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Cultura

- Publicada em 15 de Maio de 2021 às 13:55

Exposições com limite de público são alternativa de lazer em Porto Alegre

Agua, de Raquel Kogan e Rejane Cantoni, integra mostra Naturezas Imersivas, no Farol Santander

Agua, de Raquel Kogan e Rejane Cantoni, integra mostra Naturezas Imersivas, no Farol Santander


Raquel Kogan e Rejane Cantoni - Divulgação/JC
Desde fevereiro sem receber o público - por conta das medidas de distanciamento social -, os principais centros culturais de Porto Alegre reabriram as portas entre o final de abril e início de maio. Todos os espaços estão funcionando com 25% do limite de capacidade e uso obrigatório de máscaras, dentro dos protocolos de segurança de combate à disseminação da Covid-19.
Desde fevereiro sem receber o público - por conta das medidas de distanciamento social -, os principais centros culturais de Porto Alegre reabriram as portas entre o final de abril e início de maio. Todos os espaços estão funcionando com 25% do limite de capacidade e uso obrigatório de máscaras, dentro dos protocolos de segurança de combate à disseminação da Covid-19.
No Centro Histórico, a Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) voltou a receber os visitantes no último dia 4, com restrição de 10 pessoas por horário (máximo de 40 por turno) e mediante agendamento. "Tomamos todas as medidas para garantir que o público possa fruir os espaços culturais da maneira mais segura possível", destaca o diretor da instituição, Diego Groisman. "As visitas pré-agendadas e com quantidade de público controlada nos garantem o cumprimento rigoroso de todos os cuidados sanitários que se fazem necessários", ressalta.
O diretor da CCMQ destaca que os espaços expositivos e museológicos foram ampliados e renovados durante o período em que a instituição esteve de portas fechadas para o público externo. O público também pode optar pela visita mediada por monitores da Casa de Cultura. "Durante o percurso, os mediadores apresentam um pouco da história do centro cultural e acompanham o público pelos espaços", explica Groisman, destacando que a equipe está preparada para atender visitantes estrangeiros, em espanhol e inglês. O serviço é gratuito.
Outra novidade é o serviço de áudio descrição dos espaços da Casa de Cultura, que pode ser acessado por QR Code. A instituição reabre para o público com quatro mostras de artes visuais: uma delas reúne obras de artistas negras, homenageando a pintora, desenhista, gravadora, ilustradora, figurinista e cenógrafa, Maria Lídia Magliani, que dá nome a um novo espaço expositivo.
Na Sala Radamés Gnattali, a mostra Aos Carnavais que Virão tem curadoria do jornalista Diego Vacchi, graduando em História da Arte, e apresenta registros fotográficos e documentos de uma pesquisa sobre os carnavais de rua de Porto Alegre. Já o Espaço Majestic recebe o público com a instalação Esqueleto no Guarda-roupa, da artista visual Manoela Cavalinho. Com texto de apresentação do jornalista e doutor em Artes Visuais Eduardo Veras, a instalação fala de traumas do período da ditadura militar nas memórias dos familiares de um possível ex-agente da repressão.
Por fim, o projeto Vitrine CCMQ recebe o coletivo de mulheres artesãs Mbyá-Guarani Complô Cunhã, que vai expor e comercializar artesanato tradicional indígena no térreo, durante os meses de maio e junho. Além da ocupação do espaço, que busca dar visibilidade à arte Mbyá-Guarani e ampliar a principal fonte de renda e sustento das famílias da etnia, estão programadas atividades paralelas, que proporcionarão diálogos pertinentes à arte e à cultura dos povos indígenas no Estado.
Também no Centro Histórico, o Farol Santander Porto Alegre já está recebendo o público desde o último dia 27, com limite de capacidade e medição de temperatura. A instituição adotou outras medidas de proteção, como o uso de tapetes sanitizantes e secantes para ingresso no prédio, dispensers de álcool em gel em todos os andares do edifício, e sinalizações de distanciamento de 1,5 metro. A visitação ocorre das 12h às 18h.
Dentro da programação cultural, a novidade é a mostra Naturezas Imersivas -que reúne fotografias, esculturas, instalações, áudio-poemas e videoinstalações ao redor de questões ambientais. As obras foram desenvolvidas pelos artistas brasileiros Katia Maciel, Raquel Kogan, Rejane Cantoni e Ricardo Siri.
Outra exposição que pode ser conferida presencialmente no Farol Santander é Revoada, de Flávia Junqueira, com curadoria de Paulo Herkenhoff e produção de Angela Magdalena (Madai) e Julia Brandão (Ayo). A cenografia lúdica e imersiva, com aproximadamente 70 balões de vidro coloridos e suspensos a partir do teto, já estava em cartaz desde janeiro, e segue até 16 de maio. Complementa a mostra, a exibição de 15 fotos de aproximadamente 120 cm x 150 cm, com intervenções artísticas realizadas em diversas salas e teatros do País.
