O Centro Cultural Oi Futuro, no Rio de Janeiro, inaugura nesta quarta-feira (3) uma grande exposição do artista gaúcho André Severo, com um panorama de seus 27 anos de trajetória. Múltiplo, Severo também é curador e produtor, e atualmente dirige o Farol Santander Porto Alegre.
Com curadoria de Paulo Herkenhoff, a mostra apresenta diferentes vertentes do trabalho do artista - instalações, desenhos, colagens, pinturas e vídeos -, que estarão reunidas pela primeira vez em uma montagem. Em comum, todas buscam referências na história da arte para falar sobre as relações humanas, a natureza e a imagem.
O nome Arquiperiscópio faz uma alusão ao objeto óptico - cujo funcionamento é baseado na associação de dois espelhos, permitindo uma visão ampliada e de longa distância - para dar conta da obra e trajetória múltipla do artista.
André Severo nasceu em 1974, em Porto Alegre, onde reside e trabalha até hoje. É mestre em Poéticas Visuais pelo Instituto de Artes da Ufrgs. Realizou diversos filmes e instalações audiovisuais e participou de inúmeras exposições no Brasil e no exterior.
Em 2018, com Marília Panitz, foi o curador da exposição 100 anos de Athos Bulcão. Entre os anos de 2015 e 2017, realizou Metáfora, em parceria com Paula Krause, e Espelho, as duas primeiras partes da trilogia de exposições El Mensajero, concluída este ano com a exposição Labirinto. Com Luis Pérez-Oramas, foi responsável pela curadoria da representação brasileira na 55ª Bienal de Veneza, em 2013, e da XXX Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas, em 2012, mesmo ano em que publicou o livro Deriva de sentidos.
Em 2010, foi responsável pela curadoria da mostra Horizonte expandido, junto com Maria Helena Bernardes, com quem iniciou, em 2000, as atividades de Areal, projeto que se define como uma ação de arte deslocada, que aposta em situações transitórias capazes de desvincular a ocorrência do pensamento contemporâneo dos grandes centros urbanos e de suas instituições culturais. Publicou, entre outros, os livros Consciência errante, Soma e Deriva de sentidos e Artes Visuais – Ensaios Brasileiros Contemporâneos (Funarte).
Dentre suas principais premiações destacam-se o Programa Petrobras Artes Visuais em 2001; o Prêmio Funarte Conexões Artes Visuais em 2007; o Projeto Arte e Patrimônio em 2007; o Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais em 2009; o V Prêmio Açorianos de Artes Plásticas em 2010; o Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça - 6ª Edição, em 2013; o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2014; o XV Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia 2015; e o Prêmio Sérgio Milliet da ABCA, em 2018, pelo livro Artes Visuais – Ensaios Brasileiros Contemporâneos.