Uma história de amor revisitada, mais de 50 anos depois. Esse é o gancho de Os melhores anos de uma vida (FRA, 2019, 90 min.), que estreia nos cinemas brasileiro nesta quinta-feira (24). Nele, o diretor Claude Lelouch retoma o casal de Um homem, uma mulher (1966), clássico do cinema francês - e com a mesma dupla de atores (Jean-Louis Trintignant e Anouk Aimée) que estiveram em cena cinco décadas atrás.
Apesar de remeter diretamente a um filme que se tornou icônico, Lelouch garante que a nova obra não é uma sequência, mas sim uma nova criação capaz de atingir quem nunca assistiu o longa original. Segundo o diretor, a ideia surgiu na festa de cinquentenário de Um homem, uma mulher, quando observou os protagonistas conversando - o que despertou nele, além de admiração pelo carisma de ambos, uma sensação de que algo novo poderia ser dito a partir de um novo encontro, em uma etapa diferente de suas vidas.
Os personagens Jean-Louis Duroc (Tritingnant) e Anne Gauthier (Aimée) viveram, há 50 anos, uma história de amor tão inesperada quanto intensa. Hoje, o ex-piloto de corridas parece perdido nos caminhos de sua memória. Para ajudá-lo, seu filho procura a mulher que seu pai não foi capaz de manter, mas sobre quem ele fala constantemente. Anne, então, se reúne com Jean-Louis e sua história começa onde eles terminaram.
Os melhores anos de uma vida é o 49º trabalho de Claude Lelouch, e mantém a tendência do cineasta de fazer de suas obras uma permanente celebração da vida. Intercalando as novas cenas com recortes do clássico filme de 1966, o longa que estreia neste fim de semana propõe aos espectadores uma viagem não apenas no tempo, mas nas emoções que seguem unindo o casal de protagonistas.