Outros espaços do Farol Santander, como o restaurante e as exposições permanentes Memória e Identidade e Os Dois Lados da Moeda, também estarão disponíveis ao público.
Perto dali, na Fundação Força e Luz (Centro Cultural CEEE Erico Verissimo), a visitação está ocorrendo desde o dia 11, somente no primeiro andar, de terça a sexta, das 14h às 18h, com grupos de no máximo seis pessoas - porém com inscrição individual.
A programação cultural traz a mostra Linhas Cruzadas, de autoria da artista visual e professora do Instituto de Artes da Ufrgs, Lilian Mau. Ela utiliza-se de documentos do Arquivo Histórico Antônio Stenzel Filho, bem como de álbuns de família, oralidades e lendas dos moradores para delinear o território dos caminhos percorridos por terra, água e ar no desenvolvimento da região do Litoral Norte Gaúcho.
Na sala Arquipélago, a atração são as 30 jangadas produzidas a partir da experiência da obra Ygápeba (jangada em tupi guarani), na qual Lilian fez a embarcação flutuar em chamas pela Lagoa dos Barros, com o intuito de criar mais uma lenda urbana nesta paisagem cultural. A entrada é por ordem de chegada, mas quem tiver interesse de mediação deve agendar, com limitação de horário: das 16h às 18h.
Fechado desde dezembro de 2020, quando iniciou a atual reforma, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), reabriu para visitação no último dia 11, também mediante agendamento prévio. O retorno das atividades é marcado por duas exposições inéditas, que ocupando oito galerias e o foyer do Museu. A boneca sou eu — Trabalhos 1985-2021 apresenta a produção e trajetória da artista Lia Menna Barreto, no espaços expositivos do primeiro andar do Margs. A exposição reúne dezenas de obras entre objetos, esculturas, sedas, instalações, pinturas e desenhos realizados desde 1985, totalizando centenas de peças.
Outra atração do Museu é a mostra  5 CASAS, que retrata a busca pelas memórias de infância do artista Bruno Gularte Barreto, e da cidade que nasceu, no interior do Rio Grande do Sul, com foco em suas complexidades e contradições. Apresentada na Galeria Iberê Camargo e na Sala Oscar Boeira do segundo andar do Margs, a exposição é uma série de fotografias, foto-instalações, objetos e vídeos que lidam com os conceitos de memória, autobiografia e autoficção.
Seguindo as novas orientações do Governo do Estado no sistema de distanciamento controlado, o Museu adotou uma série de medidas sanitárias e de regras de acesso e visitação. Serão atendidas simultaneamente no máximo 15 pessoas (no caso de grupos somente até seis pessoas). Para isso, haverá controle de fluxo do público, medição de temperatura e orientação de respeito à distância de 2 metros. A visitação (com ou sem mediação) ocorrerá mediante agendamento que deve ser feito pela plataforma Sympla (www.sympla.com.br/produtor/museumargs). O período de atendimento segue de terça-feira a domingo, das 10h às 19h (último acesso 18h), com entrada gratuita.
Já a Fundação Iberê passou a receber visitação no último dia 1º, com restrição de 24 pessoas por grupo (25% da capacidade), e somente de sexta a domingo, das 14h às 18h. o espaço está com cinco exposições inéditas: O Fabuloso Universo de Tomo Koizumi; Um rio que passa, de Eduardo Haesbaert; O Gesto Crispado, do paulistano Arnaldo de Melo; Modelar no tempo: Iberê e a Moda, de Iberê Camargo em diálogo com mostra do estilista japonês; e Homenagem a Gelson Radaelli, em diálogo com a mostra de Haesbaert. A visitação deve ser feita com agendamento prévio pelo Sympla.
Confira a programação cultural em cartaz:
Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) – Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico
  • Obras de artistas visuais negras: com curadoria da Daniele Barbosa, a exposição homenageia a pintora, desenhista, gravadora, ilustradora, figurinista e cenógrafa Maria Lídia Magliani (Pelotas-RS, 1946 | Rio de Janeiro-RJ, 2012).
  • Local: Espaço Maria Lídia Magliani (átrio de acesso ao Jardim Lutzenberger)
  • Mostra Aos Carnavais que Virão: com curadoria do jornalista Diego Vacchi, graduando em História da Arte, reúne registros fotográficos e documentos de uma pesquisa histórica sobre os carnavais de rua de Porto Alegre.
  • Local: Sala Radamés Gnattali (4° andar)
  • Instalação Esqueleto no Guarda-roupa: de autoria da artista visual Manoela Cavalinho, traduz a resposta aos traumas do período da ditadura militar nas memórias dos familiares de um possível ex-agente da repressão. Texto de apresentação do jornalista e doutor em artes visuais, Eduardo Veras.
