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Cultura

- Publicada em 09 de Agosto de 2021 às 20:56

Artefatos arqueológicos são pontos-chave em romance histórico

Maria Filomena Bouissou Lepecki é autora de 'Uma ponte para Istambul'

Maria Filomena Bouissou Lepecki é autora de 'Uma ponte para Istambul'


Maria Filomena Lepecki/Divulgação/JC
Com a estreia, nesta segunda-feira (9), da novela Nos tempos do imperador, na Rede Globo, a trajetória de Dom Pedro II volta ao debate. Ele também é um dos personagens do livro Uma ponte para Istambul (Amazon, 208 págs., R$ 19,00), de Maria Filomena Bouissou Lepecki, lançado em português e que, em breve, será publicado também em inglês e francês.
Com a estreia, nesta segunda-feira (9), da novela Nos tempos do imperador, na Rede Globo, a trajetória de Dom Pedro II volta ao debate. Ele também é um dos personagens do livro Uma ponte para Istambul (Amazon, 208 págs., R$ 19,00), de Maria Filomena Bouissou Lepecki, lançado em português e que, em breve, será publicado também em inglês e francês.
A protagonista é uma jovem professora de História do Brasil que escreve cartas para o imperador e conta a ele sobre o futuro, valorizando seus feitos. Na história, ela pede ajuda a Dom Pedro II para salvá-la do confinamento durante sua passagem por Constantinopla/Istambul, em 1876.
Em 1929, um fragmento do mapa múndi foi encontrado em uma prateleira empoeirada do palácio Topkapi, em Istambul. Confeccionado em 1513, sobre couro de gazela, o objeto suscitou muitas questões. Por exemplo, a Ilha de Marajó que aparece em destaque só seria descrita oficialmente pelos portugueses em 1530. Como, então, um almirante turco poderia saber tantos detalhes da costa brasileira quase duas décadas antes?
O Mapa de Piri Reis é um dos enigmas do mundo real transplantados para a ficção de Uma ponte para Istambul. O romance tem o enredo entrelaçado a este e outros quatro objetos arqueológicos: o helicóptero de Abydos, do Egito; o aeroplano de Saqara, que se encontra no Museu do Cairo; as baterias de Bagdá; e a moeda fenícia com um possível mapa múndi microscópico disfarçado de grama sob as patas do cavalo.
Estes Ooparst - Out of place (and time) artifacts - ajudam a contar a trajetória de Catarina, ou Arzu, a professora de História do Brasil que viaja para Istambul à procura das próprias origens. Ao confrontar sua metade turca em um palácio Otomano do século XIX, ela experimenta uma aventura insólita que a transporta no tempo.
Concomitante à experiência de conhecer a vida no harém dos sultões, a protagonista intercala relatos que transportam o leitor para o Brasil, mais especificamente a Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. Objetos e cheiros ativam as memórias de Arzu sobre a zona sul da cidade, onde a professora lecionava para adolescentes em um colégio particular, a duas quadras do mar.
 Não por coincidência, Ipanema foi um dos endereços da autora Maria Filomena Bouissou Lepecki. Nascida em Cuiabá, ela morou ainda em Brasília, Recife e Vinhedo, no interior paulista. Foi nesta cidade que escreveu sua primeira ficção, Cunhataí – um romance da Guerra do Paraguai, obra vencedora de três prêmios e que rendeu outras três teses acadêmicas.
A autora revelação 2003 pela FNLIJ - Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - viveu também na Malásia e África do Sul. Por lá e no Oriente, realizou pesquisas in loco já em busca de uma perspectiva literária. Foi assim que aprendeu noções de zulu, bahasa malaio, alemão e francês, além de falar inglês e espanhol. Médica por formação, abraçou oficialmente a carreira literária.
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