A ação dialoga com a obra Evidência temporal, uma videoperformance na qual o artista raspa seu cabelo como forma de “experimento temporal”. A mostra individual, que está exposta nas Salas Negras do museu, é o resultado final do projeto de mesmo nome, originado em 2014, a partir do encontro no Vila Flores, em Porto Alegre, do artista Estêvão da Fontoura, participante do Projeto Casa Grande (Prêmio Funarte de Arte Negra 2012), e do sociólogo Joel Grigolo, membro fundador do Hackerspace Matehackers.
O projeto tem financiamento do Pró-cultura RS FAC (Fundo de Apoio à Cultura) – edital FAC Movimento, do Governo do Estado, com produção executiva da Stephanou Cultural e apoio da Gráfica Odisséia, Hackerspace Matehackers, Margs, Instituto Federal do Rio Grande do Sul — Campus Osório e Departamento de Educação e Desenvolvimento Social (Deds) da Ufrgs.
No Margs, Estêvão da Fontoura: Desobeciência - Arte e ciência no tempo presente integra o programa expositivo Poéticas do agora, dando sequência às mostras Bruno Borne – Ponto vernal (2019/2020) e Bruno Gularte Barreto – 5 Casas (2021). Dedicado a artistas atuais cuja produção recente tem se mostrado relevante no campo artístico contemporâneo, o programa destaca pesquisas em poéticas visuais artísticas que investem na investigação e experimentação de linguagem, bem como na transdisciplinaridade dos meios, operações e procedimentos.
A individual estabelece também uma interface com o programa público do Margs intitulado Presença negra, atualmente em andamento e que busca discutir e refletir sobre a presença de artistas negros e negras no museu.