  • Local: Espaço Majestic (térreo)
  • Projeto Complô Cunhã: coletivo de mulheres artesãs Mbyá-Guarani, que vai expor e comercializar artesanato tradicional, de maio a junho de 2021.
  • Local: térreo (Projeto Vitrine CCMQ )
  • Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 10h às 18h - Visitação restrita a 40 pessoas por turno
  • Agendamento: [email protected] (pode ser solicitada também a mediação da equipe da instituição, nos idiomas português, espanhol ou inglês).
  • Programação gratuita.
Farol Santander Porto Alegre - Rua Sete de Setembro, 1028, Centro Histórico (Acessibilidade: Rua Cassiano Nascimento – acesso lateral / toaletes e elevadores adaptados, rampas de acesso)
  • Exposição Naturezas Imersivas, com curadoria de Daniela Bousso e direção geral de Luciana Farias, que reúne 13 obras de arte, entre fotografias, esculturas, instalações imersivas, áudio-poemas e videoinstalações ao redor de questões ambientais - desenvolvidas pelos artistas Katia Maciel, Ricardo Siri, Raquel Kogan e Rejane Cantoni.
  • Local: galeria do 2º piso
  • Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 12h às 18h
  • Ingressos: R$ 15,00 (visitação completa ao Farol Santander)
  • Vendas: https://site.bileto.sympla.com.br/farolsantanderpoa/Crianças de até 2 anos e 11 meses não pagam ingresso. A partir dos 3 anos, pagam meia entrada e, a partir dos 12 anos, é necessária a apresentação de RG e carteirinha de estudante para o pagamento da meia.
Fundação Força e Luz (Centro Cultural CEEE Erico Verissimo) - Rua dos Andradas, 1223 - Centro Histórico
  • Horário de funcionamento: de terça a sexta, das 14h às 18h
  • Mostra Linhas Cruzadas: de autoria da artista visual e professora do Instituto de Artes da Ufrgs, Lilian Mau, reúne documentos do Arquivo Histórico Antônio Stenzel Filho; além de álbuns de família, oralidades e lendas dos moradores para delinear o território dos caminhos percorridos na região do Litoral Norte do Estado.
  • Local: Primeiro andar
  • Agendamento para mediações das 14h às 18h: (51) 3226-7974
  • Ingressos: Programação gratuita.
Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) - Praça da Alfândega, s/n - Centro Histórico
  • A boneca sou eu — Trabalhos 1985-2021: exposição de Lia Menna Barreto, que apresenta dezenas de obras entre objetos, esculturas, sedas, instalações, pinturas e desenhos realizados desde 1985, totalizando centenas de peças da trajetória da artista.
  • Local: Foyer e galerias das Pinacotecas, Salas Negras e Sala Aldo Locatelli, no primeiro andar
  • 5 CASAS: exposição de uma série de fotografias, foto-instalações, objetos e vídeos que lidam com os conceitos de memória, autobiografia e autoficção relativas à infância do artista Bruno Gularte Barreto e da cidade onde nasceu.
  • Local: Galeria Iberê Camargo e Sala Oscar Boeira - segundo andar
  • Horário de funcionamento: de terça-feira a domingo, das 10h às 19h (último acesso 18h). No caso da visita com mediação, os horários vão das 11h às 12h e 14h às 15h, de terça-feira a sábado.
  • Ingressos: Programação gratuita
    Agendamento: Sympla (www.sympla.com.br/produtor/museumargs)
Fundação Iberê - Av. Padre Cacique, 2000 - Cristal
  • O Fabuloso Universo de Tomo Koizumi (Tomo Koizumi) - mostra, concebida pela Japan House São Paulo, propõe uma perspectiva da moda contemporânea sob o olhar de um artista que foge das tendências tradicionais e ousa com suas peças marcantes.
  • Local: Quarto andar da Fundação Iberê
  • Visitação: até 4 de julho
  • Modelar no tempo: Iberê e a moda (Iberê Camargo) - Em diálogo com a exposição de vestidos do estilista japonês Tomo Koizumi, pela primeira vez, a Fundação Iberê revela o “passeio” de Iberê Camargo pelo cenário da moda através de obras e documentos do acervo da instituição.
  • Local: Átrio da Fundação Iberê
  • Visitação: até 4 de julho
  • O Gesto Crispado (Arnaldo de Melo) - exposição de 26 pinturas de grandes dimensões, a maioria realizada em 2019, e outras tão expressivas produzidas nos anos 1980, quando viveu em Nova York e em Berlim.
  • Local: Terceiro andar
  • Visitação: até 25 de julho
  • Visitação: até 25 de julho
  • Local: Segundo andar
  • Um rio que passa (Eduardo Haesbaert) - apresenta 36 trabalhos inéditos, entre desenhos, pinturas e monotipias na maior parte em grande formato, um deles de 157 x 500 cm.
  • Homenagem a Gelson Radaelli, por Eduardo Haesbaert
  • Local: Átrio da Fundação Iberê
  • Visitação: até 25 de julho
  • Horário de funcionamento: de sexta a domingo, das 14h às 19h (última entrada às 18h)
  • Agendamento: Sympla 
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