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Cultura

- Publicada em 27 de Dezembro de 2021 às 03:00

Em busca de dias melhores, Biquíni Cavadão promove álbum 'Através dos tempos'

Com disco recém lançado, a banda Biquíni Cavadão inicia 2022 com novo álbum em mente

Com disco recém lançado, a banda Biquíni Cavadão inicia 2022 com novo álbum em mente


/VINICIUS MOCHIZUKI/DIVULGAÇÃO/JC
Lara Moeller Nunes
Resiliência, perseverança e esperança são três dos itens que constituem a base do mais novo álbum lançado pela banda carioca de rock Biquíni Cavadão, que há mais de 35 anos atua com excelência no cenário artístico nacional. Vislumbrando dias melhores, o disco Através dos tempos nos faz acreditar em um futuro promissor sem medo do que pode vir a cruzar o nosso caminho no meio do percurso, dando margem para o cultivo de sonhos e desejos.
Resiliência, perseverança e esperança são três dos itens que constituem a base do mais novo álbum lançado pela banda carioca de rock Biquíni Cavadão, que há mais de 35 anos atua com excelência no cenário artístico nacional. Vislumbrando dias melhores, o disco Através dos tempos nos faz acreditar em um futuro promissor sem medo do que pode vir a cruzar o nosso caminho no meio do percurso, dando margem para o cultivo de sonhos e desejos.
Formado por Bruno Gouveia (vocal), Carlos Coelho (guitarra), Miguel Flores da Cunha (teclado) e Álvaro Birita (bateria), o grupo criado em 1985 por amigos adolescentes ainda mantém em sua essência, até os dias de hoje, o mesmo amor e cumplicidade daquela época. "A gente tinha 18 anos quando tudo começou. Tínhamos planos de entrar na faculdade e ninguém tinha noção de que iria dar certo. Havia uma única certeza naquele momento: todo mundo gostava muito do que estava fazendo, e foi isso que nos manteve juntos", conta Gouveia.
Para ele, o segredo para uma parceria tão longa e sólida está no respeito que eles têm uns pelos outros. Apesar das brigas e dos desentendimentos, normais em qualquer tipo de relação, sempre conseguiram manter a linha e nunca precisaram ultrapassar o limite. "Resolvemos tudo na base da conversa e todas as nossas decisões, enquanto banda, são muito democráticas. Sabemos que nosso trabalho é muito maior do que qualquer picuinha que possa surgir."
A passagem do tempo não deu apenas idade e experiência para os artistas, mas também os muniu de sabedoria e amadurecimento, que agora aparecem como reflexo nas músicas que escrevem. "Evoluímos muito, e certamente muitas das coisas que fizemos ou falamos no passado hoje reavaliamos em um processo contínuo que reflete diretamente na nossa produção e no nosso conteúdo. Precisamos prezar sempre pelo cuidado e pelo respeito com o próximo", reflete.
Pioneiros no uso da internet como ferramenta de trabalho no meio musical, a banda precisou novamente se adaptar à tecnologia frente aos desafios impostos pela pandemia de covid-19. Apesar de distantes fisicamente, mantiveram suas mentes conectadas e em plena atividade durante todo o período de isolamento, desenvolvendo ideias, projetos e composições. Quando o retorno aos palcos se tornou uma possibilidade concreta, decidiram que não poderiam voltar apenas com os sucessos já apresentados, mas que deveriam trazer ao público também músicas inéditas.
Foi a partir disso que surgiu a ideia de um novo álbum. Gravado em setembro de 2020, o material teve seu lançamento adiado em função do agravamento do cenário pandêmico. Para não deixar os fãs na mão, começaram a liberar nas plataformas digitais alguns dos singles que haviam produzido, até que fosse possível disponibilizar o trabalho completo, que agora também já conta com performances presenciais. "Fomos (classe artística) os primeiros a parar e os últimos a voltar."
Produzido totalmente a distância, com participação do galês Paul Ralphes, o disco fala sobre resiliência e esperança de dias melhores. "Passamos por muitas coisas juntos, como mudanças econômicas, políticas e problemas sanitários. Soubemos lidar com tudo isso, através dos tempos, e lançamos esse material agora como uma espécie de recado otimista de que, apesar de difícil, a gente vai superar isso e dar a volta por cima", diz.
"É como se você já estivesse há muito tempo em uma pista de dança com uma música muito ruim tocando e, de repente, o DJ troca ela por uma boa. Ele não é muito bom em transições, então logo que essa mudança acontece as duas ainda coexistem durante um curto período, deixando tudo bem confuso", comenta o vocalista. "É bem nesse ponto que estamos agora: com esperança de que a música ruim acabe logo para a outra tomar conta por definitivo."
Para 2022, a banda já conversa sobre a possibilidade de mais um álbum, agora recuperando e revisitando canções que fizeram parte do seu próprio repertório. O retorno aos palcos, que já começou no final deste ano, já se estende com apresentações marcadas para o decorrer do mês de janeiro. "Nossa vontade é poder viajar pelo Brasil inteiro. É muito emocionante estar de volta, tanto como artista quanto como público."
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