucesso no rock nacional dos anos 2000, quarteto assinou com a Soma Records e apresenta 'Jah'


CHRISTIANO PARRA/DIVULGAÇÃO/JC
Igor Natusch
Lá para os lados de 2000, a banda O Surto estava na crista da onda do rock brasileiro. Seu single A Cera (conhecido até hoje pelo nome informal "me pirou o cabeção") foi a música mais tocada nas rádios brasileiras daquele ano, e o sucesso do álbum Todo mundo doido foi tamanho que a banda foi convidada para o palco principal do Rock in Rio. O sucesso pode não ter se mantido na mesma intensidade, com a banda sumindo da mídia em anos posteriores - mas a paixão pela música nunca sumiu, e o ano de 2022 ganha ares de retomada para o grupo. De contrato assinado com a Soma Records, O Surto está lançando o single Jah, primeiro passo em uma série de atividades previstas para o ano que se inicia.
Lá para os lados de 2000, a banda O Surto estava na crista da onda do rock brasileiro. Seu single A Cera (conhecido até hoje pelo nome informal "me pirou o cabeção") foi a música mais tocada nas rádios brasileiras daquele ano, e o sucesso do álbum Todo mundo doido foi tamanho que a banda foi convidada para o palco principal do Rock in Rio. O sucesso pode não ter se mantido na mesma intensidade, com a banda sumindo da mídia em anos posteriores - mas a paixão pela música nunca sumiu, e o ano de 2022 ganha ares de retomada para o grupo. De contrato assinado com a Soma Records, O Surto está lançando o single Jah, primeiro passo em uma série de atividades previstas para o ano que se inicia.
Um retorno que, a seu modo, injeta energia gaúcha no sangue da banda formada em Fortaleza (CE). Além da gravadora local, o cearense Reges Bolo (voz) e o potiguar Franklin Medeiros (baixo) agora estão acompanhados pelos gaúchos Alex Guterres (guitarra) e Expoleta (bateria), e o quarteto cogita usar o Estado como plataforma para retornar ao cenário nacional.
Como tantas coisas que começam, terminam ou reiniciam nesses tempos de Covid-19, o retorno de O Surto tem bastante a ver com a pandemia, embora de modo indireto. "Foi um período bem difícil realmente, tive perdas até mesmo de sangue, na família", lamenta o vocalista Reges Bolo. "Mas acho que, como o mundo todo parou para pensar e refletir durante a pandemia, a gente também pensou, e chegou à conclusão que a nossa felicidade é no palco, no estúdio, tocando. Todo mundo (na banda) ama fazer isso, e acho que todo mundo estava esperando por mim para tirar a coisa do lugar, dar essa coisa de 'agora vamos lá'", ri ele.
Com a nova formação, O Surto gravou cinco novas músicas nos estúdios da Soma, que pretende ir lançando como singles no decorrer do ano. Ao fim do processo, as faixas devem ser reunidas em um EP. Primeira faixa de trabalho, Jah explora sonoridades reggae e foi escolhida, segundo o baixista Franklin Medeiros, para marcar o retorno da banda com "uma vibe positiva". "A gente já flertava com reggae, em músicas como Zarôia e Iô Iô, a própria tem essa pegada meio reggae de praia. Nós somos uma banda que vive na praia, eu sou de Natal (RN), a banda nasceu no Ceará, tem muita praia no nosso sangue. Jah vem com uma mensagem de paz para os momentos difíceis que vivemos atualmente, convidando o pessoal a aproveitar esse verão e curtir."
Embora cheio de disposição de olhar para o futuro, O Surto reconhece a importância que A Cera teve no sentido de fazer com que eles sejam, até hoje, um nome muito lembrado no rock brasileiro. "(O sucesso da música) foi uma surpresa para nós. Tivemos medo de acontecer com a gente uma síndrome de Anna Julia, como a que o Los Hermanos teve (de lançar um single de muito sucesso e nunca repetir a dose), mas graças a Deus a gente conseguiu emplacar outros hits como O Veneno, Tudo é possível e Zarôia", acentua Bolo. Um dos pontos altos dessa exposição foi o show no Rock in Rio, que acabou sendo memorável, ainda que meio improvisado - a banda tocou A Cera duas vezes e fez um cover em português de Californication, da banda Red Hot Chili Peppers, que virou Triste mas eu não me queixo. "Foi fantástico, a gente teve a honra de tocar num momento de recorde de público até hoje não batido. Porém, a banda ainda era muito verde. Pretendo muito repetir a experiência nessa segunda etapa da banda."
As coisas começaram a esfriar a partir de 2002, ano em que o grupo gravou o CD Equalizando as ideias. Após uma turnê no Japão, três dos músicos daquela formação (Franklin, o guitarrista Zé Wilclei e o baterista Jucian) deixaram a banda em rápida sucessão. Bolo seguiu usando o nome em apresentações esporádicas, a banda chegou a lançar um CD independente (De onde foi que paramos mesmo?, em 2007), mas O Surto parou de tocar em 2014 e sumiu quase completamente da mídia - pelo menos, até agora. "A relação com os outros músicos (Wilclei e Jucian) é boa, mas eles não voltaram porque, pela vida que estão vivendo, o momento não ajudava. Nada impede que toquem de alguma forma com a gente no futuro, mas o Alex e o Expoleta estão cumprindo muito bem o seu papel", frisa Franklin.
Agora revitalizado e com foco no futuro, o quarteto reúne uma série de planos. Para o segundo semestre, está no horizonte o lançamento de um álbum acústico, reunindo novas canções e velhos sucessos. Além de, é claro, colocar O Surto de volta na estrada, que é o lugar onde sempre se sentiram melhor. "A ansiedade para voltar a subir num palco está enorme", admite Bolo. "É uma das coisas que mais amo fazer, essa troca de energia é tudo para um artista. Tem nem como comentar, estou contando os minutos e segundos para voltarmos a tocar. E a ideia é não parar de tocar nunca mais, porque é isso que nos faz respirar, que nos deixa confortáveis e felizes."
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