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Patrimônio

- Publicada em 14 de Agosto de 2021 às 13:46

Palácio Piratini abre suas portas para comemorar o Dia do Patrimônio

Sede do governo do Estado conta com 23 obras do pintor Aldo Locatelli

Sede do governo do Estado conta com 23 obras do pintor Aldo Locatelli


MARIANA ALVES/JC
No ano do seu centenário e após 18 meses sem a possibilidade de ingresso do público em geral, por conta da pandemia de Covid-19, o Palácio Piratini retomou as visitas para a população em decorrência das comemorações pelo Dia Estadual do Patrimônio Cultural celebrado em 17 de agosto. As visitações à sede do governo do Estado, situada na Praça Marechal Deodoro (Praça da Matriz), em Porto Alegre, foram abertas neste sábado (14) e encerram neste domingo (15).
No ano do seu centenário e após 18 meses sem a possibilidade de ingresso do público em geral, por conta da pandemia de Covid-19, o Palácio Piratini retomou as visitas para a população em decorrência das comemorações pelo Dia Estadual do Patrimônio Cultural celebrado em 17 de agosto. As visitações à sede do governo do Estado, situada na Praça Marechal Deodoro (Praça da Matriz), em Porto Alegre, foram abertas neste sábado (14) e encerram neste domingo (15).
As visitas foram restringidas a oito horários por dia, com limite de 25 pessoas por passeio. As inscrições para este final de semana já estão esgotadas, mas quem se interessar em conhecer mais sobre a arquitetura e história do palácio pode acessar o site www.palaciopiratini.rs.gov.br e realizar o tour virtual. No mesmo site, é possível acompanhar podcasts sobre os murais feitos pelo pintor Aldo Locatelli para o complexo.
Justamente um dos destaques da excursão física pelo lugar é a passagem pelo Salão Negrinho do Pastoreio, onde se encontram 18 das 23 obras que o artista italiano fez no Palácio, encomendadas pelo ex-governador Ernesto Dornelles, no começo da década de 1950. No local, é contada por imagens a lenda do escravo que foi castigado e morto a chibatadas e depois ascendeu ao céu.
Outro local que atrai o interesse dos participantes é o Memorial da Legalidade, que expõe imagens, objetos e documentos relacionados ao movimento de 1961, liderado pelo então governador Leonel Brizola, em defesa da posse do presidente da República João Goulart. Algo que também aguçou a curiosidade dos participantes, porém não faz parte do passeio, são os túneis subterrâneos do Palácio que já propiciaram diversas lendas e histórias.
A analista de RH Mariana Vargas (35 anos), uma das visitantes do Palácio Piratini neste sábado, considerou a experiência interessante. “Parece que a gente não conhece a nossa história, a gente passa por aqui, eu morei nessa rua (Duque de Caxias), e não fazia a mínima ideia que tinha tanta arte dentro do Palácio”, comenta. O coordenador das visitações no Palácio Piratini, Lorenzo Cunha, concorda que visitar o espaço é uma das formas de saber mais sobre a história gaúcha. “Às vezes, a gente sai do Rio Grande do Sul (para conhecer outras culturas) e não conhece a própria”, reforça ele.
Sobre o evento ser realizado ainda em meio ao combate à pandemia de coronavírus, outra visitante da construção, a estudante Eduarda Vargas (18 anos), acredita que se forem tomados todos os cuidados devidos, é possível fazer ações como essa. “Ainda mais sendo um aniversário de centenário, não dá para perder”, frisa. O uso da máscara foi obrigatório durante a movimentação dentro do Palácio.

Características da edificação histórica

O prédio do Palácio Piratini, em estilo neoclássico, chama a atenção por sua beleza e sofisticação. E a influência francesa é marcante, começando pelo arquiteto: Maurice Grass.
No saguão principal, uma escadaria de mármore francês leva ao gabinete do governador e também aos salões Negrinho do Pastoreio e Alberto Pasqualini. É no andar de cima que estão algumas das obras mais importantes da história gaúcha, como o mural A formação do RS, pintada pelo artista italiano Aldo Locatelli, entre 1951 e 1955.
Idealizado pelo governador Julio de Castilhos, o Palácio Piratini começou a ser construído em 1896. Com a morte de seu mentor, as obras ficaram paralisadas por 13 anos.
O trabalho de construção do prédio foi reiniciado em 20 de setembro de 1909, já sob a administração de Carlos Barbosa, e foi inaugurado em 17 de maio de 1921, quando Borges de Medeiros era o chefe do executivo gaúcho.
Como a ala residencial só ficou pronta sete anos depois, o primeiro morador foi o então governador Getúlio Vargas, que residiu entre 1928 e 1930.
Fonte: Governo do Rio Grande do Sul