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Cultura

- Publicada em 15 de Junho de 2021 às 08:21

Redenção recebe escultura de grandes dimensões em ferro e palha de trigo

Escultura gigante tem design inspirado na arquitetura colonial italiana da serra gaúcha

Escultura gigante tem design inspirado na arquitetura colonial italiana da serra gaúcha


VERA DAMIAN/DIVULGAÇÃO/JC
Uma escultura móbile de grandes dimensões (12m de comprimento por 3m de altura), do artista plástico porto-alegrense César Cony, estará em exposição na Capital a partir desta terça-feira (15). Ferro e dressa será instalada no Parque Farroupilha (Redenção), junto ao Monumento ao Expedicionário, próximo das feiras agroecológicas. A atração permanece no local para visitação até 25 de junho. Moldada com ferro e tranças de palha de trigo, a obra gigante tem design inspirado na arquitetura colonial italiana da serra gaúcha.
Uma escultura móbile de grandes dimensões (12m de comprimento por 3m de altura), do artista plástico porto-alegrense César Cony, estará em exposição na Capital a partir desta terça-feira (15). Ferro e dressa será instalada no Parque Farroupilha (Redenção), junto ao Monumento ao Expedicionário, próximo das feiras agroecológicas. A atração permanece no local para visitação até 25 de junho. Moldada com ferro e tranças de palha de trigo, a obra gigante tem design inspirado na arquitetura colonial italiana da serra gaúcha.
Produção da Sabiá Filmes, o documentário homônimo acompanhou todo o processo de criação da obra e conta com depoimentos comoventes de artesãose descendentes de italianos. O vídeo pode ser acessado via YouTube (Atelier Cesar Cony). Os visitantes estão convidados a compartilhar fotos e vídeos interagindo com aescultura nas redes sociais com a #ferroedressa. Viabilizado com recursos da Lei Aldir Blanc, o projeto foi contemplado pelo edital Criação e Formação - Diversidade das Culturas, realizado pela Sedac em parceria com a Fundação Marcopolo.
Dressas são tranças feitas de palha de trigo utilizadas pelos imigrantes italianos na confecção de cestas e chapéus, entre outros utensílios. A montagem possibilita aos visitantes vivenciar uma conexão com a obra, que está projetada para permitir ao público uma experiência sensorial. O artista fez questão de imprimir interação e ludicidade à obra, que foi projetada para permitir movimento a partir de toques.
Cesar Cony incluiu na obra alguns dos elementos estéticos significativos da arquitetura italiana de Antônio Prado, cidade onde ele reside atualmente e que abriga o maior conjunto brasileiro de casarios da arquitetura italiana, tombados e preservados pelo Iphan.
Entre esses elementos, estão os lambrequins (rendas de madeira nos beirais das casas) e os óculos de porão (janelas circulares com grades de ferro que, ao mesmo tempo protegiam e enfeitavam as casas). As dressas imprimem à obra a cultura agrícola e um tom dourado que remete à ideia de uma “joia” natural. Foram utilizados cerca de 500kg de ferro e mais de 2.000 metros de dressas para compor a obra.
Antônio Prado, onde a escultura foi lançada em 20 de maio, é também considerada o berço da agroecologia no Rio Grande do Sul. A partir da cidade serrana foram difundidas as técnicas do plantio orgânico para outras regiões do estado e do país. O local escolhido para expor a obra na Capital é uma homenagem aos agricultores agroecológicos.
Natural de Porto Alegre, Cesar Cony vem desenvolvendo a arte da joalheria desde 1981. Participou de diversas exposições coletivas e individuais no Estado e no País e fundou, em 1995, a Escola Gaúcha de Joalheria, promovendo e produzindo cursos, exposições, mostras, excursões orientadas e intervenções em espaços culturais. Formou toda uma nova geração de joalheiros e designers.
Em 2010, quando visitou Antônio Prado para conhecer os projetos de agroecologia locais, se apaixonou pelo design, cultura e elementos estéticos da arquitetura colonial italiana. Desde então reside na cidade com a família, onde cria e desenvolve suas coleções e mantém seu atelier.
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