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Cultura

- Publicada em 05 de Dezembro de 2021 às 19:32

Museu em Arroio dos Ratos tem o mais completo arquivo de mineração do mundo

Museu Estadual do Carvão teve Arquivo Histórico restaurado e busca voltar a ser referência na região

Museu Estadual do Carvão teve Arquivo Histórico restaurado e busca voltar a ser referência na região


SOLANGE BRUM/SEDAC/DIVULGAÇÃO/JC
Igor Natusch
Espaço fundamental na memória da Região Carbonífera do Rio Grande do Sul, o Museu Estadual do Carvão vai, aos poucos, recuperando seu espaço de protagonismo. Um dos equipamentos vinculados à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), o Museu, localizado em Arroio dos Ratos, vem sendo alvo de uma série de ações e melhorias - dentro de uma visão que, segundo os gestores do espaço, tenta recolocá-lo na posição de centro de referência regional, em cultura, turismo e educação patrimonial. Desdobramentos condizentes com a importância histórica de uma estrutura que abrigou a primeira usina termoelétrica movida a carvão mineral no Brasil, símbolo de uma região que foi, a partir da segunda metade do século XIX, uma locomotiva para o desenvolvimento do Estado.
Espaço fundamental na memória da Região Carbonífera do Rio Grande do Sul, o Museu Estadual do Carvão vai, aos poucos, recuperando seu espaço de protagonismo. Um dos equipamentos vinculados à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), o Museu, localizado em Arroio dos Ratos, vem sendo alvo de uma série de ações e melhorias - dentro de uma visão que, segundo os gestores do espaço, tenta recolocá-lo na posição de centro de referência regional, em cultura, turismo e educação patrimonial. Desdobramentos condizentes com a importância histórica de uma estrutura que abrigou a primeira usina termoelétrica movida a carvão mineral no Brasil, símbolo de uma região que foi, a partir da segunda metade do século XIX, uma locomotiva para o desenvolvimento do Estado.
No mês passado, o Museu deu um passo importante nessa direção. Entregue em cerimônia promovida pela Sedac, a restauração da sede do Arquivo Histórico da Mineração Carbonífera do complexo trouxe melhorias como a reformulação do sistema elétrico e o incremento da climatização do prédio, além de uma nova pintura. O projeto, orçado em R$ 280 mil e financiado pela empresa Copelmi Mineração, melhora significativamente as condições de preservação e organização de um acervo de valor inestimável.
"O arquivo é a nossa menina dos olhos. É o mais completo arquivo de mineração do mundo, de que a gente tenha conhecimento", garante a diretora do Museu Estadual do Carvão, Jordana Bortolotti. "Pesquisadores de várias partes do mundo nos visitam para acessar o acervo, e que se encantam com a variedade de itens do nosso arquivo. (O espaço) ficou bem bonito, com boas condições para receber os pesquisadores em uma estrutura ainda melhor."
O arquivo conta com farto material documental referente à história da mineração carbonífera no Estado - em sua maior parte, resultado de uma doação da Copelmi ao Museu, em 2013. Há também uma série de itens físicos, incluindo ferramentas, equipamentos de respiração e outros objetos utilizados pelos mineiros no decorrer das décadas. O projeto incluiu também a qualificação do acesso aos documentos, por meio da elaboração de novos instrumentos de pesquisa.
Outra medida recente envolve a elaboração do plano museológico, que define o planejamento a ser seguido em ações de qualificação e de aproximação da instituição com a comunidade. Entre as ações a serem executadas, estão a elaboração do Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI) e a qualificação dos prédios que constituem o Museu. No momento, parte dos espaços estão fechados ao público - em especial a usina, talvez a estrutura mais característica do conjunto, que precisou ser esvaziada em decorrência de danos ao teto, que deixaram o material lá presente exposto a intempéries. No momento, segundo Jordana, o inventário dos itens que lá estavam encontra-se perto da conclusão, e o espaço deve ser reformado a partir de recursos do programa Avançar na Cultura.
A expectativa é de que a iniciativa do governo estadual injete R$ 3,5 milhões no Museu do Carvão, que devem ser investidos em duas etapas. A primeira leva será destinada à reforma da rede elétrica, bem como a melhorias no auditório e manutenção da usina, deixando-a em plenas condições para receber exposições. Está prevista também a abertura de um café, cujo projeto já foi elaborado e deve passar por atualização. A segunda parte deve voltar a atenção à área externa, com medidas como a manutenção do frontão, estabilização e restauro das ruínas e recuperação de parte do telhado do pavilhão branco.
Enquanto essas obras não avançam, o Museu do Carvão segue promovendo diferentes atividades. "Tivemos que nos reinventar a partir da pandemia, encontrar formas de trabalhar de forma remota e seguir levando conteúdos ao público. Acho que estamos conseguindo", anima-se Jordana Bortolotti. Entre essas medidas, está um projeto de vídeos, desenvolvido em parceria com a Ufrgs e voltado à comunidade escolar, então impedida temporariamente de fazer visitas presenciais. Em novembro, o Museu desenvolveu, em parceria com as prefeituras de Arroio dos Ratos e Butiá, um seminário de educação e pesquisa voltado à contribuição dos mineiros negros - parte de um projeto de pesquisa em andamento, referente ao papel do negro na mineração gaúcha.
Atualmente, o ambiente externo do Museu do Carvão está aberto diariamente, das 8h30min às 18h30min, e visitas guiadas aos espaços atualmente abertos (tanto de escolas quanto da comunidade em geral) ocorrem mediante agendamento. Interessados podem fazer contato pelos telefones: (51) 3656-1211 e (51) 98575-8410 (pelo WhatsApp), ou pelo e-mail [email protected].
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