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Cultura

- Publicada em 05 de Agosto de 2021 às 20:21

Missa e lançamento de livro marcam centenário da Catedral Metropolitana

Monsenhor Balem observa obra na murada onde seriam erguidos os arcos da catedral

Monsenhor Balem observa obra na murada onde seriam erguidos os arcos da catedral


ARQUIVO CÚRIA METROPOLITANA/DIVULGAÇÃO/JC
Um dos grandes marcos na história de Porto Alegre, a Catedral Metropolitana celebra, neste sábado (7), os 100 anos do lançamento de sua pedra fundamental. Para marcar a data, a Arquidiocese de Porto Alegre promove o lançamento oficial do livro Das pedreiras às torres e carrancas: uma nova catedral para Porto Alegre, no sábado, e uma missa especial, presidida pelo arcebispo Dom Jaime Spengler e que acontece no domingo (8), às 10h.
Um dos grandes marcos na história de Porto Alegre, a Catedral Metropolitana celebra, neste sábado (7), os 100 anos do lançamento de sua pedra fundamental. Para marcar a data, a Arquidiocese de Porto Alegre promove o lançamento oficial do livro Das pedreiras às torres e carrancas: uma nova catedral para Porto Alegre, no sábado, e uma missa especial, presidida pelo arcebispo Dom Jaime Spengler e que acontece no domingo (8), às 10h.
Com registros fotográficos e documentais inéditos sobre o processo de construção do novo templo, a obra reproduzirá documentos, fotografias e anotações sobre os trabalhadores, materiais de construção e correspondências. Assinada pelo arquiteto italiano Giovanni Battista Giovenale, a Catedral levou 65 anos até sua conclusão. O livro, em formato digital, estará disponível no site da Catedral.
“Foram necessárias quase sete décadas de trabalho intenso para que o sonho ganhasse contornos definitivos. A Catedral Madre de Deus é hoje exemplo simbólico da totalidade da humanidade que anseia por uma nova e bela ordem”, afirma Dom Jaime Spengler.
O início do projeto da atual Catedral remonta a um concurso de plantas realizado em 1916. O projeto vencedor, em estilo gótico, do arquiteto Jesús Corona, foi declarado inexequível pela comissão técnica avaliadora. Uma solução foi tentada por uma empresa americana, especializada em construções de igrejas, mas a ideia também se tornou inviável.
Em 1920, Mons. João Maria Balem foi nomeado diretor de obras após, em conversa com Dom João Becker, achar uma nova solução. Buscou-se inspiração em um projeto renascentista do arquiteto italiano Giovanni Battista Giovenale, e o engenheiro José Hruby foi convidado para desenhar uma nova edificação com as mesmas características, aparentemente mais viáveis.
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Em março de 1920, Mons. Balem fez o primeiro contato com o arquiteto italiano, que ofereceu ajuda com o projeto de Hruby. Ao perceber que o projeto necessitava de ajustes, Giovenale ofereceu seus serviços para redesenhá-lo, com sua marca e assinatura.
As primeiras plantas da cripta ainda estavam sendo elaboradas pelo arquiteto Giovenale, quando, em 7 de agosto de 1921, foi lançada a pedra fundamental da Nova Catedral.
A primeira etapa do projeto foi a construção da parte inferior (cripta), tendo sido concluída oito anos depois. No dia 20 de março de 1929, foi celebrada a última missa na antiga Catedral, e trasladados os restos mortais dos bispos Dom Feliciano e Dom Sebastião para a cripta.
As pedras utilizadas no revestimento da cripta foram extraídas da pedreira Teresópolis, adquirida pela Arquidiocese especialmente para a obra. Outras duas pedreiras foram adquiridas durante a construção.
Todo serviço de cantaria das pedras era executado no canteiro montado junto da pedreira. Na década de 1930, essa oficina foi transferida para o bairro Medianeira, pois ali já existia energia elétrica e facilitaria o transporte das pedras.
No início da obra, os blocos de granito eram transportados por carroças de mulas.
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A cripta serviu de Catedral provisória durante 20 anos, quando em 1948, para as celebrações do V Congresso Eucarístico Nacional, a nave da Catedral foi provisoriamente inaugurada, sob gestão do novo arcebispo, Dom Vicente Scherer.
O projeto original não previa todas as paredes em pedra na parte superior da igreja. A ideia surgiu do Mons. Balem, que solicitou um estudo para o arquiteto, que aprovou a sugestão.
Entre 1953 e 1956 uma grande campanha pró-cúpula foi lançada com a finalidade de concluir o projeto inacabado, o que só aconteceu em 1971.
A grande cúpula mede cerca de 18 metros de diâmetro e 65 metros de altura até o topo. No ato de sua inauguração era revestida com placas de mármore branco, substituídas por cobre, conforme projeto original, em meados dos anos 2000, antes de seu tombamento.
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A inauguração da Catedral Madre de Deus foi realizada em 10 de agosto de 1986, por Dom Cláudio Colling, que se incumbiu de finalizá-la e dar os acabamentos internos ainda faltantes.
Falecido em 1934, em Roma, o arquiteto Giovenale nunca esteve em Porto Alegre para conhecer a obra finalizada. O acompanhamento da obra sempre foi feito através de registros fotográficos enviados por Mons. Balem, troca de correspondências e telegramas. Antes de falecer, o arquiteto já havia entregado todo projeto e detalhamentos internos.
Os registros fotográficos preservados por Balem fazem parte do acervo arquivístico da Cúria Metropolitana, assim como as cartas, atas e demais documentos da obra, que, em grande parte, estarão no livro que será lançado por ocasião do centenário da Catedral.
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