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Cultura

- Publicada em 05 de Abril de 2021 às 19:58

Cenário pandêmico antecipa primeiro álbum da banda Anemoia Paranoia

Grupo criou maioria das músicas do disco antes do início do isolamento social

Grupo criou maioria das músicas do disco antes do início do isolamento social


Anemoia Paranoia - DIvulgação/JC
Adriana Lampert
Disponível nas plataformas digitais desde quinta-feira (1), o primeiro álbum da banda Anemoia Paranoia foi gravado e produzido entre os meses de outubro de 2020 e março de 2021, em meio à quarentena imposta pela disseminação da Covid-19. Intitulado A Linha Que Separa o Que Veio e o Que Ainda Virá, o trabalho foi antecipado por conta do cenário pandêmico, e chega ao meio musical antes mesmo do primeiro show do grupo, formado por Adriano dos Anjos (contrabaixo); Leonardo Netto (bateria); Mateus Vieira (vocais e guitarra), e Thomaz Mor (guitarra).
Disponível nas plataformas digitais desde quinta-feira (1), o primeiro álbum da banda Anemoia Paranoia foi gravado e produzido entre os meses de outubro de 2020 e março de 2021, em meio à quarentena imposta pela disseminação da Covid-19. Intitulado A Linha Que Separa o Que Veio e o Que Ainda Virá, o trabalho foi antecipado por conta do cenário pandêmico, e chega ao meio musical antes mesmo do primeiro show do grupo, formado por Adriano dos Anjos (contrabaixo); Leonardo Netto (bateria); Mateus Vieira (vocais e guitarra), e Thomaz Mor (guitarra).
"Foi um grande desafio e continua sendo", comenta Vieira, que também é produtor do álbum de estreia da banda. "Estamos fazendo o processo ao contrário, uma vez que passamos ´a existir` em março deste ano, após o lançamento do primeiro single (A Linha)." 
Atuando profissionalmente em outras áreas - mas mantendo a música como principal hobbie -, os quatro amigos começaram a tocar juntos em 2018, se dedicando a reproduzir as faixas do primeiro disco (Is this it?) da banda americana The Strokes. Foi somente em 2019, no entanto, que desenvolveram o conceito da Anemoia Paranoia, e passaram a compor músicas próprias, cujo estilo é variado, e passa pelo rock de estádio (faixa Wizard) até uma batida mais próxima do Ska do final dos anos 1990 (A Linha).
"Temos timbres muito característicos e influência do The Strokes, Foo Fighters, Arctic Monkeys, Comunidade Nin-Jitsu, Bidê ou Balde e Frank Jorge", resume Vieira. "Trabalhamos um ano inteiro nos preparando para começar a fazer shows em 2020, mas aí veio a pandemia e foi preciso adiar esse passo", destaca.
Após interromper os ensaios por conta das medidas de isolamento social, meses mais tarde o grupo resolveu assumir o risco de lançar seu primeiro álbum antes mesmo de se apresentar presencialmente ao público. Outro desafio foi o processo de gravar separadamente, para a segurança de todos os envolvidos. 
"Parece pretencioso, mas estamos em um tempo diferente, então resolvemos tirar um pouco de proveito deste momento. As oito músicas lançadas foram muito bem trabalhadas, não tivermos pressa nenhuma, tudo foi feito tranquilamente e bem planejado", pondera Vieira.
"Fizemos uma agenda e ela se cumpriu direitinho, começamos a gravar em outubro do ano passado e terminamos de gravar no início de dezembro", explica o produtor.
Sem poder juntar a banda em um estúdio, como seria o natural, o frontman da Anemoia Paranoia trabalhou em casa as guias com a guitarra base e vocais de sete composições próprias e uma composição de dos Anjos.
Depois disso, a cada duas semanas de quarentena Vieira se encontrava com um integrante da banda em seu apartamento, no bairro Menino Deus, para agregar o som da bateria, do baixo, e da guitarra solo. O processo também contou com a regravação da guitarra base e os vocais, para depois passar pela mixagem de todo o material. "A maior parte do trabalho foi feito no meu home estúdio, com exceção da gravação da bateria, que aconteceu no Estúdio Gaia", detalha. "Foi surpreendente, porque o resultado saiu bem melhor do que a gente esperava." 
A primeira faixa (A Linha) foi lançada em março no canal da banda no YouTube, e recebeu elogios de diversos artistas da cena musical porto-alegrense. Outros dois singles da Anemoia Paranoia já estão disponíveis no mesmo canal e nas principais plataformas de streaming. Já o álbum A Linha que Separa o Que Veio e o Que Ainda Virá está disponível digitalmente no perfil da Anemoia Paranoia no Bandcamp (https://anemoiaparanoia.bandcamp.com). "Dá para baixar o disco por US$ 5,00. Escolhemos esta plataforma para incentivar as pessoas a usarem, não ficando tão reféns das mais populares, como o Spotify", observa o produtor da banda. Ele pondera que, independente disso, em breve será possível prestigiar o trabalho em todas as plataformas digitais.
"Em uma busca pela internet é possível encontrar uma definição para anemoia: nostalgia de um tempo no qual você nunca viveu. É como a gente se sente: com saudades de tocar nos palcos, sendo que nunca fizemos isso juntos", revela Vieira.
O grupo contou ainda com a ajuda do produtor Adam Lucas Viana, que masterizou o álbum em Aracaju (SE); e da artista visual, Patricia Heuser (de Caxias do Sul), que assina a capa do disco. "Viana foi como um professor que me pegou pela mão e ensinou muito - tudo neste trabalho é resultado das trocas que temos feito desde março de 2020", conclui o vocalista.
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