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Cultura

- Publicada em 21 de Julho de 2021 às 19:38

Uma década sem a voz potente de Amy Winehouse, que morreu com 27 anos

Precoce morte da emblemática cantora completa 10 anos nesta sexta-feira (23)

Precoce morte da emblemática cantora completa 10 anos nesta sexta-feira (23)


CARL DE SOUZA/AFP PHOTO/JC
Lara Moeller Nunes
Apresentada pela mídia muitas vezes como viciada incorrigível, autodestrutiva e vítima de si mesma, Amy Winehouse guardava segredos e desejos que iam além da sua vida pública. A luta contra a dependência química marcou grande parte da carreira da artista, que frequentemente era flagrada alcoolizada e sob influência de drogas em shows e eventos. Apesar disso, amigos e familiares buscam agora, 10 anos depois de sua morte, mostrar uma nova versão da cantora: mais humana, empática e apaixonada pela música.
Apresentada pela mídia muitas vezes como viciada incorrigível, autodestrutiva e vítima de si mesma, Amy Winehouse guardava segredos e desejos que iam além da sua vida pública. A luta contra a dependência química marcou grande parte da carreira da artista, que frequentemente era flagrada alcoolizada e sob influência de drogas em shows e eventos. Apesar disso, amigos e familiares buscam agora, 10 anos depois de sua morte, mostrar uma nova versão da cantora: mais humana, empática e apaixonada pela música.
Famosa por sucessos como Rehab, You know I'm no good e Tears dry on their own, Amy iniciou sua carreira no mundo da música ainda na adolescência quando, aos 16 anos de idade, seu amigo de infância Tyler James divulgou uma de suas fitas demo para uma gravadora que estava à procura de um novo talento. O empurrão inicial resultou na assinatura do primeiro contrato com a Island Records, oficializando sua entrada no mercado com sons que misturavam elementos do soul, jazz e R&B. Seu disco de estreia Frank foi lançado em outubro de 2003 e fez sucesso entre os críticos.
Ela venceu, ao longo de sua carreira, grandes prêmios da indústria. No Grammy Awards de 2008, por exemplo, Amy foi consagrada a maior vencedora da noite, levando cinco troféus nas categorias canção do ano, gravação do ano, melhor álbum vocal pop, artista revelação e melhor performance vocal pop feminina. Esse feito ainda lhe rendeu o ingresso no livro Guinness World Records de 2009 por ter sido, na época, a britânica mais premiada em uma única edição do evento.
Apesar do sucesso precoce e grandioso, sua vida profissional foi extremamente abalada por problemas pessoais. Além da dependência química, Amy enfrentava um relacionamento conturbado com o ex-marido Blake Fielder-Civil, responsável por lhe apresentar grande parte das substâncias ilícitas que consumia. A cantora também lutava contra uma severa depressão acompanhada de distúrbios como anorexia e ansiedade.
Assim como Jim Morrison, Jimi Hendrix, Kurt Cobain e Janis Joplin, Amy teve a vida interrompida aos 27 anos, na considerada "idade maldita" para astros da música. Em janeiro de 2011, sua primeira passagem pelo Brasil foi também a última. Na época, a turnê marcava uma tentativa da cantora de retomar aos palcos depois de uma longa sequência de tratamentos pelo uso abusivo de álcool e drogas. Em solo brasileiro, porém, seu nome e sua imagem foram novamente destaque nos jornais por conta do seu comportamento, ofuscando seu trabalho como cantora.
Com o objetivo de desconstruir essa imagem criada sob holofotes, seu amigo Tyler lança em agosto deste ano o livro Minha Amy. Dez anos depois da morte da artista, em 23 de julho de 2011, a obra, escrita por ele, apresenta a artista como uma pessoa doce e de personalidade única, nerd da música, apaixonada pelos clássicos do jazz e do hip-hop e grande admiradora da música negra.
Amy ficou cerca de três anos sem usar drogas pesadas, como crack e heroína, antes de falecer em decorrência de uma intoxicação alcoólica. Tyler acredita vigorosamente que a cantora teria conseguido se livrar dos vícios se ainda estivesse viva, e que não estaria mais envolvida em grandes turnês e gravações de novos discos. Ela sempre preferiu a simplicidade da noite ao luxo das celebridades, e não poder andar livremente pelas ruas era algo que realmente a incomodava. "Ela só queria a normalidade", conta Tyler.
Ainda em homenagem ao aniversário de morte de uma das vozes mais emblemáticas dos anos 2000, a BBC Two, canal secundário da emissora britânica BBC, estreia nesta sexta-feira um documentário sobre a trajetória da artista. A obra, chamada Reclaiming Amy, tem narração da própria mãe da cantora, Janis, que busca mostrar ao público a real essência da filha. Além disso, a produção conta ainda com a participação de outros amigos e familiares que relatam o impacto da perda em suas vidas. "Não sinto que o mundo conheceu a verdadeira Amy, aquela que eu criei, e anseio pela oportunidade de oferecer uma maior compreensão de suas raízes", diz Janis em comunicado à imprensa.
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