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Cultura

- Publicada em 06 de Junho de 2021 às 18:53

Foto Clube Porto-Alegrense inaugura seu primeiro festival nesta segunda-feira

Uma das organizadoras do evento, Anelise Ferreira ministra oficina 'Fitotipia'

Uma das organizadoras do evento, Anelise Ferreira ministra oficina 'Fitotipia'


ANELISE FERREIRA/DIVULGAÇÃO/JC
Lara Moeller Nunes
A vontade de expandir a discussão sobre fotografia motivou a criação da primeira edição do Foto Clube Festival, promovido pelo Foto Clube Porto-Alegrense. O evento, que será realizado de forma totalmente online, começa nesta segunda-feira (7) e vai até o próximo dia 21. A data de estreia acontece em razão do aniversário de três anos da associação, que reúne periodicamente amantes da fotografia para discussões e atividades. Os encontros, que antes aconteciam de forma presencial na sede da Fumproarte, ocorrem agora de maneira remota.
A vontade de expandir a discussão sobre fotografia motivou a criação da primeira edição do Foto Clube Festival, promovido pelo Foto Clube Porto-Alegrense. O evento, que será realizado de forma totalmente online, começa nesta segunda-feira (7) e vai até o próximo dia 21. A data de estreia acontece em razão do aniversário de três anos da associação, que reúne periodicamente amantes da fotografia para discussões e atividades. Os encontros, que antes aconteciam de forma presencial na sede da Fumproarte, ocorrem agora de maneira remota.
Com o tema A luz que percorre o tempo, o festival prevê uma série de desafios, concursos e encontros gratuitos com profissionais da área (as EntreVistas), além de oficinas pagas que buscam discutir temáticas ligadas ao universo fotográfico. Em entrevista ao Jornal do Comércio, Gerson Turelly, um dos sócios-fundadores, contou que a ideia surgiu no final do ano passado a partir de uma calorosa interação no grupo de WhatsApp do clube, que tem fotógrafos tanto iniciantes como avançados.
"As conversas transitam em diferentes níveis, com diferentes dúvidas e colocações. Precisávamos pensar em uma maneira de discutir essas questões de uma forma mais legal, construindo algo mais encorpado. Foi aí que me deu um estalo", conta. Ele diz também que a fotografia tem passado por grandes transformações: "Elas sacodem e abalam as estruturas, mas precisamos nos encontrar no meio delas. A fotografia não termina, ela muda".
Com o apoio da diretoria e dos outros associados, o projeto foi concretizado. Turelly explica que a fotografia é uma arte que lida com muita técnica, e que as ferramentas usadas atualmente envolvem física e eletrônica. A luminosidade é outro elemento muito presente na execução das produções, por isso faz parte da temática do festival. "Ela também possui para nós um sentido poético, pois conseguimos eternizar momentos congelando a luz", explica. Como complemento do tema, o percorrer do tempo foi escolhido pois pretendem abordar nas discussões a trajetória histórica da fotografia, mostrando como ela se desenvolveu ao longo dos anos e o que devemos esperar para o futuro.
Anelise Ferreira, que também faz parte da equipe organizadora do evento, acredita que a contemporaneidade tem resgatado alguns dos processos históricos da arte de fotografar. Ela irá ministrar, nos dias 10 e 17, uma oficina que aborda essa questão. Intitulada Fitotipia, a atividade junta técnicas de diferentes momentos da história e usa folhas de plantas como suporte para revelação fotográfica através da exposição solar.
A proposta também busca unir esse processo com a digitalização do material final. "É uma marca efêmera que acaba gerando uma fotografia viva. O processo é muito lindo", conta. Pedagoga de formação, diz que a procura pela prática tem sido grande: "Talvez seja essa necessidade da gente viver em tempos de mais cuidado e sem tanto imediatismo. A folha precisa ser cuidada para que gere uma imagem, é diferente de pegar o celular tirar uma foto instantânea".
Turelly também irá ministrar uma das atividades previstas. Com três encontros programados para os dias 8, 10 e 15 de junho, o curso chamado Correspondência terá exercícios e conteúdo teórico. Ele irá trazer releituras de obras, expondo os motivos que impulsionaram grandes profissionais a fotografarem e de que maneira eles liam o mundo. Rogério Soares, Ricardo Esteves e Lilian Barbon serão os responsáveis pelas outras três oficinas que integram a programação do festival.
As EntreVistas, por outro lado, brincam com o jogo de palavras "entre" e "vistas" ao propor encontros com profissionais da área que passaram por diferentes experiências de atuação e criação. Cada uma das conversas irá receber um reconhecido fotógrafo, membro da associação, e convidados de renomada trajetória profissional. As transmissões, sem custo, irão acontecer através no canal de YouTube do Foto Clube Porto-Alegrense.
Com o intuito de ampliar o alcance da entidade, a programação do evento conta ainda com um concurso de fotografias em preto e branco aberto ao público. A disputa, que já está com as inscrições encerradas, anunciará os vencedores no dia 18, às 19h, em transmissão ao vivo.
Um desafio fotográfico também irá acontecer nos dias 12, 13, 18 e 19 de junho. Para participar, basta postar uma fotografia com o tema do festival marcando o @fotoclube_portoalegrense e usando #fotoclubepoafestival nas redes sociais. Mais informações no site www.fotoclubepoa.com.br.
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