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Cultura

- Publicada em 20 de Outubro de 2021 às 19:17

Grace Gianoukas comemora 40 anos de carreira com peça no Theatro São Pedro

Atriz, autora e diretora estreia espetáculo 'Grace em revista' em Porto Alegre, de quinta-feira (21) a sábado (23)

Atriz, autora e diretora estreia espetáculo 'Grace em revista' em Porto Alegre, de quinta-feira (21) a sábado (23)


ANNELIZE TOZETTO/DIVULGAÇÃO/JC
Lara Moeller Nunes
Colecionando inúmeras histórias, conquistas e lutas ao longo de sua trajetória artística, Grace Gianoukas comemora 40 anos de carreira com o espetáculo Grace em revista, que estreia em Porto Alegre nesta quinta-feira (21), às 21h, no Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº - Centro Histórico). A obra, que apresenta um panorama geral dos seus trabalhos no palco, fica em cartaz ainda na sexta-feira (22) e no sábado (23), com apresentações no mesmo horário do dia do lançamento.
Colecionando inúmeras histórias, conquistas e lutas ao longo de sua trajetória artística, Grace Gianoukas comemora 40 anos de carreira com o espetáculo Grace em revista, que estreia em Porto Alegre nesta quinta-feira (21), às 21h, no Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/nº - Centro Histórico). A obra, que apresenta um panorama geral dos seus trabalhos no palco, fica em cartaz ainda na sexta-feira (22) e no sábado (23), com apresentações no mesmo horário do dia do lançamento.
Os ingressos para a performance podem ser adquiridos através da plataforma Sympla nas categorias Galeria, Camarote Lateral, Camarote Central, Plateia e Cadeiras Extras. Os bilhetes inteiros são vendidos por valores entre R$ 50,00 e R$ 120,00, e há a possibilidade de compra na modalidade de meia-entrada.
Nascida em Rio Grande, a estrela do espetáculo diz que sua proximidade com a arte vem da infância e do convívio com a família, pois a brincadeira e o universo do faz-de-conta sempre estiveram presentes em seu interior. "Cheguei a fazer vestibular para Sociologia porque queria trabalhar com comunidades indígenas e quilombolas, mas, por acaso, acabei colocando teatro como segunda opção, e foi onde passei. A partir disso, comecei a me encontrar e me apaixonar muito por esse formato de linguagem", conta.
A convite do escritor e dramaturgo Caio Fernando Abreu, se mudou para São Paulo tempos depois para tentar a vida como artista. Na época, para conseguir pagar as contas de casa e os cursos de teatro, atuava como garçonete. A saudade do palco, no entanto, fez com que ela começasse a realizar performances cênicas em alguns dos bares em que trabalhava. "Com isso, fui construindo e cativando o meu próprio público por lá. Tive que criar minha própria linguagem e estilo também, pois nos ambientes onde me apresentava precisava ser rápida e impactante para chamar a atenção das pessoas", relembra.
Aos poucos, os shows no underground paulistano passaram a ocupar espaço em tradicionais teatros ao redor do País, e seu talento resultou até mesmo em personagens de sucesso em filmes e novelas. Foi durante a pausa das gravações de Salve-se quem puder, em um momento ocioso da pandemia, que ela teve tempo de relembrar seus trabalhos antigos ao explorar gavetas e armários em casa. "Tive contato com coisas muito legais. Achei fotos, textos e figurinos que eu nem lembrava mais que havia inventado. Isso serviu para que eu revisitasse meus 40 anos de carreira e tivesse a ideia de criar o espetáculo."
Segundo ela, a peça foi projetada para mostrar sua trajetória nos palcos, como atriz, autora e diretora, para as novas gerações que só a conhecem pela internet ou pela televisão. Dividido em três momentos, Grace em revista preza principalmente a troca e o contato direto entre o público e a artista. Uma reflexão a respeito da sociedade moderna dá início à montagem, abordando o desequilíbrio coletivo da população através de figuras cômicas como a traficante e usuária de drogas Cinderela e Aline Dorel, dependente de ansiolíticos.
Na sequência, a humorista parte para um bloco especial que tem como foco as mulheres e finaliza a peça abordando a relação delas com o divino, trazendo cenas que exploram principalmente a linguagem corporal. "Esse movimento em prol da voz feminina e contra o machismo não é recente. Existe um lastro que vem de muito tempo, então decidi colocar na peça alguns dos meus textos que falam sobre o feminino e sobre a condição de ser mulher. Eu mesma sofri muito machismo dentro desse meio porque os homens sempre acham que são os donos", relata.
Grace enxerga a comédia como uma ferramenta essencial para colocar em debate aquilo que precisa ser dito. "O humor funciona que nem o azeite de oliva. Tu coloca nas coisas para descer mais fácil. As pessoas não se sentem tão ofendidas e não se fecham tanto. Com a delicadeza e com a graça, a gente vai trazendo conteúdos essenciais para a sociedade. Minhas criações surgem a partir de estados de incomodação. O mundo está careta e as pessoas estão regredindo, mas precisamos ser nós mesmos: a arte sobrevive para dar voz, espaço e berço para as novas gerações."
Sobre voltar ao Rio Grande do Sul, a artista diz que a sensação é de que vai se apresentar para a própria família. "Eu fico muito mais atenta, tensa e nervosa para que tudo dê certo. É um dos poucos lugares do Brasil com o qual ainda realmente me preocupo se as pessoas vão entender e se satisfazer com o meu trabalho. Mas ser artista é isso. Eu tenho uma coleção de fracassos e uma coleção de sucessos, eles que foram os meus professores ao longo de toda essa jornada", finaliza.
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