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Cultura

- Publicada em 26 de Junho de 2021 às 08:05

Projeto 'Arte Contemporânea RS' lança Catálogo do Acervo do Macrs

Museu apresenta publicação com suas obras catalogadas e mostra como parte da programação

Museu apresenta publicação com suas obras catalogadas e mostra como parte da programação


VERA PELLIN/DIVULGAÇÃO/JC
Lara Moeller Nunes
Em um momento como este, em que os amantes da arte estão sedentos pelo contato direto com as obras, o projeto Arte Contemporânea RS apresenta o lançamento do tão aguardado Catálogo do Acervo do Macrs (Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul). O evento acontece neste sábado (26), das 16h às 18h, nas galerias do Museu no 6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736).
Em um momento como este, em que os amantes da arte estão sedentos pelo contato direto com as obras, o projeto Arte Contemporânea RS apresenta o lançamento do tão aguardado Catálogo do Acervo do Macrs (Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul). O evento acontece neste sábado (26), das 16h às 18h, nas galerias do Museu no 6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736).
O cuidadoso trabalho produzido por Vera Pellin e orientado pela pesquisadora e curadora Maria Amélia Bulhões resultou em uma publicação inédita em formato impresso e digital, reunindo 1.813 obras de 921 artistas. O processo, que também contou com a ajuda de profissionais da instituição e colaboradores, incluiu densas etapas de pesquisa, documentação, digitalização, edição e impressão de todo o material presente no acervo, demandando muita dedicação de todos os envolvidos.
Em entrevista ao Jornal do Comércio, a curadora do projeto comentou sobre a importância deste feito para a arte contemporânea do Estado. “Eu acho que a grande tarefa do museu público é preservar e divulgar suas coleções para toda a população. Não só para a comunidade no geral, mas também para os estudiosos da área para que possam trabalhar em cima de documentos completos e atualizados”, diz Maria Amélia. Para ela, a oferta deste tipo de material é fundamental para que as instituições de arte passem a ter mais reconhecimento da sociedade.
Desenvolvido em tempo recorde de quatro meses, o projeto une diferentes frentes e formatos que traduzem todas as ações desenvolvidas durante esse período. Uma significativa exposição, em cartaz até o dia 22 de agosto, faz parte da programação. Nas galerias Sotero Cosme e Xico Stockinger, além do espaço Vasco Prado, no 6º andar da CCMQ, o público pode visitar e admirar de perto, com horário marcado, mais de 70 peças da extensa coleção. “Busquei conteúdos que pudessem ser representativos dentro do movimento, mostrando toda a pluralidade com as diferentes categorias e tendências artísticas. A exposição foi organizada pensando no diálogo entre as obras, e não construída de maneira temporal”, explica a curadora.
O incremento do setor online trouxe também a possibilidade da construção de um site que, além de hospedar de maneira gratuita o catálogo, oferece ao público uma espécie de visita virtual pela mostra, com informações sobre as criações e entrevistas complementares. “Uma moeda sempre tem duas faces. A pandemia nos trouxe muita dor, tristeza, morte e problemas, mas também intensificou muito toda a atividade digital. Isso apareceu como solução para estabelecer um maior contato e comunicação em frente a esse distanciamento necessário.”
A construção do catálogo foi pensado pela curadora, desde o início, com o objetivo de aumentar o alcance e a visibilidade das obras presentes no acervo do Museu, destacando todos os aspectos da sua constituição. Para isso, a curadora planejou uma reconstrução histórica do material, viajando em documentos e registros que vão de 1970 até os anos 2000. Buscou então representações de cada uma dessas fases, que transitam entre o surgimento, crescimento e consolidação do movimento no Estado.
Maria Amélia destaca o desejo de conseguir alcançar a merecida valorização das instituições que abrigam peças tão importantes para a arte contemporânea. “A política é uma representação das pessoas. Se não há ações em favor dos museus, é porque a sociedade não está atenta para eles”, comenta. Para ela, a construção do catálogo do Macrs vem com o objetivo de mudar esse cenário: “Espero que o povo incorpore esse instituto como seu e compreenda a importância dele para o panorama cultural do Rio Grande do Sul”.
Sobre o lançamento do material, a curadora diz que a expectativa é de que as pessoas apreciem todo o esforço depositado no projeto, e que isso possa, de alguma forma, reverberar dentro da comunidade artística pela preservação das obras. “Participar deste processo, com todas essas ações, é a realização de um compromisso social. A felicidade de ver tudo pronto está sendo muito grande, pois foram meses bem intensos de trabalho. Vejo a arte como um patrimônio de toda a sociedade e, quanto mais acesso puder oferecer, melhor.”
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