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FESTIVAL DE GRAMADO

- Publicada em 18 de Agosto de 2021 às 15:04

Revelados os vencedores dos prêmios Novas Façanhas e Leonardo Machado

Retrato de Sirmar Antunes na mostra 'Pretos na tela' em cartaz na Casa de Cultura Mario Quintana

Retrato de Sirmar Antunes na mostra 'Pretos na tela' em cartaz na Casa de Cultura Mario Quintana


DULCE HELFER/DIVULGAÇÃO/JC
Na manhã desta quarta-feira (18), durante o debate do Festival de Cinema de Gramado, foram anunciados os vencedores da primeira edição dos prêmios Novas Façanhas e Leonardo Machado, oferecidos pela Secretaria de Cultura do Estado (Sedac), por meio do seu Instituto Estadual de Cinema (Iecine).
Na manhã desta quarta-feira (18), durante o debate do Festival de Cinema de Gramado, foram anunciados os vencedores da primeira edição dos prêmios Novas Façanhas e Leonardo Machado, oferecidos pela Secretaria de Cultura do Estado (Sedac), por meio do seu Instituto Estadual de Cinema (Iecine).
Por sua trajetória de mais de 40 anos no cinema e audiovisual gaúcho, o ator Sirmar Antunes recebe o prêmio Leonardo Machado. “Com este prêmio, pretendemos fazer jus à inestimável contribuição de Sirmar Antunes para o cinema gaúcho: um ícone, cuja história se confunde à de nosso cinema e cuja imagem está eternizada em tantas obras que marcam nossa produção”, justificou o júri.
Nascido em Porto Alegre em 1955, Sirmar começou no teatro ainda adolescente e esteve em mais de 40 filmes, entre curtas e longas, numa trajetória que resume boa parte da história do cinema gaúcho. Além de uma placa comemorativa, o ator recebe R$ 15 mil.
Três iniciativas foram reconhecidas com o prêmio Novas Façanhas, destinado a realizadores, técnicos ou coletivos por sua contribuição à inovação e ao desenvolvimento da linguagem audiovisual: Festival de Cinema Estudantil de Guaíba, Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos (APTC/RS) e Coletivo Mbyá-Guarani de Cinema.
Além de placa alusiva, cada um dos vencedores recebe ainda R$ 10 mil. O júri foi formado pela crítica e pesquisadora Fatimarlei Lunardelli, pela diretora Liliana Sulzbach e pelo produtor e realizador Pedro Guindani. 
A Sedac e o Iecine ainda irão contemplar os vencedores entre os longas-metragens gaúchos com R$ 55 mil, distribuídos em dez categorias.

Saiba mais sobre as três iniciativas reconhecidas com o troféu Novas Façanhas

Festival de Cinema Estudantil de Guaíba
Pioneiro na educação audiovisual, o Festival de Cinema Estudantil de Guaíba completa 20 anos dedicados à formação de jovens estudantes em 2021. Criado em 2002, no Instituto Estadual de Educação Gomes Jardim, por iniciativa do professor de filosofia, jornalista e fotógrafo Valmir Michelon, o Festival de Cinema Estudantil de Guaíba recebe anualmente produções audiovisuais de todo o Brasil e do exterior como atividade vinculada ao currículo escolar.

Para o júri, “ao completar 20 anos, o Festival de Cinema Estudantil, realizado com dedicação e entusiasmo na cidade de Guaíba, é uma inspiração e exemplo para outras iniciativas pedagógicas no território do Rio Grande do Sul e do Brasil que se dedicam à educação do olhar das novas gerações”.

APTC/RS
Por acreditar que um filme é resultante do trabalho em equipe, composta por profissionais diversos em várias funções e forma uma cadeia produtiva de importância cultural e relevância na economia criativa, a APTC foi, ao longo de quase quatro décadas, o elo mais forte entre os profissionais, o poder público e as instituições, contribuindo para desenvolver políticas públicas de formação, fomento à produção e à distribuição.

O júri ressaltou o trabalho e resistência da entidade, especialmente no momento atual: “A busca constante pelo diálogo com entes públicos e instituições, independente de governos e partidos, pode ser considerada a principal marca da instituição. Neste momento de ataque e descaso com nosso setor, a resiliência e a atuação tão marcantes da entidade, merecem todo o nosso respeito e admiração”.

Coletivo Mbyá-Guarani de Cinema
Criado em 2007 pelos professores e cineastas indígenas Patrícia Ferreira Pará Yxapy e Ariel Duarte Ortega, a partir do projeto Vídeo nas Aldeias de oficinas de formação audiovisual, o Coletivo Mbyá-Guarani tem conquistado reconhecimento em festivais e eventos nacionais e internacionais pela qualidade e importância do trabalho que desenvolve.

Segundo os jurados, “com uma câmera na mão, falando a partir de si mesmos, valorizando a riqueza de seu patrimônio holístico, interconectado com a natureza e o cosmos, os cineastas indígenas do Mbyá-Guarani reafirmam – e nos lembram - a importância do entendimento coletivo da existência. Os filmes que realizam são um instrumento na luta dos povos indígenas contra a destruição.”